terça-feira, 3 de março de 2015

Outro olhar para a vida

Maquiador Marcos Costa ministra cursos para mulheres deficientes visuais. Iniciativa particular, ele exalta sua transformação pessoal e a mudança na autoestima das alunas

Marcos Costa explica que a maior dificuldade das alunas é  pintar os olhos (Arquivo Pessoal/Divulgação)
descrição da imagem: Marcos Costa explica que a maior dificuldade das alunas é pintar os olhos
 
Mulher e maquiagem são praticamente sinônimos. Pelo menos para as vaidosas. Sair de casa e aparecer em público sem pintar o rosto é pecado grave de beleza. O poder da transformação que vem dos pincéis, das cores e texturas é transformador. E pensar que o ato de maquiar nasceu na pré-história até se popularizar e chegar na versão moderna por meio do cinema dos anos 1920 é empolgante. Marcos Costa, maquiador da Natura, profissional disputado nas semanas de moda no Brasil, como a São Paulo Fashion Week , há anos no comando dos desfiles do estilista Ronaldo Fraga, revela um outro lado do seu trabalho: o de levar a maquiagem a quem vivia à margem desse mundo. Desde 2008, por iniciativa própria (não é um projeto corporativo), ouvindo no rádio as dificuldades dos deficientes visuais em lidar numa sociedade despreparada para abraçá-los no dia a dia, decidiu ajudá-los da forma que estava ao seu alcance. O goiano inquieto, criado para ter um olhar para o outro, decidiu dar curso de automaquiagem para pessoas com baixa visão e cegas. “Comecei com minha vizinha, ela chamou as amigas e a história cresceu.”
Até ano passado, Marcos não queria divulgar sua ação, mas foi convencido pela irmã para falar a respeito e chamar a atenção para essas pessoas, atrair novos participantes e outras contribuições e ações. Ele atende turmas na Fundação Dorina Nowill para Cegos em São Paulo e tem alunas que vão até sua casa ou num lugar combinado. “São encontros prazerosos, que me deixam feliz. Às vezes, até esqueço das dificuldades, cobro e dou bronca. Ao longo dos anos, aprendi a lidar com cada uma, foi intuitivo e recompensador.” Ele conta que são alunas de todas as idades e classes. “Elas ficam ansiosas, querem aprender tudo e peço paciência porque eu lhes ensino todos os passos da maquiagem, desde a preparação da pele.” Conhecido pela capacidade de maquiar com os dedos, seu diferencial no mercado, sua habilidade comungou com esse público. “Começo com as mãos, com os dedos, e sinto uma evolução incrível. Só depois de um tempo introduzo o pincel de boca.”

O maquiador revela que a maior dificuldade das alunas é pintar os olhos. “É onde está a sensibilidade. Por isso, o trabalho é redobrado de afeto e carinho. Quem perdeu a visão cedo lida melhor, mas quem deixou de enxergar mais tarde, tem mais barreiras”, mas nada que uma linda maquiagem não ajude a seguir em frente. “Tenho uma aluna que me manda a maquiagem que aprendeu comigo ou fez sozinha por aplicativo. É uma linda arquiteta que me deixa superorgulhoso.” Os encontros, lembra Marcos, fazem um bem danado. “As aulas são gostosas, divertidas, damos boas risadas e os nossos problemas ficam menores. Muitas vezes, a fechadura da porta travada ou um pneu furado se tornam um drama. Hipervalorizamos situações e desconhecemos os verdadeiros obstáculos. Meu olhar para a vida passou a ser outro. Quanto às alunas, acredito que passaram a perceber a vida de outra forma. Além da maquiagem, elas ficaram mais atentas com a imagem, em ter a unha feita e roupas mais arrumadas. Começaram a se cuidar mais.”

BLOG A arquiteta Lucia Helena Florio, de 38 anos, conheceu Marcos na Fundação Dorina, se encantou com ele e pela maquiagem. Inspirada, decidiu criar um blog para ensinar quem tem baixa visão a se maquiar. O endereço entrou no ar em setembro de 2014 e para acessá-lo basta clicar no site www.belezanapontadosdedos.com.br. Ela já postou quatro vídeos. “Preocupo-me em dar dicas com bastante descrição, para que todas possam aprender. Procuro ficar por dento das tendências, mas como também estou aprendendo, comecei com os passos mais simples. Sombras leves, batom mais claro para não aparecer tanto um erro, enfim, cores suaves para que elas possam perder o medo e se jogar.”

Lucia tem baixa visão. Ela conta que aos 8 anos percebeu a brusca perda da visão e foi diagnosticada com a doença de Stargardt, que se manifesta de forma progressiva. Profissional autônoma, ela faz projetos de interiores, consultorias e, agora, está focada no blog. “Fui a Dorina para cursos de mobilidade, do uso da bengala branca, e conheci o Marcos. Entrei para o grupo de maquiagem e tive a ideia do blog. Antes, não dava tanta importância, só me maquiava em ocasiões especiais. Mas me despertei e fiquei apaixonada. Ele nos ensina a quantidade para não exagerarmos com os produtos, já que tudo é ampliado para termos noção. Aprendemos a esfumar a sombra, passar batom com pincel e a usar o blush.” Ela conta que maquiar os olhos é a parte mais sensível, mas aos poucos a insegurança dissipa. “Nosso olho é precioso e quem tem baixa visão que preservá-lo o máximo possível. Por isso, fica com medo dos produtos químicos. Adaptamos, escolhemos o rímel incolor, por exemplo, que é mais suave. Mas aos poucos queremos passar uma sombra brilhante. A partir da maquiagem elevamos a autoestima. Acho que todas as meninas devem se gostar mais. Muitas ficam deprimidas e encolhem, mas é preciso se animar, ter objetivos e vontade de viver. Há dificuldades, mas temos de nos jogar na sociedade, mostrar que podemos, para termos mais chance em tudo na vida e, assim, nos incluir cada vez mais.”
(fonte: Estado de Minas)

ENTREVISTA COM MARTA ALENCAR - TINA, A DESCOLADA

Confira, aqui, o áudio da entrevista realizada com a psicóloga Marta Alencar, idealizadora do Blog e da personagem Tina, a descolada CLIQUE AQUI

(descrição da imagem: Marta Alencar, com a boneca "Tina, a descolada"

Paola Antonini Franca Costa, de 20 anos, publicou um vídeo 
fazendo o uso de sua nova prótese





















(descrição da imagem: Paola Oliveira - foto instagram)

Dois meses depois de ter sido atingida por um carro 
dirigido por uma jovem embriagada na porta de sua casa, 
na avenida Raja Gabáglia, no bairro Luxemburgo, 
na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a modelo 
Paola Antonini Franca Costa, de 20 anos, comemorou
 um passo importante na sua recuperação no último
 fim de semana. Ela publicou neste sábado (28) 
em seu Instagram um vídeo fazendo o uso da prótese
 da perna esquerda.
"Depois de tanto preparo e espera por esse momento,
 pude andar de novo. Ontem (sexta-feira) foi meu segundo
 dia com a prótese provisória. Muito feliz em ver mais uma
 etapa realizada, 2 meses depois do acidente. 
Agora é treinar muito pra jájá conseguir andar 
direitinho, correr...vamo que vamo (sic)!", dizia a legenda do vídeo. 
Em entrevista recente à revista Glamour, a modelo 
afirmou que prefere não saber sobre a motorista que
a atropelou e focar na sua recuperação completando
que não via "a hora de pôr a prótese e voltar a andar!”.
 Paola ainda chegou a afirmar que, após colocar a prótese,
 pretende tocar sua vida normalmente. "Vou usar shorts,
 ir pra balada, postar fotos nas redes sociais e jamais
 esconder minha nova perna. E quero continuar 
minha carreira de modelo", falou. 
Paola e seu namorado foram atropelados no dia 27 
de dezembro de 2014, em frente ao condomínio em 
que ela vive, quando o casal colocava as malas no 
carro para irem até o Rio de Janeiro, onde passariam
 o Ano Novo. O porteiro do condomínio contou à polícia
 que o Fiat 500 atingiu a traseira do Fiat Brava da jovem.
A modelo, que era muito conhecida por ter integrado a
 "Galera Capricho", teve a perna esmagada e foi socorrida
 para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, sendo 
transferida posteriormente para o Hospital Felício Rocho. 
Já o namorado da jovem teve ferimentos leves na perna.
A motorista do carro passou pelo teste do bafômetro, 
que indicou 0,53 mg/l, o que aponta a embriaguez. 
No momento do acidente, ela não portava a carteira 
de motorista. A suspeita, Diandra Lamounier Morais de Melo,
 de 24 anos, foi liberada do Departamento de Trânsito de
 Minas Gerais (Detran-MG) depois de pagar fiança de R$ 1.500. 
(fonte: O Tempo)


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Mãe luta para o filho com deficiência não ser 'invisível'

Mari com o filho Leo, 8, no dia do seu aniversário (Foto: Arquivo pessoal)
(descrição imagem:Mari com o filho Leo, 8, no dia do seu aniversário (Foto: Arquivo pessoal)
Mãe é um ser que  defende seu filho com unhas e dentes, principalmente, se vê seu pequeno sofrer qualquer tipo de preconceito ou constrangimento. Mas, e quando o seu filho se torna ‘invisível’ para os outros? É dessa maneira que se sentem mães de crianças com deficiência que são excluídas ao não poder, por exemplo, frequentar uma escola regular ou quando recebem olhares tortos quando estão com suas crias.
Os preconceitos vem das situações mais corriqueiras, como uma ida ao parquinho ou a um restaurante. A fotógrafa Mari Hart, 36, não consegue esquecer o dia que o filho Leo, que tem paralisia cerebral, enfrentou seu primeiro constrangimento, quando tinha apenas quatro anos. “Era uma festinha infantil e estávamos sentados em uma roda com outras crianças fazendo as atividades propostas. No final, todas ganharam um brinde. Menos ele. O funcionário pulou ele como se nós não estivéssemos ali”, comenta Mari, que é mãe de Pedro, gêmeo de Leo e de Stella, 15.
Mari conta que foi atrás do funcionário alertando que ele “esqueceu do seu filho”. “Ele foi pegar outro brinquedo diferente para dar para ele, um bem porcaria que parecia estar de canto sobrando. Como dói até hoje de lembrar”, conta.
“A quantidade de obstáculos a serem ultrapassados, para exercermos o simples direito de ir e vir, é imensa e me dou ao direito de me cansar. Estou exausta de lutar pelo básico. E ao mesmo tempo, cada vez mais aumenta meu desejo de viver em um lugar bem longe daqui, onde possamos ser respeitados, vistos como um ser humano comum. Não quero tapete vermelho. Quero igualdade. Não acho justo enclausurar cada vez mais meu filho, criá-lo dentro de uma bolha pela falta de tato de uma sociedade inteira para lidar com o que lhe é diferente”, relata.
Mas, os preconceitos e situações constrangedoras não param por aí. No dia de seu aniversário, no dia 17 de fevereiro, Mari foi comemorar com os filhos e os amigos em uma pizzaria de fast-food. “O garçom distribuiu os pratos e deu para todos, menos para ele. Falei, ‘está faltando um prato e olhamos para o Leo’. Outro garçom começou depois a servir as pizzas e pulou o Leo”, lamenta. “Não sei se ele reparou, mas o Leo não é uma coisa. É uma criança que sente fome, sede”.
A pizzaria ainda dá como cortesia uma pizza doce no caso de aniversariantes. Segundo Mari, a pizza doce pequena é dada para quatro pessoas e, de cinco a seis pessoas, é servida a média. “Pedi para o garçom e ele falou ‘quatro pessoas, você tem direito a uma pequena’. Estávamos em cinco pessoas porque o Leo não contaria”. Ao ser questionado, o garçom foi checar com o gerente “se podia” servir o tamanho referente a cinco pessoas.
Depois de muito argumentar, eles saíram com a pizza média do lugar. “Nessas horas fico com ‘sanguenozóio’. Nem queria a pizza doce, minha vontade era jogar ela no lixo”, relata.
Leo, comenta a mãe,  tem parte do cognitivo preservado, mas os pais e os médicos não sabem o quanto. “Mas essa é a parte que mais acredito e invisto nele e as respostas são fantásticas. Sinceramente acho que nesses casos ele não entende porque é tratado diferente. Na verdade, prefiro acreditar nisso porque assim ele sofre menos”.
Mari confessa que cada vez sai menos com o seu filho pois as opções de lazer são restritas. Infelizmente, relata Mari, não é mérito daquela pizzaria, mas de um problema geral da sociedade em lidar com o ‘diferente’. Ela faz um apelo para que os donos de restaurantes e estabelecimentos que lidam com o púbico treinem seus funcionários.
“Deficientes saem de casa,  jantam com a família, passeiam no shopping, consomem, se divertem, têm sentimentos, desejos, preferências, são seres humanos como eu e você. Eles existem, não são invisíveis. Não tenham medo! Fingir que eles não existem, não mudará a nada. Eles estão por aí, por toda parte, e muitas vezes privados de lazer em família por comportamentos como estes no mundo lá fora. Por favor, não dificultem mais o que já é muito difícil”, relata.
(fonte: Folha de São Paulo)

Câmara aprova criação de Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência

Iniciativa será formada por 20 deputados e tratará as matérias relativas sobre a temática como violação dos direitos e pesquisas


A criação da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada pela mesa diretora da Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (25). A iniciativa será formada por 20 deputados e tratará as matérias relativas sobre a temática.

O novo grupo será a 23º comissão permanente da Câmara. Entre as responsabilidades do colegiado estão a análise de todas as matérias referentes às pessoas com deficiência; o recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas a ameaça ou violação dos direitos das pessoas com deficiência; pesquisas e estudos científicos.
As atividades ainda incluem estudos que utilizem células-tronco, com o objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência e colaboração com entidades não governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Além das atividades citadas, o grupo também terá a missão de acompanhar ações tomadas em âmbito internacional por instituições multilaterais, estados estrangeiros e organizações não governamentais internacionais nas áreas da tutela da pessoa com deficiência e acompanhar a ação dos conselhos de direitos das pessoas com deficiências, instalados nos municípios, estados, Distrito Federal e União.
Fonte: Secretaria de Direitos Humanos

ATLETAS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS DO TIME BRASIL VISITAM BELO HORIZONTE


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(DESCRIÇÃO IMAGEM: atletas e paratletas brasileiros em visita a Nissan BH)
Belo Horizonte começou a conhecer um pouco mais dos atletas brasileiros que estarão nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Um pequeno grupo do Time Brasil esteve na capital mineira ontem, em duas concessionárias da Nissan, e recebeu os cumprimentos dos curiosos que passaram pelos locais.
A iniciativa é parte de um projeto desenvolvido pela montadora japonesa, patrocinadora oficial do Rio 2016, que visa ajudar os esportistas a gerir a carreira antes e depois do esporte, além de promover os nomes de alguns atletas que são fortes candidatos a participar de competições internacionais.
"Tem muitos atletas novos aqui que ainda vão disputar muitas olimpíadas, mas tem outros que vão só até 2016 e nossa preocupação é poder contribuir para que pudessem fazer algo depois do esporte”, explica o medalhista paralímpico Clodoaldo Silva, grande nome da natação brasileira e um dos mentores da campanha.
A outra mentora do projeto é a ex-jogadora de basquete Hortência. A ex-atleta fez questão de ressaltar a diferença que esse projeto traz para os atletas, uma vez que foca na estrutura fora das competições, para que os atletas possam dar o seu melhor.
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(DESCRIÇÃO IMAGEM: atletas e paratletas brasileiros em visita a Nissan BH)

“O projeto não visa dar dinheiro para o atleta ou para que esse atleta sirva de outdoor da marca. Não existe salário ou pagamento. O projeto tem como objetivo promover uma troca de informações, em que os atletas recebem toda a instrução que geralmente não recebem. Nós protegemos os nossos atletas e damos uma segurança a mais pra eles na hora de competir”, afirmou Hortência.
Importância. A visita à cidade mineira deixou os esportistas animados, como o jovem Ygor Coelho, terceiro melhor ranqueado em badminton no Brasil. “Eu achei maravilhoso o convite. Eu nunca tinha estado em BH, estou adorando aqui, soube que As pessoas são receptivas. Sempre tive vontade de vir”, afirmou.
Para Adriana Araújo, primeira mulher a ganhar uma luta de boxe para o Brasil nas Olimpíadas, o fato de apresentar os atletas ao grande público é bastante importante. “Acho que foi bom vir em BH e chamar o povo de Belo Horizonte para conhecer os atletas, porque o Brasil não é só a carinha do futebol”, ressaltou Adriana.
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(DESCRIÇÃO IMAGEM: atletas e paratletas brasileiros em visita a Nissan BH)
donrw: Noticias Valence

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

NÓS APOIAMOS A 3ª CAMINHADA UP and DOWN!

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

OSCAR PARA 'A TEORIA DE TUDO' - A HISTÓRIA DE STEPHEN HAWKING


O inglês Eddie Redmayne, de 33 anos (FOTO), ganhou neste domingo (22 de fevereiro) o Oscar de melhor ator por "A teoria de tudo", em que interpreta o físico Stephen Hawking. 
Considerado o cientista mais famoso do mundo e "sucessor" de Albert Einstein, Hawking é conhecido também por ter esclerose lateral amiotrófica (ELA).

NO VÍDEO A SEGUIR, O TRAILER DO FILME
:

Filme conta a história do primeiro dia de aula de uma menina com paralisia cerebral

A história de Heloísa começou no livro e agora ganha movimento em um curta-metragem em animação.
Em "Por que Heloísa?", a autora Cristiana Soares se baseou numa história real para levar o espectador a repensar o conceito de deficiência.
O curta-metragem dá continuidade à trajetória de Heloísa, uma menina com paralisia cerebral, a partir do seu primeiro dia de aula em uma escola comum. Mostra também outros aspectos da primeira infância como suas relações  familiares.
O vídeo apresenta recursos acessíveis para pessoas com deficiências auditiva e visual.


(fonte: Catraca Livre)

OUÇA ENTREVISTA COM A FOTÓGRAFA KICA DE CASTRO

Confira a entrevista com a fotógrafa paulista Kica de Castro que, em 2007 criou a primeira agência formada  100% por modelos com alguma deficiência: OUÇA AQUI

DR. EDUARDO NIGRI - UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Assista, no vídeo a seguir, o depoimento do cirurgião plástico, Dr. Eduardo Nigri, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP - Regional Minas Gerais, atual diretor do Departamento Científico da entidade, gravado com exclusividade para o Blog "Eficiência Especial":

OUÇA A ENTREVISTA COM RONALDO BORBA - SUPERAÇÃO E FORÇA

Confira a entrevista com o profissional de Comunicação Ronaldo Borba, deficiente físico vítima da poliomielite, contando sua brava história de superação: CLIQUE AQUI


OUÇA ENTREVISTA COM LEONARDO MATTOS AO NOSSO "INCLUSÃO E EFICIENCIA ESPECIAL"

Confira a entrevista com o vereador Leonardo Mattos (PV/MG), que tem como lema político 'mandato inclusivo'.
Ações importantes têm sido alcançadas com iniciativas e projetos de lei do político mineiro. Para conferir: CLIQUE AQUI

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ALUNOS ESPECIAIS SEM AULA EM BH

Governo atrasa repasse de verbas e alunos especiais ficam sem aula em BH

Valor de bolsas concedidas a estudantes com deficiência não está sendo repassado às escolas. Pais acionaram Ministério Público



Túlio Santos/EM/D.A Pressdescrição imagem: Guilherme Barbosa frequenta uma 
escola na Serra há cinco anos, mas corre o risco de ficar sem estudar
O ano letivo começou com dor de cabeça para centenas de famílias de bolsistas de escolas especiais de Belo Horizonte. Eles correm o risco de ficar sem aulas por falta de pagamento das mensalidades. Desde outubro, o governo do estado não repassa o valor de bolsas concedidas como ajuda de custo aos portadores de necessidades especiais. Por causa dos atrasos sucessivos, as 19 instituições de ensino e clínicas especializadas decidiram, em conjunto, não receber esses estudantes enquanto a dívida não for quitada. A maioria das famílias não tem condições de arcar com a despesa, que gira em torno de R$ 1 mil mensais. Ontem, os pais acionaram o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Eles querem que a promotoria exija o repasse imediato da verba. Alguns denunciam que o repasse da Loteria Mineira teria sido feito, mas o recurso teria desaparecido.

Diretora da Escola Ser Especial, no Bairro Serra, Região Centro-Sul da capital, onde ontem ocorreu uma reunião de pais e diretores, Delma Luíza Miranda dos Santos Barbosa diz que os atrasos ocorrem há anos. A bolsa de auxílio de estudo para escola especializada às pessoas com deficiência, chamada de “bolsa Caade” ou “bolsa Loteria”, é concedida pela Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese). “O governo paga 12 parcelas. Geralmente, em março ou abril recebemos o valor referente ao início do ano”, afirma. “Isso criou uma situação insustentável para as escolas. Se elas têm estudantes pagantes, ainda conseguem equilibrar as contas, mas muitas têm somente bolsistas.” Os benefícios concedidos aos alunos variam entre R$ 400 e R$ 1,2 mil. Cabe à família complementar o restante da mensalidade. 

Pais que procuraram a Sedese teriam sido informados por funcionários de que o repasse do dinheiro foi feito pela Loteria Mineira, mas o recurso teria desaparecido. Um deles é o professor Antônio Barbosa, de 62 anos, pai de Guilherme, de 32, que tem um atraso geral no desenvolvimento. Ele complementa com R$ 300 mensais a bolsa do filho, que há cinco anos frequenta a Ser Especial, onde faz ioga, música e atividades manuais. “O dinheiro foi para onde? Quem se apoderou? Se saiu da Loteria, era para ter sido distribuído automaticamente. A gente corre atrás, liga para o órgão competente e descobre que o montante foi repassado e não apareceu mais. Alguém pegou indevidamente”, denuncia. Agora, para manter Guilherme, Barbosa terá de arcar com o valor integral. “Mas não tenho como quitar os atrasados, porque acumulou. Se a escola insistir, não será possível continuar.” 

Sem prazo
A Sedese informou, por meio de nota, que o pagamento não foi feito pelo governo da gestão anterior, que antecipou o fechamento do exercício financeiro para novembro de 2014. Os repasses de outubro a dezembro somam  R$ 450 mil. Atualmente, o programa conta com 281 beneficiários. A secretaria acrescentou ainda que está levantando os dados jurídicos e financeiros referentes a esse e outros programas e que “a avaliação será concluída o mais breve possível em observância à urgência que o assunto requer”. Sobre o repasse da Loteria Mineira e desaparecimento do recurso, a secretaria não comentou.
(fonte: ESTADO DE MINAS) 

UNICAMP E INCLUSÃO - TEMA DA COLUNA DE FEVEREIRO, COM BERNARDO FROES

Confira a Coluna do Jornalista Bernardo Fróes, para o nosso "Eficiência Especial".
Neste mês, o jornalista aborda um projeto da UNICAMP: CLIQUE AQUI


CONFIRA OS CONVIDADOS DO "INCLUSÃO E EFICIÊNCIA ESPECIAL"

Na próxima segunda, nosso programa está de volta das breves férias! 
Fevereiro traz convidados especiais. Programe-se! Inclusão, sempre!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015


Estudante supera atrofia espinhal e fica em 1º no vestibular para Engenharia Elétrica da UEL




Arquivo Pessoal
Apaixonado por robótica e eletrônica, o estudante Daniel 
Vitor do Nascimento Martins, de 17 anos, ficou em primeiro
lugar no vestibular de Engenharia Elétrica da Universidade 
Estadual de Londrina (UEL). Morador de Bela Vista do Paraíso 
(região metropolitana de Londrina) e portador de atrofia espinhal, 
que compromete sua capacidade motora, o adolescente também
 foi aprovado nas provas para Engenharia Elétrica na
Universidade Estadual de Maringá (UEM) e para Engenharia 
de Controle e Automação na Universidade Tecnológica 
Federal do Paraná (UTFPR) de Cornélio Procópio. 
Devido à proximidade entre as cidades, a família decidiu 
matriculá-lo na UEL.
"Meu marido trabalha em Londrina e será mais fácil para nós,

uma vez que precisamos ajudar o Daniel para tudo. 
Ele é um excelente aluno, dedicado e muito aplicado", 
orgulha-se a mãe, Rosângela Martins. Segundo ela, 
a família planeja se mudar para Londrina, 
já que o curso de Daniel é integral. Eles estão 
procurando uma casa adaptada que atenda às 
necessidades do adolescente e de seu irmão, 
de 14 anos e também portador de necessidades especiais. 



Mesmo com as dificuldades, Daniel está empolgado com a aprovação e se diz pronto para encarar o desafio. "Quero fazer o curso direito. Estou esperando as aulas começaram e estou confiante. Não estou totalmente preparado porque é muita coisa nova de uma só vez, mas quero fazer e aprender", afirma. 


Desde a quarta série no Colégio Sagrado Coração, em Bela Vista do Paraíso, o agora calouro da UEL acertou 49 das 60 questões da primeira fase, 25 dos 30 testes objetivos da segunda fase e afirma ter ido "um pouco mal" nas perguntas dissertativas de química - nada que pudesse atrapalhar o seu excelente desempenho em matemática e física, que completam a avaliação. Quando fez as provas, o adolescente tinha 16 anos. 

Modesto, Daniel garante que seu sucesso se deve à atenção dispensada às aulas e à realização das tarefas passadas pela escola "Mas não sou muito de estudar, faço o dever entre 30 minutos e uma hora e pronto. É isso e prestar atenção", revela. O interesse pela robótica já fez Daniel se dedicar a alguns projetos no seu tempo livre. "Comprei algumas peças para mexer um pouco, mas não cheguei a montar nada de verdade. Quero aproveitar o curso para aprender coisas novas, especialmente circuitos e mecatrônica", planeja. 


Rosângela pretende ir à UEL nos próximos dias para se informar sobre as facilidades que a universidade poderá oferecer a seu filho, como um acompanhante e cadeiras especiais. Estes contratempos não parecem abatê-la. "É uma luta. Teremos que nos adaptar, ficar perto para ajudá-lo, não sei como vai ser, mas nós confiamos em Deus e vamos fazer de tudo para que ele aproveite esta oportunidade e estude."