quinta-feira, 29 de março de 2012

Google usa deficiente visual para testar carro com piloto automático

Rota foi cuidadosamente preparada, diz a Google.
Steve Mahan não usou mãos, nem pés, e carro fez duas paradas programadas

O Google usou um motorista com deficiência visual para testar o funcionamento de seu automóvel com piloto automático, informou nesta quarta-feira (28) a companhia, que publicou um vídeo no YouTube com a experiência. Assista ao vídeo neste link you tube: http://www.youtube.com/watch?v=cdgQpa1pUUE.

Steve Mahan ocupa o lado do motorista, mas não usa as mãos, nem o pés, para pilotar o carro. (Foto: Reprodução / YouTube / Google)
(descrição foto: Steve Mahan ocupa o lado do motorista, mas não usa as mãos, nem o pés, para pilotar o carro. (Foto: Reprodução / YouTube / Google)
A gravação intitulada "Self-driving car teste: Steve Mahan" mostra a viagem de Steve Mahan, um homem com incapacidade visual de 95%, em um percurso por sua cidade a bordo de um Toyota Prius equipado com a tecnologia do Google para autocondução.
"Estou muito acima do que se considera estar legalmente cego", comenta Mahan nas imagens, nas quais explica como a perda da visão lhe impede de fazer coisas que antes podia realizar e o papel que poderia representar um automóvel como o da Google em seu dia a dia. "Isto me daria a independência e a flexibilidade para ir a lugares onde tenho que ir e quero ir quando eu necessitar fazer coisas", avaliou Mahan.
Em seu deslocamento, Mahan fez duas paradas: uma na pista de acesso para veículos de um estabelecimento de fast-food e outra no estacionamento de uma lavanderia para buscar roupas.
Veículo com piloto automático fez duas paradas durante teste e circulou obedecendo as regras de trânsito. (Foto: Reprodução / YouTube / Google)
(descrição foto: Veículo com piloto automático fez duas paradas durante teste e circulou obedecendo as regras de trânsito. (Foto: Reprodução / YouTube / Google)
No vídeo é possível observar que o volante viaja só e que o carro circula seguindo as normas de trânsito, enquanto Mahan come tranquilamente o que encomendara. "Sem mãos, sem pés", comenta o motorista com os braços para o alto enquanto o veículo avança.
O automóvel é equipado com um sistema de radares e lasers para conhecer sua localização, e durante o teste o copiloto de Mahan usava um computador portátil que estava conectado ao veículo.
A Google explicou no YouTube que a condução com Steve Mahan foi realizada em "uma rota cuidadosamente programada" e que a experiência foi "um experimento técnico" que ofereceu "um olhar promissor sobre o que a tecnologia autônoma pode um dia conseguir se for obtida uma tecnologia rigorosa e com os padrões de segurança".
Steve Mahan tem incapacidade visual de 95% e pôde comer um lanche enquanto o carro o levava por uma rota pré-programada. (Foto: Reprodução / YouTube / Google)
(descrição foto: Steve Mahan tem incapacidade visual de 95% e pôde comer um lanche enquanto o carro o levava por uma rota pré-programada. (Foto: Reprodução / YouTube / Google)
A empresa anunciou seu projeto de automóvel com condução automática em 2010 e criou um protótipo capaz de ser guiado com o uso de seus mapas que foi testado com sucesso esse ano na Califórnia.
O automóvel percorreu o estado americano de ponta a ponta e rodou mais de 225 mil km sem motorista ao volante, embora sempre sob supervisão e em situações de circulação propícias, segundo informou a empresa, que não deu detalhes sobre quando aconteceu o experimento com Steve Mahan.
A Google acredita que os veículos não tripulados podem ajudar a reduzir os acidentes de trânsito e a realizar uma condução mais eficiente do ponto de vista energético.
fonte: G1

sexta-feira, 23 de março de 2012

Copa Belo Horizonte de Tênis terá torneio de cadeirantes

Evento contará com a presença de Rafael Medeiros, 43º no ranking mundial











(descrição foto: atleta cadeirante tenis/ foto: Robert Serbinenko)
O tênis em cadeira de rodas também estará presente na programação da Copa Belo Horizonte de Tênis. Neste fim de semana, um torneio preparatório para a temporada de saibro do circuito da ITF (Federação Internacional de Tênis) acontecerá nas quadras das academias Smash Tênis e Braga Tênis.
 Um dos destaques do evento é a presença de Rafael Medeiros, de apenas 22 anos e que já é o 43o do mundo. O atleta está muito perto da vaga nos Jogos Paraolímpicos de Londres, que reunirá os 46 melhores do ranking mundial, respeitando o limite máximo de quatro tenistas por pais.
 O torneio preparatório também será disputado pelos atletas Christophe Royet, Luiz Carlos Ferreira e Gustavo Pereira. Os jogos serão realizados sábado a partir de 13:00 e domingo às 10:00. Smash Tênis e Braga Tênis estão situadas na rua Senador Lima Guimarães, bairro Buritis.
 A Copa Belo Horizonte de Tênis é realização da Dynamis, tem o apoio da Belotur e Prefeitura de Belo Horizonte e patrocínio de Libergráfica Editora, Frontti Comunicação e Companion.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Reatech 2012: Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade

Reatech é uma famosa Feira  Internacional de Tecnologia  em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade que acontece anualmente, levando para o público interessado novidades no mercado de reabilitação de pessoas com deficiência.
A XI edição da Reatech será nos dias 12 a 15 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes São Paulo-SP, na  Rodovia dos Imigrantes Km 1,5, na cidade de SP. Para o site com mapa acesse http://g.co/maps/8jkuw Para receber o crachá antecipado acesse  http://www.inscricaofacil.com.br/cipa/reatech/
O evento é organizado pelo Grupo CIPA FIERA MILANO. Estão presente no evento autoridades, políticos, congressistas, profissionais no setor, atletas e toda pessoa interessada na causa da igualdade de condições do deficiente físico. A entrada no evento é gratuita.
Para obter mais informações acesse o site http://www.reatech.tmp.br/



Informações sobre a Feira Reatech 2012
























Algumas programações da Feira Reatech (Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade) em 2012, em São Paulo
CURSOS GRATUITOS OFERECIDOS PELA SMPED (SECRETARIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E MOBILIDADE REDUZIDA) – Sala 5 (Piso Superior Convenções)
12 de abril – Quinta-feira – das 14:00 às 18:00 h
Curso: Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade.
Com objetivo de fornecer ao profissional conhecimentos específicos sobre leis e normas de acessibilidade para aplicação no contexto da cidade de São Paulo.
Público alvo: Arquitetos, Engenheiros e Profissionais envolvidos na construção e fiscalização de edificações e vias públicas.
Palestrante: Elisa Prado de Assis e Daniella Bertini Ferreira – arquiteta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo.
13 de abril – Sexta-feira – das 10:00 às 13:00 h
Curso: Sem Barreiras – Inclusão Profissional de Pessoa com Deficiência

Com o objetivo de capacitar profissionais de RH e gestores de instituições públicas ou privadas para implementação de um Programa de Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência.
No curso são abordados temas como: Trabalhador com deficiência (conceitos gerais e específicos), acessibilidade e ergonomia, tecnologia assistiva e modelo de Programa de Inclusão Profissional.

Palestrante: Daniela Polzer Delgado – assistente técnica da coordenadoria de projeto e inclusão da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo.
13 de abril – Sexta-feira – das 14:00 às 18:00 h
Curso: Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade
Com o objetivo de fornecer ao profissional conhecimentos específicos sobre leis e normas de acessibilidade para aplicação no contexto da cidade de São Paulo.
Público-alvo: Arquitetos, Engenheiros e Profissionais envolvidos na construção e fiscalização de edificações e vias públicas.
Palestrantes: Elisa Prado de Assis e Daniella Bertini Ferreira – arquiteta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo.
14 de abril – Sábado – das 10:00 às 12:00 h
Mesa Redonda: “Como a Educação Inclusiva é vivida na voz de protagonistas”

Um olhar sobre as diferentes fases da educação. Reflexão sobre a relação entre o discurso teórico e a realidade dos processos inclusivos destinados à pessoa com deficiência nas diferentes fases da educação. Reflexão realizada a partir do depoimento de alunos com e sem deficiência e professores.
Palestrantes: Marcia Marolo, pedagoga e Coordenadora Geral de Projetos de Inclusão da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo;
Silvana Drago, pedagoga e Coordenadora do DOT – Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e Floriano Pesaro, sociólogo e vereador da Câmara Municipal de São Paulo.

14 de abril – Sábado – das 14:00 às 18:00 h
Curso: Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade

Com o objetivo de fornecer ao profissional conhecimentos específicos sobre leis e normas de acessibilidade para aplicação no contexto da cidade de São Paulo.
Público-alvo: Arquitetos, Engenheiros e Profissionais envolvidos na construção e fiscalização de edificações e vias públicas.
Palestrantes: Elisa Prado de Assis e Daniella Bertini Ferreira – arquiteta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo.
14 de abril – Sábado – das 11:00 às 13:00 h
Workshop X Painel de Debates: Movimento Pró-Autista – Em defesa dos Direitos das Pessoas com Autismo
Implementação de Políticas Públicas Intersetoriais para o atendimento ao autismo no município de São Paulo.
Coordenação: Mediadora Dra. Marcia Montez, médica pediatra, Perita Judicial; Membro da Sociedade Brasileira de Medicina, Membro da Coordenadoria de Projetos de Inclusão da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo.
“Ações do Movimento Pró-Autista x Distribuição da Cartilha dos Direitos das Pessoas com Autismo”
Palestrante: Ana Santos Souza Ruiz – Vice-Presidente da APADE – Assoc. de Pais e Amigos de Pessoas com Deficiência e Mãe militante do Movimento Pró-Autista.
“Capacitação Profissional para atendimento ao autismo”
Palestrante: Dr. Estevão Vadasz, médico psiquiatra, coordenador do Projeto Autismo no IPq/ HCFMUSP; Colaborador do Movimento Pró-Autista e da CPI de Acessibilidade na Câmara Municipal de São Paulo.
“Políticas Públicas de Atendimento ao Autismo – Lei Municipal 15409/11″
Palestrante: Gilberto Natalini, vereador de São Paulo, Médico, Coordenador da CPI da Acessibilidade na Câmara Municipal de São Paulo – CMSP.
“Relatório de Autismo x Protocolo de Atendimento”
Palestrante: Regiane Nascimento, mãe Militante do Movimento Pró-Autista; Graduanda em Serviço Social.
15 de abril – Domingo- das 09:00 às 18:00 h
Palestra: “Seminário Municipal de Surdocegueira de Múltipla deficiência”
Palestrante: a confirmar

quarta-feira, 21 de março de 2012

PINTOU A SÍNDROME DO RESPEITO: INSTITUTO OLGA KOS REALIZA EXPOSIÇÃO EM SP

Dia Internacional da Síndrome de Down movimenta São Paulo:



















Para quem está em São Paulo, não perca estas ações do Instituto Olga Kos:
Para comemorar essa data tão especial, o Instituto Olga Kos realiza a Exposição de Arte:
Pintou a Síndrome do Respeito,
na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e a
Exposição de Arte: Uma Visão Inclusiva junto ao Relançamento do livro
"Instituto Olga Kos - Uma Visão Inclusiva - arte, cultura e esporte", no MIS -
Museu da Imagem e do Som, hoje das 19h às 21h30.

Parlamento celebra Dia Internacional da Síndrome de Down













Em solenidade do Senado e da Câmara dos Deputados, foi celebrado, nesta quarta-feira (21), o Dia Internacional da Síndrome de Down. Durante o evento, realizado no Salão Negro, que interliga as duas Casas, foram homenageadas pessoas, organismos e instituições que promovem e realizam ações concretas e projetos bem sucedidos de inclusão social. A cerimônia é uma iniciativa do deputado federal Romário (PSB-RJ) e do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ambos são pais de crianças com Síndrome de Down.
O evento também marcou o lançamento do portal Movimento Down (www.movimentodown.org.br) que, conforme explicou Lindbergh, pretende ser uma referência para todos os que buscam informação sobre o assunto. Na ocasião, também foi aberta consulta pública do Protocolo de Saúde para a Síndrome de Down, cuja finalidade é estabelecer procedimentos padronizados para o atendimento na rede de saúde.
- Estamos celebrando hoje não apenas o dia 21 de março, mas ações concretas como o lançamento do portal e do protocolo em prol dos portadores de Síndrome de Down – destacou Lindbergh Farias.
Homenageados
Dentre os homenageados durante a cerimônia por ações de inclusão social, estavam Evaldo Mocarzel, diretor do filme “Do luto à luta” – documentário que retrata as dificuldades e potencialidades da Síndrome de Down; a presidente da ONG Meta Social, Helena Werneck; e as Organizações Globo, pelo trabalho desenvolvido em relação ao tema.
Também receberam homenagem o estudante universitário Kalil Assis Tavares, portador da Síndrome, por sua aprovação em 1º lugar para o vestibular de Geografia na Universidade Federal de Goiás (UFG); o assessor parlamentar Rodrigo Marinho de Noronha, pelo trabalho de inclusão desenvolvido na Câmara dos Deputados; além de Breno Viola, editor de conteúdo do portal Movimento Down.
Na solenidade, houve também exposições de pinturas e fotos feitas por portadores de Síndrome de Down, apresentações musicais e do grupo de dança “Eu Danço”, formado por portadores de necessidades especiais.
Data
O Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado no Brasil e em mais 40 países. A data foi reconhecida por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro do ano passado e é resultado de um esforço liderado pelo Brasil junto à Assembleia Geral desse organismo.
O Brasil ratificou, em 2008, com status constitucional, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Este foi o primeiro passo para o país se lançar como líder nas negociações que culminaram na aprovação, na Assembleia Geral da ONU, em dezembro do ano passado, da resolução que instituiu 21 de março como Dia Internacional da Síndrome de Down.
- O protagonismo do Brasil no plano internacional está relacionado ao engajamento da sociedade brasileira internamente sobre essa causa – salientou o Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
José Sarney, Lindbergh Farias e Romário também ressaltaram que a comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down foi uma conquista do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas.
Trissomia do Cromossomo
O 21 de março foi escolhido como Dia Internacional da Síndrome de Down porque a data se escreve como 21/3 (ou 3-21, em inglês) – uma alusão à trissomia do cromossomo 21, indicador da Síndrome de Down.
A denominação da síndrome vem do sobrenome do médico inglês John Langdon Down que, em 1866, fez as primeiras observações detalhadas sobre esse grupo de pessoas na sociedade. O que abriu espaço para estudo e tratamento.
A Síndrome de Down não é uma doença. É uma ocorrência genética natural que acontece por motivos desconhecidos, na gestação, durante a divisão das células do embrião. É uma alteração cromossômica, quando crianças nascem dotadas de três cromossomos (trissomia) 21, e não dois, como o habitual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada 800 partos, nasce uma criança com Síndrome de Down.
No Brasil, estima-se que essa alteração genética seja registrada em cerca de oito mil bebês por ano. Entretanto, ainda é grande a dificuldade de acesso a informações, profissionais e aparatos necessários para o pleno desenvolvimento das crianças nessa condição.
(Fonte: Agência Senado)

terça-feira, 20 de março de 2012

‎21 de março “Dia Internacional da Síndrome de Down” - Jovens com síndrome de Down vão representar o Brasil na ONU














(descrição foto: imagem garoto portador sindrome down/meramente ilustrativa)

O vídeo a seguir foi veiculado no dia 18/03 pelo
Programa Fantástico da TV Globo:

O III Dia Internacional da Síndrome de Down será comemorado no próximo dia 21 de março, sexta-feira a nível nacional com divulgação de site com informações sobre a síndrome Down21 Brasil e campanha pela ratificação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência como emenda constitucional.
Por que 21 de março?
O dia foi escolhido pela organização Síndrome de Down Internacional, (http://www.worlddownsyndromeday.org/), em alusão aos três cromossomos no par de número 21, que as pessoas com síndrome de Down possuem. Daí o dia 21/3.
A data, que foi instituída em 2006, ficou conhecida no ano passado, quando uma série de eventos foram realizados em todo Brasil, entre eles, uma audiência pública sobre Síndrome de Down no Senado Federal com a presença do jogador Romário, sua esposa Isabella e a filha mais nova, Ivy.
Este ano o Brasil tem muitos avanços a comemorar e pode dar um belo exemplo ao resto do mundo. Entre eles o aumento do número de matrícula de crianças com Síndrome de Down incluídas na rede regular de ensino, junto com todas as outras crianças.

Down21.org
Informações confiáveis sobre a Síndrome de Down agora em Português!
Qual a família que, ao receber um bebê com síndrome de Down, não passou por milhões de dúvidas e ficou sem saber a quem recorrer? A partir de agora, essas informações tão preciosas, especialmente para essas famílias, estarão disponíveis em Português dentro do prestigiado site espanhol Canal Down21.
O Canal Down21 é uma das fontes mais completas sobre Síndrome de Down no mundo. Com base na Espanha, o portal lançou no último ano o desafio de promover a integração ibero-americana sobre o assunto. Ganhou novos subportais dedicados a países do continente americano como Argentina, Colômbia, Venezuela, Chile, México e Estados Unidos.
Com a entrada do Brasil e o acesso às informações em Português uma grande lacuna passa a ser preenchida, já que no país não se tinha uma fonte que fosse referência em Síndrome de Down. A parceria com o Canal Down21 atinge, incluindo os brasileiros, 220 milhões de pessoas que falam Português no mundo.
(fonte: Globo/assino inclusão)

sábado, 17 de março de 2012

TV XUXA TRAZ ESPECIAL EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA SINDROME DE DOWN












(imagem: atores do filme "Os colegas", em entrevista ao TV Xuxa, reprodução de imagem fragmento do video)
Neste sábado, 17 de março, o Programa TV Xuxa, prestou uma homenagem especial ao Dia Internacional da Sindrome de Down. Uma belíssima aula de inclusão, com entrevistas e registros muito especiais. Se você não pode ver, confira vídeos do programa no site http://tvxuxa.globo.com/videos

Recomendo que não deixe de ver este, relacionado ao filme "Os colegas", roteirizado e dirigido por Marcelo Galvão - primeiro filme nacional protagonizado por atores especiais. Produção que não pode ficar sem patrocínio para ir à telona - quem sabe você pode apoiar?
http://tvxuxa.globo.com/videos/t/programas/v/xuxa-conversa-com-o-elenco-de-colegas-o-filme/1861514/
A ONU (Organização das Nações Unidas) decretou todo 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), desde 2008. A data mundial pede mais atenção ao transtorno do espectro autista (nome "oficial" do autismo), que é mais comum em crianças que AIDS, câncer e diabetes juntos.
DIVULGUE ESSA INFORMAÇÃO!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Essencial: é assim que defino o livro “Inclusão – olhares e possibilidades”

Um sucesso muito especial, a noite de lançamento do livro “Inclusão: olhares e possibilidades”, de André Castro e Marta Alencar, ocorrido no dia 13 de março, na Biblioteca Pública Luiz de Bessa, em Belo Horizonte.
O livro registra em fotos e textos, depoimentos e poemas, as crianças em processo de reabilitação pela AMR – Associação Mineira de Reabilitação.
As imagens elegem, com louvor, olhares e expressões únicas dos personagens, nos permitindo um mergulho na realidade da vida que pulsa na pureza da infância, na lida com os mistérios que a realidade, às vezes, nos apresenta e na esperança lúcida da inclusão justa e necessária das pessoas com deficiência.  Vão além de lutas e questionamentos, preconceitos ou aceitação. São retratos, quase vivos, superação ativa, expressa na felicidade possível de cada conquista, ou, de cada instante, sensivelmente captado através das lentes que as registraram.
Com caráter beneficente, o livro realmente nos abre olhares e possibilidades, essenciais.
Aquisição imprescindível, que recomendo aqui.
Nas sábias palavras dos autores: “é preciso ver  o todo e ir além. É preciso entrar na cena”.
Além da exposição de gigantescas fotos, contidas no livro – belíssimos – nós, presentes,   tivemos a alegria de ter o livro autografado por todas as crianças com deficiência, registradas nas imagens, durante o lançamento. Maravilhoso!
Seguem algumas fotos que fiz, durante o evento: 
























EM TEMPO: CONHEÇA A AMR - Associação Mineira de Reabilitação
CONFIRA O  VIDEO, A SEGUIR:

segunda-feira, 12 de março de 2012

Comissão aprova ‘torpedo’ mais barato para pessoas com deficiência auditiva ou da fala

Projeto de Lei foi aprovado no Senado. Agora a matéria segue para a Câmara dos Deputados.
Celular com um símbolo de carta no visor
Os usuários com deficiência auditiva ou da fala de serviços de telecomunicações terão direito a planos com tarifas reduzidas para serviços de mensagens de texto (SMS). É o que determina o projeto de lei do Senado (PLS 238/08), de autoria do ex-senador Flávio Arns, que foi aprovado em decisão terminativa, nesta quarta-feira (7), pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).
A matéria segue para a Câmara dos Deputados.

Relatado na comissão pelo senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto altera o artigo 3º da Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9472/97), onde estão estabelecidos os direitos dos usuários. Segundo emenda apresentada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e acolhida pela CCT, o artigo passa a vigorar acrescido de um parágrafo único.

O novo parágrafo estabelece que o usuário do serviço de telecomunicação com deficiência auditiva ou da fala, sem prejuízo dos demais direitos já estabelecidos no artigo, “tem direito a plano com tarifas reduzidas para serviços de mensagem de texto, nas diversas modalidades de pagamento”.
fonte: Agência Senado

Trilha com acessibilidade começa a ser construída no Parque de Fernando de Noronha

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
(descrição foto: paisagem tradicional em Fernando de Noronha)
As obras no Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha já começaram e o primeiro trabalho a ser realizado é a construção da trilha suspensa com acessibilidade que irá ligar o Posto de Informação e Controle (PIC) do Golfinho Sancho, até o Mirante dos Golfinhos.
Todos os materiais utilizados para a obra são ecologicamente sustentáveis, reduzindo drasticamente o impacto ambiental. “Entre os materiais está sendo utilizada a madeira biossintética, desenvolvida a partir de plástico reciclado”, explica Pablo Mórbis, gerente local da EcoNoronha, empresa responsável pela administração dos visitantes no Parque de Fernando de Noronha. Dessa forma, o parque é o primeiro do Brasil a utilizar em sua totalidade esse tipo de material.
Em, no máximo, 45 dias, está previsto também o início das obras dos PICs do Golfinho Sancho e do Sueste, concomitantemente.
Nos PICS será construída toda uma estrutura, hoje inexistente, que proporcionará ao turista mais qualidade, com direito a estacionamento, sanitários, duchas, guarda-volume, locação de bicicleta para passeio, equipamentos de mergulho livre (snorkel, máscara e nadadeiras), mapas, lanchonete e loja de souvenires.
No Centro de Visitantes da ilha, que será reformado pelo ICMBIO, a EcoNoronha terá a responsabilidade de implantar e manter uma exposição permanente, um balcão de informações, loja de lembranças e uma lanchonete. Além disso, a empresa construirá a sua Sede Administrativa na ilha. A previsão de investimento em Fernando de Noronha é de R$ 8 milhões em dois anos.
 Obras
A primeira fase da reforma contempla:
•   PIC do Golfinho Sancho
•   PIC do Sueste
•   PIC do Leão
•   Nova Trilha do PIC do Golfinho/Sancho até o Mirante dos Golfinhos
•   Nova Trilha do PIC do Golfinho/Sancho até a Escada do Sancho
•   Nova Trilha da Escada do Sancho até o Mirante da Baía dos Porcos (onde é localizado o famoso Morro Dois Irmãos)
•   Construção de 4 mirantes e 2 pontes na Trilha que liga o Mirante dos Golfinhos até a Escada do Sancho
A previsão de término total desta fase é de seis meses.
golfinhos
(descrição foto: golfinhos)

 fonte: www.passeiaki.com

quarta-feira, 7 de março de 2012

ESPORTE PARALÍMPICO: BRASIL ESTÁ ENTRE OS MELHORES NA COPA INTERCONTINENTAL DE VOLEY NO EGITO
















(DESCRIÇÃO IMAGEM: SELEÇÃO MASCULINA VOLEY)

As Seleções Brasileiras masculina e feminina de vôlei sentado estão no Cairo desde o último sábado, 03, disputando a Copa Intercontinental, torneio da Organização Mundial de Voleibol para Deficientes (WOVD). A competição serve como preparação rumo aos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, principal evento do ano.
Treze países estão na disputa da chave masculina e seis no feminino. Destaque no masculino para o Irã, atual campeão paralímpico, além de Egito, Rússia e Grã-Bretanha, já classificados para Londres. No feminino as atenções ficam por conta da seleção chinesa, atual campeã paralímpica.
Na chave masculina o Brasil está muito bem classificado. Os homens estrearam contra a Croácia, em jogo válido pela primeira rodada no sábado. Vitória fácil por 3×0, parciais de 25×16, 25×15 e 25×17. No domingo a Seleção enfrentou os donos da casa, e perdeu por 3×0, com parciais de 22×25, 12×25 e 11×25. Nesta segunda o Brasil voltou à quadra para jogar contra o Cazaquistão. Outra vitória, dessa vez de virada por 3×1, parciais de 22×25, 25×18, 25×15 e 25×11.
O Brasil está em segundo após duas vitórias em seus três primeiros jogos. Com seis sets vencidos e quatro perdidos, a Seleção soma cinco pontos e perde apenas para os anfitriões egípcios, que seguem sem perder na competição. Os homens voltam a jogar hoje contra o Iraque, em busca da liderança da Copa.
Já as meninas do Brasil conquistaram sua primeira vitória nesta segunda, quando de virada fizeram 3×1, com parciais de 17×25, 25×15, 25×10 e 25×22. A Seleção havia perdido na estreia para a Eslovênia por 3×0, parciais de 18×25, 25×27 e 21×25. No domingo voltaram à quadra para enfrentar as britânicas. Em um jogo equilibrado, a Seleção perdeu por 3×1, parciais de 16×25, 25×23, 15×25 e 18×25.
Com quatro sets vencidos e sete perdidos, a Seleção feminina está na quarta colocação do torneio, com quatro pontos. O Brasil enfrenta hoje as chinesas, atuais campeãs paralímpicas e líderes do torneio, com 100% de aproveitamento.
f onte: CPB

terça-feira, 6 de março de 2012

Lançamento do Relatório Mundial sobre Deficiência reúne mais de 10 países em Seminário Internacional

Evento foi realizado em São Paulo, de 23 a 25/02. Todos os estados brasileiros estiveram representados, somando cerca de 700 participantes presenciais . Também houve transmissão via web com recursos de acessibilidade

(descrição imagem - foto da Cerimônia de abertura. Evento reuniu cerca de 700 pessoas, com representantes de 10 países)
   A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo realizou o "Seminário Internacional sobre a Implementação do World Report on Disability", de 23 a 25 de fevereiro de 2012, em São Paulo. A Secretaria recebeu da Organização Mundial da Saúde o direito de tradução em Língua Portuguesa do Relatório Mundial sobre a Deficiência, lançado e discutido durante o Seminário, que reuniu representantes de mais de 10 países. Todos os estados brasileiros estiveram representados, somando cerca de 700 participantes presenciais além das centenas que acompanharam o seminário via web, com transmissão simultânea, ao vivo.
Várias autoridades nacionais e internacionais da área da reabilitação e inclusão da pessoa com deficiência foram recebidas pela Secretária de Estado, Dra. Linamara Rizzo Battistella, que no início da tarde do primeiro dia de evento foi homenageada por representantes de um conjunto de instituições da sociedade civil que reconhecem seu trabalho em prol do empoderamento das pessoas com deficiência. Em meio a emoção, lhe foi entregue um ramalhete de flores, precedido por palavras elogiosas do presidente do Conade - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Moises Bauer.
O objetivo do Seminário foi de identificar os desafios à implementação das práticas recomendadas pelo Relatório no sentido da promoção de oportunidades iguais para pessoas com e sem deficiência, conforme estabelece a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas.
O Seminário contou com a presença de representantes das instituições parceiras e especialistas convidados, para que fossem apresentadas novas diretrizes de abrangência internacional, visando o enfrentamento dos desafios que ainda impedem a garantia de igualdade de direitos para as pessoas com deficiência em todas as áreas, com especial destaque para a saúde e a reabilitação.
PRIMEIRO DIA - DEFINIÇÃO
O primeiro dia do Seminário foi marcado por temas inerentes ao conceito e definição de "pessoa com deficiência" - Quem é? Como mensurar a deficiência? A Secretária Dra. Linamara destacou o conceito presente na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência sobre a deficiência ser resultante da interação entre a pessoa e o meio ambiente, sendo a deficiência tanto mais grave quanto maiores forem as barreiras que a impedem de interagir com a sociedade. "É preciso enxergar a pessoa humana, com e sem  deficiência, como protagonista de seus direitos", disse.
O Seminário é iniciativa da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Organização Mundial da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde, o Banco Mundial, a Parceria Global para Deficiência e Desenvolvimento, a Sociedade Internacional de Medicina Física e Reabilitação, a Rede Latino-Americana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias (Riadis), a Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro.
O evento apresentou todos os recursos de acessibilidade possíveis a todas as pessoas, como: audiodescrição, intérprete de Libras, estenotipia,  tradução simultânea e material em braile.  Também houve transmissão de toda a programação, ao vivo, pela internet.
SEGUNDO DIA – MANHÃ:  EDUCAÇÃO INCLUSIVA
No segundo dia do Seminário, a abertura foi marcada pela questão da Educação Inclusiva. A Administradora de Projetos da Agência Européia para o Desenvolvimento da Educação de Necessidades Especiais, Verity Donnely, destacou a importância da presença de alunos com deficiência nas escolas. “Os pontos chave envolvem aumentar a participação, para aumentar a oportunidade de ensino”, argumenta. Além dela, Alexandre Schneider, Secretário Municipal da Educação de São Paulo, fez ressalvas sobre o fato de muitas crianças com deficiência começarem tarde sua vida escolar: “Temos que garantir que essas crianças cheguem à rede pública desde cedo. Percebemos que os alunos chegam muito tarde ao Ensino Fundamental”, destacou. O secretário também explicou sobre o projeto Auxiliar de Vida Escolar, acerca de um profissional formado com o apoio da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e que consiste em qualificar pessoas a auxiliarem alunos com deficiência. “O aluno precisa de um profissional para uma série de necessidades”, relata. Ele informou, ainda, que já são cerca de 35 mil professores formados com a ajuda da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), A Universidade Presbiteriana Mackenzie, além da Secretaria Municipal da qual faz parte.
Após seu discurso, a Representante Residente Assistente para Programa, das Nações Unidas (PNUD) do Brasil, Maristela Marques Baioni expôs uma série de estatísticas sobre a educação de pessoas com deficiência no país. “Houve mudança no comportamento do poder público. Em 1998 só 49% dos municípios tinham matrícula para pessoas com deficiência. Hoje já são 89%”, cita.
O Presidente do Conade - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Moisés Bauer, também participou do painel. “Sou favorável a educação inclusiva, como forma de desmistificar lendas sobre a deficiência. É importante para o desenvolvimento da sociedade”, afirma. Bauer retomou a importância da freqüência dos alunos com deficiência nas redes de  ensino. “Hoje são mais de 200 mil crianças e adolescentes que não estão em escolas. Aproximadamente 500 mil pessoas com deficiência são analfabetas no Brasil. Não estamos em momento de discutir um modelo em detrimento do outro. Temos que avançar”, diz o presidente.
Rodrigo Mendes, presidente do Instituto Rodrigo Mendes, revelou aos presentes sobre a preocupação da sua organização com este tema. “Nossa prioridade tem sido a escola pública. Percebemos uma série de projetos maduros e avançados”. Ele informou ao público, ainda, que o Instituto aproximou-se do Ministério da Educação e formaram um projeto denominado  DIVERSA – Educação Inclusiva na Prática. Exibiu um vídeo em que mostra a escola Clarisse Fecury, oriunda de Rio Branco, do Acre, que ganhou um prêmio de educação inclusiva, devido ao seu desempenho da gestão escolar e à sua capacidade de mobilizar a comunidade com relação a este ponto. “A escola desenvolve estratégias pedagógicas, sempre com atenção na singularidade de cada aluno. Notou-se sinergia entre poder público, equipe pedagógica, parceiros e família. Por isso, uma educação de qualidade”, ressalta. O Instituto Rodrigo Mendes é uma organização criada em 1994, sem fins lucrativos. Baseia-se na construção de uma sociedade inclusiva, focando-se na educação e na arte.
SEGUNDO DIA – TARDE:  TECNOLOGIAS E POLÍTICAS PÚBLICAS
No início da tarde no segundo dia de Seminário Internacional sobre a Implementação do World Report on Disability, o tema tecnologia foi apresentado por algumas autoridades, entre as quais  Afonso Lamounier, Diretor de Alianças Público-Privadas da Microsoft Brasil; Edson Luiz Riccio, Diretor do Laboratório de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação da USP; e Sérgio Borger, Diretor de Estratégias e Operações do Laboratório de Pesquisa da IBM.
Lamounier mostrou um pouco sobre a inclusão digital no mundo e discursou sobre a construção de alianças público-privadas, citando a Microsoft como exemplo. “Coincidência ou não, os países desenvolvidos têm um índice maior de inclusão digital. E os países em desenvolvimento têm uma média baixa de inclusão digital. O Brasil não está tão mal assim. A inclusão digital passou a ser, então, um indicador de desenvolvimento”.
Logo após, foi a vez de Riccio dar sua contribuição sobre o assunto. O foco principal de sua apresentação foi sobre uma das iniciativas da FEA – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – que tem o campo de gestão como base, estudando a tecnologia e não produzindo tecnologia. Essa iniciativa foi um acordo feito entre três parceiros, a FEA, a fundação Rosselli Américas e a Universidade na Itália, a ideia central se dá no desenvolvimento de várias iniciativas com esta visão de tecnologia e comunicação como ferramenta. “A ideia é de uma escola sobre a aplicação, a gestão, a análise e sobre o desenvolvimento de tecnologias no desenvolvimento humano em geral”.
De acordo com ele, o projeto busca “dar aos estudantes a visão de efetividade no desenvolvimento de projetos e prevê uma visão prática, não só teórica, por meio de estudo de casos, onde o desenvolvimento ocorre com aplicação da tecnologia, dos sistemas de informação”.
Borger também palestrou sobre a área da tecnologia e falou sobre pesquisas feitas pela IBM em diversas áreas. O Diretor destacou sobre a colaboração dentro de empresas. “No fundo, a colaboração é a parte essencial de a gente tratar com o ser humano dentro da nossa sociedade. É o patamar, é a plataforma necessária pra gente promover a inclusão de uma pessoa na sociedade. Ou pelo menos essa é a nossa visão”.
Logo após, houve a apresentação de três cases de sucesso, um deles foi o de Comunicação e Cultura, apresentado por Luiz Carlos Lopes, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Ele mostrou que temos que considerar a tecnologia como maneira de tornar a informação acessível.
Lopes citou a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência como um marco na vida das pessoas com deficiência, explicitando que todas essas pessoas devem ter acesso a cultura e informação. Ele também apontou dados sobre os acessos ao site da Secretaria e as informações sobre o segmento na grande mídia.
O segundo case foi apresentado por Elza Ambrósio sobre o Memorial da Inclusão. O terceiro case foi apresentado por Adermir Ramos da Silva Filho, da Fundação Dorina Nowill, sobre o Dicionário Daisy.
Após esse painel, o assunto abordado foi Políticas de Financiamento à Inovação. Danilo Piaggesi, Diretor Executivo da Fundação Rosselli Americas discursou sobre como o Relatório introduziu a tecnologia de acesso a informação. “Dra. Linamara teve visão antecipada de abordar os desafios apresentados pela falta de acesso a pessoa com deficiência”, destacou.
Segundo ele, algumas medidas podem ser tomadas para que haja efetiva participação das pessoas com deficiência no mundo da informação e comunicação: desenvolvimento de padrões universais, incluir políticas públicas, melhores práticas de desenvolvimento e um padrão comum de acessibilidade.
Logo após, foi a vez de Oswaldo Massambani, Vice-Presidente do Fórum de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia falar sobre financiamento em pesquisa e capacitação de inovadores. Segundo ele, o objetivo fundamental são políticas públicas favoráveis e que abranjam as pessoas com deficiência. “Inovação pode nascer na capacidade criativa do criador”.
Cid Torquato, Coordenador de Relações Internacionais da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência,  destacou a importância das tecnologias assistivas. “Não estamos mais falando de um nicho de mercado. Estamos falando de 45 milhões de pessoas crescendo, principalmente por causa do aumento da faixa etária da população, da qualidade de vida e do tempo de vida das pessoas. Então, esse número tem que aumentar. Nós estamos falando de tecnologia assistiva cada vez atendendo a uma quantidade maior de pessoas. E os investimentos hoje são insuficientes”, frisou.
TERCEIRO DIA - ENCERRAMENTO
Intenso dia de debates, palestras e reflexões sobre as recomendações do Relatório Mundial sobre Deficiência. Alguns cases de sucesso foram apresentados por representantes da Secretaria, que mostraram ações que já atendem às recomendações do Relatório.
O professor Vanilton Senatore, responsável pelo Paradesporto, apresentou resultados concretos e como o esporte é caminho para a inclusão. Elza Ambrosio destacou as ações da II Virada Inclusiva, coordenada por Flávio Scavasin, mostrando que aumentou de 80, em 2010, para cerca de 500 locais que desenvolveram 24 horas de atividades inclusivas, em 2011, em todo o estado de São Paulo.
O Secretário-Adjunto, Marco Antonio Pellegrini apresentou o projeto "Praia Acessível" e a cadeira anfíbia, que facilita o lazer e devolve vitalidade a eus usuários. O projeto está presente em dezenas de praias do litoral paulistano.
ENCERRAMENTO
Selecionamos a fala da Dra. Marta Imamura, presidente da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação e vice-presidente da Sociedade Mundial de Medicina Física e Reabilitação:
“Quando a organização desse evento começou, eram algumas pessoas, principalmente da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em relação a esse documento tão importante lançado na cidade de Nova York em 9 de junho de 2011. Tão importante que é um marco para a melhor abordagem de, realmente do fundo do nosso coração, para que as pessoas com deficiência possam se transformar naquilo que a recomendação diz desse Relatório. Transformar recomendações em ações. E três dias de trabalho tão intensivo mostraram que é possível. Eu não vi desafios, eu vi soluções, eu presenciei relatos de casos de sucesso que fazem a gente pensar e ser... Com o dizer da professora Linamara Rizzo Battistella: segunda-feira esse mundo vai ser diferente (segunda-feira, dia 27 de fevereiro de 2012). Mas, para isso, cada um de nós tem que ter pelo menos recebido essa incumbência. Eu tenho a plena convicção de que isso vai ser possível, porque a resposta de cada um dos senhores que vem de sociedades civis, da associação médica, acadêmicos da medicina, políticos, aqueles que podem realmente fazer a diferença, a resposta foi tão rápida, num tempo tão curto, a meu ver recorde. Se for falar em dois minutos o que nós poderíamos levar pra casa desse Relatório tão importante é que existe mais de um bilhão de pessoas com deficiência e esses dados são extremamente relevantes. Além disso... Potencial muito maior. E ainda mais importante desse documento, como o professor muito bem citou, esta estimativa ainda está aumentando porque a estimativa de pessoas com deficiência, somado as pessoas com idade acima de 65 anos vai ser em torno de 9.5 bilhões de pessoas no mundo inteiro.
Se nós formos então resumir tudo aquilo que nós vivenciamos nestes três dias, eu creio que nós conseguimos muito. E inicialmente identificar as barreiras não só no Brasil, mas em Portugal, em Gana, na Coréia, na Suíça... Mais do que isso, nós vimos oportunidades de soluções de implementação para que criemos realmente um mundo de igualdade, onde as pessoas com deficiência possam viver tão plenamente e gozar da saúde de forma completamente plena.
O que mais me impressiona de tudo isso é que nós podemos traduzir cada uma das recomendações em ações, cada uma das 60 apresentações... Vão ver que na verdade tivemos casos de sucesso para cada uma daquelas nove situações apresentadas no Relatório. E eu queria deixar como uma missão, um compromisso da Sociedade Internacional de Medicina Física e Reabilitação é transformar tudo isso em material didático para orientar não só os profissionais da área de saúde, os médicos, mas principalmente os graduandos da Faculdade de Medicina nós sabemos não tem ainda esse contexto importante de como tratar as pessoas com deficiência. Isso é muito importante, nós somos um naquela mudança de paradigma desse documento. O paciente deve passar muito rapidamente pela parte da avaliação médica e do diagnóstico, para não perdermos a janela de oportunidade da recuperação desses pacientes. Hoje nós entendemos que uma lesão tem um tempo muito preciso de abordagem, e hoje nós mudamos um pouco a esfera do atendimento médico.
Não estamos mais simplesmente evitando complicações ou sequelas, mas nós estamos querendo induzir plasticidade nas diversas estruturas comprometidas de modo a dar  recuperação funcional no seu amplo significado. E naquelas situações nas quais essa recuperação não é feita com a estrutura humana, nós podemos, por que não? Usar da tecnologia. E nós tivemos exemplos maravilhosos que é possível conseguir financiamento para esse tipo de abordagem.
Então, com perspectivas, houve a tradução desse documento. Que cada um dos senhores sejam porta-vozes criativos na formação de soluções relacionadas a esse Relatório que hoje então está disponível para todos nós. Como um marco na gestão da Dra. Linamara, não apenas palavras, mas ações. Este evento inteiro foi gravado, houve apresentação on-line de cada uma das palestras, houve, de fato, a tradução, nós conseguimos ter facilitadores, as palestras estão em inglês, em português, em espanhol, em  Libras e que nós possamos, todos vocês, todos nós, juntos, lutarmos por um meio aonde não exista a deficiência. Não sei quantos dos senhores sabem, mas o Brasil, além de penta campeão no mundo do futebol, é bicampeão do futebol de amputados. O goleiro tem que ser amputado de membro superior e os jogadores não podem usar próteses. E hoje nós entendemos, esta prótese seria simplesmente um calçado um pouquinho mais comprido. Que possamos, então, não somente trilhar aqueles caminhos que já foram trilhados, mas a partir desse documento tão importante - o Relatório Mundial sobre a Deficiência - traçar um novo caminho. E graças a este Simpósio, que eu considero um marco histórico porque houve a participação de todos os setores. Creio que nós temos um norte, nós sabemos onde queremos chegar, temos a colaboração de todos, então professora Linamara, certamente segunda-feira será um dia muito melhor. Muitíssimo obrigada pela participação de todos os senhores.”
CONFIRA O RELATORIO MUNDIAL SOBRE DEFICIÊNCIA

(fonte: Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência de São Paulo)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Kica de Castro trabalha com 80 modelos com deficiência em todo o país

Beleza e deficiência não são opostos, diz criadora de agência de modelos
Kica de Castro trabalha com 80 modelos com deficiência em todo o país.
Demanda cresce, mas preconceito ainda predomina, afirma ela
.
Kica de Castro em seu estúdio (Foto: Giovana Sanchez/G1)
descrição imagem: Kica de Castro em seu estúdio
(Foto: Giovana Sanchez/G1)
"Aqui, ninguém usa Photoshop", alerta a fotógrafa Kica de Castro para quem entra em seu estúdio, no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. "E sou muito grata à tecnologia HD, que mostrou que todos têm defeitos, ajudou a reassaltar a imperfeição". Kica tem 35 anos e há 12 anos trabalha com fotografia para deficientes. Primeiro, num centro de reabilitação, fazendo fotos de prontuários e fichas médicas. "Era tudo muito frio e eles ficavam inibidos de ter que ficar sem roupa e ser fotografados com uma plaquinha, como numa prisão."
Foi então que ela resolveu dar mais vida para a sala de fotos. "Fui na 25 de março e comprei tudo que você pode imaginar de quinquilharia. Aí, quando os pacientes vinham, fazia quase um editorial de moda com eles, até ficarem a vontade para a foto médica".
Kica percebeu que tudo mudou no seu trabalho, e os pacientes começaram a pedir books de moda. Vendo a demanda, ela começou a pesquisar e viu que a Europa está avançada na moda para deficientes. Após uma viagem para a Alemanha e muita pesuqisa e contatos, ela abriu, em 2007, a "agência de modelos para profissionais com alguma deficiência" que leva seu nome. Hoje ela trabalha com 80 modelos em quase todo o Brasil - menos no Acre e em Rondônia.
Em suas fotos, os aparelhos ortopédicos aparecem como acessórios. "Acho que agora as pessoas estão conseguindo enxergar que beleza e deficiência não são palavras opostas, mas ainda existe muito preconceito", diz ela. Até hoje, ela diz que a agência faz mais trabalhos para fora do Brasil.
Carolina Vieira, uma das modelos da agência de Kica (Foto: Kica de Castro/Divulgação)
(descrição foto: Carolina Vieira, uma das modelos da agência de Kica (Foto: Kica de Castro/Divulgação)

Para Priscila Menucci, modelo de 91 cm e a menor atriz brasileira reconhecida pelo Rank Brasil, trabalhar com moda foi uma mudança radical na vida. "Passei a cuidar mais do corpo, da pele e a fazer cursos como automaquiagem". E, ao ser questionada como se sente na passarela, ela é categórica: "com 1,90 m de altura, me sinto um mulherão!"
Confira a entrevista com Kica:
G1 - Como você teve essa ideia da agência?
Kica de Castro -
Na verdade foi uma coisa muito por acaso. Sou publicitária e estava meio estressada, isso no começo de 2000. Aí, resolvi largar tudo para fazer fotografia. Comecei com os eventos sociais e corporativos, mas a partir de 2002 recebi um convite para ser chefe do setor de fotografia de um centro de reabilitação. E lá o foco era a deficiência física. Fazia os prontuários médicos, artigos científicos. Era da forma mais fria possível. Era uma sala pequena, fundo branco, e as pessoas tinham que ficar de peças íntimas ou em alguns casos nuas. As fotos eram feitas nas quatro posições globais (frente, costas e laterais), acompanhada de uma plaquinha do lado com o número do prontuário. Não tinha nenhum paciente que olhasse para aquela situação e não perguntasse 'Estou sendo fichado, é foto para presídio?'. E eu não tinha experiência, não sabia lidar com aquilo.
Passados os 3 meses de experiência, não sabia se ia aguentar, as pessoas não se comunicavam comigo, algumas choravam quando iam tirar a roupa, era muito invasivo para a autoestima do paciente. Aí tive uma conversa com uma amiga do setor de psicologia que me disse: 'faça o seu trabalho da melhor forma possível e tente se aproximar das pessoas'.
Aí, no dia seguinte fui na Rua 25 de Março (via mais importante de comércio popular de São Paulo) e com R$ 120 fiz a festa. Comprei tudo o que você pode imaginar em quinquilharia, bugiganga, revistas masculinas e femininas de moda. Na segunda-feira cheguei ao trabalho e fui até barrada pelo segurança de tão grande que estava a minha sacola.
Quando os pacientes chegavam e eu pedia para eles tiarem a roupa, dizia que era uma foto para um editorial de moda e deixava tudo ali a disposição para eles se enfeitarem. As fotos mantinham o mesmo padrão científico, mas as pessoas tinham 5 minutos de contato com a vaidade delas. Então eles se maquiavam, se penteavem, se olhavam no espelho.
G1 - Eles ficavam mais a vontade?
Kica -
Ficavam. Eles passavam pela situação de estar nu, mas não tinha mais aquele comentário de 'estou sendo fichado'. [...] E eles iam me contando a história delas, muitos tinham o sonho de serem modelos e eu incentivava eles a correr atrás do sonho. Para a minha surpresa eles começaram a me pedir books particulares. Como trabalhava na instituição e o espaço era mais acessível, eu só cobrava o preço de custo. Quando eles viam a foto revelada, eles diziam 'nossa, mas essa sou eu sem maquiagem, sem photoshop?'. Com essa produção, com essa luz, as pessoas ficavam motivadas. Elas foram atrás das agências e pra minha surpresa, todas as respostas eram negativas.
As meninas começaram a voltar com a mesma baixa autoestima. Eu dizia: 'isso não pode acontecer!' E elas me falavam que a única pessoa que acredita no potencial elas era eu. Aí, em 2005, comecei a fazer uma pesquisa que me levou para Europa.
Cleonice Terra, modelo da agência de Kica com paralisia cerebral (Foto: Kica de Castro/Divulgação)
(descrição imagem: Cleonice Terra, modelo da agência de Kica com
paralisia cerebral (Foto: Kica de Castro/Divulgação)
G1 - Eles têm iniciativas assim?
Kica -
Têm. Na Alemanha tem o concurso 'a mais bela cadeirante'. Na França e na Inglaterra tem um reality show só para pessoas com deficiência, que é mais inclusivo. Na Alemanha, há anúncios publicitários para venda de aparelhos ortopédicos, diferente daqui, que é só um catálogo de cores.
Algumas poucas ações eram vistas aqui, mas nada na passarela, voltado pra fotografia. Era sempre essa coisa de recepção de eventos, coisas pequenas.
G1 - E aí você teve a ideia de trazer para o Brasil?
Kica -
É. Mas tive que começar lá fora, para poder ser reconhecida aqui dentro. Tive contato com a agência na Alemanha justamente para fazer valer, colocar isso na cabeça do povo. Lá fiz pesquisa e o contato se mantém até hoje.
Em 2007, atribuí as atividades que já tinha como fotógrafa, aproveitei meu CNPJ justamente para poder colocar como Agência de Modelos para Profissionais com Alguma Deficiência.
G1 - E como foram esses anos, de 2007 pra cá?
Kica -
Costumo avaliar a partir de 2010. Os 3 primeiros anos foram de implantação do conceito. Ninguém sabia disso, ninguém acreditava no potencial, então exploramos bem esse lado. A partir de 2010, alguns resultados já foram surgindo nas passarelas, em editoriais de moda.
G1 - Vocês fazem trabalhos fora do Brasil também?
Kica -
Bastante.
G1 - Mais do que aqui?
Kica -
Sim. Principalmente as amputadas. É a visão brasileira. O brasileiro tem essa coisa de que para ser modelo tem que ser Gisele Bündchen, tem que ter 1,80 m, magra, olho verde e loira de preferência.
Priscilla Menucci, modelo de 91 cm (Foto: Giovana Sanchez/G1)
(descrição imagem: Priscila Menucci, modelo de 91cm (Foto: Giovana
Sanchez/G1)
As modelos plus size hoje são uma releitura do Renascimento. Pessoas com deficiência não tiveram nenhuma referência na história da humanidade. Então você imagina, desde a década de 1960 querer implantar pessoas com deficiência no mercado da moda e você ser praticamente a única a falar do assunto o tempo todo... É complicado mudar a visão. As pessoas colocam as pessoas com deficiência na passarela, mas não na mesma proporção que as modelos contratadas. Coloca-se uma para ficar bem na foto.
Na agência temos 80 profissionais, mas as oportunidades ainda são poucas.
G1 - Como é feita a seleção?
Kica -
O processo seletivo é feito como um processo convencional. Porque estamos falando de inclusão de mercado de trabalho, de um mecado totalmente ditador. Ou seja, ou você entra na regra do que já existe ou não dá para trabalhar com moda. O processo é feito da mesma maneira de uma modelo convencional, a pessoa passa testes, entevistas, tem que ter curso profissionalizante. É uma exigência básica da agência. A pessoa tem que estar preparada para enfrentar o mercado de trabalho.
Se você não estiver preparado para o mercado de trabalho, aqui não tem espaço para o assistencialismo. Aqui obrigo todo mundo a ter uma primeira profissão, justamente para poder manter a segunda profissão, que é ser modelo, porque infelizmente ainda são poucas as modelos que vivem de modelagem. É o que falo para as meninas: estudar e ter uma profissão que mantenha tudo.
G1 - A sua agência se mantém só com as fotos de moda? Você abandonou a fotografia de eventos que fazia?
Kica -
Continuo. O mercado está abrindo as portas, mas ainda não está totalmente aberto. Muito pelo contrário. As pessoas estão começando a ver nosso trabalho, dão algumas oportunidades, mas ainda são poucas e precisamos correr muito.
[...] As pessoas estão vendo a inclusão na área de beleza e sensualidade de forma diferente, estão conseguindo enxergar que se pode ser profissional, que beleza e deficiência não são palavras opostas.
G1 - Vocês enfeitam os aparelhos de alguma forma?
Kica -
Aqui os aparelhos ortopédicos são considerados assessórios de moda. Uma cadeira de rodas é como uma bolsa, uma prótese é que nem um cinto, uma muleta é como um brinco, e assim por diante. [...] Os próprios fabrincates estão investindo nisso. As cadeiras têm ficado mais leve, com um design melhor, o que ajuda a compor o look nas fotos. A pessoa olha e diz: 'nossa que modelo bonita. E é deficiente'. Antigamente era o contrário: 'olha uma deficiente... e até que é bonitinha'.
Fonte: G1, por Giovana Sanchez

sábado, 3 de março de 2012

Inglês usa tecnologia para levar diversão a deficientes físicos

Mick Donegan também adapta game para comunicação e aprendizagem. Série do G1 mostra protagonistas de um mundo melhor.















(descrição imagem Mick Donegan)

"Muito obrigado por ter me ajudado a encontrar o equipamento certo para eu conseguir usar meu computador de novo, [...] graças a vocês consigo fazer qualquer coisa, me comunicar com minha família e amigos e jogar." Foi com essa carta que Joe, um jovem portador de deficiência do Reino Unido, agradeceu a ajuda que recebeu da equipe de Mick Donegan para conseguir um computador adaptado à sua condição física - e controlá-lo pela visão.
Mick é fundador e diretor da SpecialEffect (site em inglês), organização que adapta, de graça, controles de videogames e jogos de computador para portadores de deficiência física.
Aos 59 anos, casado com uma "linda, compreensiva, companheira e paciente" esposa, com três filhos e com um histórico de décadas de trabalho em educação especial, Mick passou a se dedicar integralmente ao assistencialismo em 2011 - e conseguiu formar uma equipe que hoje muda a vida de milhares de pessoas com deficiência.
Eles não podem brincar na rua como as outras crianças, então a interação com o computador ou videogame passa a ter um valor especial, explica Mick, que também é professor-adjunto do programa de pesquisa em acessibilidade SMARTlab, da Universidade de Dublin.
Confira a entrevista com Mick Donegan:
G1 - A ideia de trabalhar com educação especial foi motivada por alguma história pessoal?
Mick Donegan - Meu primo mais novo tem dificuldade de aprendizagem. Sentia profundamente sua frustração quando ele pecebeu que era tão difícil se comunicar. Por exemplo, ele queria muito conseguir dizer meu nome, mas apesar de tentar demais, em vez de 'Michael' ele dizia 'Maboo'! Quando cresci, não podia deixar de compartilhar o meu profundo sentimento de frustração e até mesmo raiva de todas as pessoas com deficiência de comunicação que têm algo a dizer ou expressar criativamente, mas que são incapazes de fazê-lo, quer de forma suficientemente rápida ou, em alguns casos, incapaz de expressar-se totalmente.
G1 - Quando você criou a organização? Por quê?
Mick - Comecei cerca de 4 anos atrás. Nos primeiros 3 anos, trabalhei voluntariamente no meu tempo livre. Aí, ano passado, consegui trabalhar em tempo integral. Agora trabalho em tempo integral e no meu tempo livre também!
Minha formação é em educação especial e tenho trabalhado para ajudar as pessoas com deficiência a se beneficiarem da tecnologia assistida por muitos anos. Estive envolvido em muitas missões para ajudar pessoas com deficiência grave a encontrar a tecnologia certa para ajudá-los com a comunicação e acesso à aprendizagem. No entanto, fiquei cada vez mais consciente de que, enquanto muitos profissionais oferecem suporte para comunicação e aprendizagem, uma área que necessita e que tem muito pouco apoio é o acesso à tecnologia para jogos e expressão criativa.
Muitas vezes, por exemplo, no final de uma missão para encontrar uma ferramenta de comunicação para uma criança que não fala em uma cadeira de rodas, os pais dizem 'Bem, a tecnologia que você recomendou será útil para que ela possa se comunicar e conseguir aprender, mas o que eles fazem quando chegam em casa da escola? Eles não podem correr ou jogar como as outras crianças. Como eles podem encontrar maneiras de jogar jogos com amigos e familiares?'.
Eu fui sortudo porque consegui fazer um projeto piloto no qual percebi que muitas pessoas portadoras de deficiência precisavam desesperadamente usar o computador para lazer - para fazer amigos, para a motivação, para competir, e, claro, para se divertir!
G1 - Quais foram as maiores dificuldades?
Mick - A principal dificuldade é que, na minha opinião, a tecnologia que permite que as pessoas com deficiência desfrutem de videogames está cerca de 1/4 de século atrasada em relação a muitos outros tipos de tecnologia assistida, como para a comunicação, aprendizagem ou mobilidade. Assim, a principal dificuldade é que temos cerca de 1/4 de século de tempo perdido para compensar!
Além disso, devido à falta comparativa de apoio e incentivo para que as pessoas com deficiência aproveitem os jogos de computador, outra dificuldade é que muitos desistiram de tentar. Por isso, quando trabalhamos com uma pessoa para encontrar uma solução para ela, uma parte muito importante do trabalho é mostrar o que pode ser feito. Uma maneira de fazer isso é pelo uso de vídeos de casos de estudo, que colocamos na nossa base de dados (em inglês).
G1 - Quais são as mudanças mais comuns que precisam ser feitas nos games?
Mick - Às vezes nenhuma mudança é necessária. É uma questão de encontrar a combinação certa de um controle existente com o jogo certo para satisfazer as necessidades da pessoa. No entanto isso está longe de ser tão fácil como parece. Há muitos milhares de controles, muitos milhares de jogos e diversos tipos de deficiência. Para encontrar a combinação certa é preciso ter uma considerável sensibilidade, experiência e especialização
É por isso que sempre foi minha intenção que a 'SpecialEffect' fosse um verdadeiro centro de excelência, com especialistas em educação, especialistas em saúde e especialistas técnicos, bem como especialistas em design e programação. Às vezes exige um controle criado especialmente para um indivíduo. Às vezes, uma modificação no software pode ser necessária. Por exemplo, só pode ser controlado pelo teclado e gamepad. Uma interface especial de software é criada pelo programador, Tim Brogden. Isso significa que muitas pessoas com deficiência usando controles de ponteiros, como joysticks especiais, de bolas, mouse e até mesmo controles pelo olhar podem jogar.
G1 - Como é o processo? Se a criança com deficiência o procura, o que você faz primeiro?
Mick - Nós fazemos o melhor para ajudar qualquer pessoa que queira jogar um videogame, de qualquer idade, com qualquer deficiência a ser capaz de se divertir. Fazemos isso da seguinte forma: primeiro existe a informação no nosso banco de dados (GameBase), que oferece informações sobre os tipos de jogos que se pode jogar usando uma variedade de controles diferentes, dependendo de sua deficiência. Se eles não acharem a informação que precisam, então eles podem entrar em contato por e-mail. Nós também temos uma biblioteca onde é possível pegar emprestados jogos e controles para pessoas com deficiência no Reino Unido.
Isso permite às pessoas experimentar controles e softwares antes de comprá-los, muitas vezes economizando um enorme tempo e dinheiro. Temos também uma sala de jogos (GamesRoom) no nosso centro, em Oxfordshire, onde as pessoas podem agendar uma visita para experimentar uma gama de jogos e controles com o apoio da nossa equipe de especialistas. Se é impossível para alguém visitar o centro por causa da deficiência, então podemos organizar uma visita da equipe à casa da pessoa para ajudar a encontrar a tecnologia certa e, se necessário, desenhar ou modificar sistemas.
G1 - Os serviços são gratuitos?
Mick - Sim. Para qualquer um, com qualquer deficiência, de qualquer idade. Isso é fundamental para nosso trabalho, temos que trabalhar arduamente para gerar os fundos que necessitamos para que tenhamos o pessoal e os recursos de equipamentos necessários para fornecer tal suporte de trabalho intensivo e especializado. Por exemplo, estou fazendo uma caminhada sobre brasa e vidro patrocinada em alguns meses - espero sobreviver!
G1 - Como é o retorno das pessoas?
Mick - Muito positivo! Por causa da variedade de serviços que oferecemos, da informação disponível no site pelo suporte individual, se necessário, as pessoas podem descobrir o nível de ajuda que precisam. Como há muitos que vistam o site, encontram a informação que precisam sem a necessidade de nos contatar, cada vez que alguém nos contata para pedir ajuda - por email, telefone ou pessoalmente - isso vira um projeto de pesquisa, [...] um processo interativo com o objetivo de encontrar uma solução que melhor supra as necessidades do indivíduo.
Até agora, muitas pessoas têm sido generosas no agradecimento. Nós ajudamos um jovem chamado Joe, paralítico, a usar um sistema de controle pela visão para manejar o computador e acessar games. Antes disso, tudo o que ele podia fazer era ver TV. No dia seguinte que emprestamos o sistema a ele, sua mãe ligou para falar sobre seu progresso e disse: 'Ele está nisso o tempo todo - é como se vocês tivessem dado uma nova vida a ele!'
G1 - Quantas pessoas vocês ajudaram até agora?
Mick - A informação da nossa base de dados é usada por pessoas de todo o mundo, como mostra a variedade de nacionalidades de membros que temos. Nós não temos atualmente uma forma de contabilizar as visitas ao site, mas todas as indicações (como os números de visitas e nossos links no YouTube) apontam para dezenas senão centenas de milhares de visitantes. No entanto, muito mais importante que números é a diferença que fazemos para a qualidade de vida de quem precisa de ajuda. Alguns exigem apoio intensivo - se cobrássemos pelos serviços, os valores chegariam a milhares de libras - e a diferença que conseguimos fazer é enorme. Em alguns casos, devolve realmente a muitas pessoas com deficiência a vontade de viver.
G1 - O que precisa ser feito, na sua opinião, pela indústria dos games para incluir essas pessoas como consumidores?
Mick - Além de informação e suporte pessoal como descrevi acima, um de nossos serviços chave é colaborar com os desenvolvedores de software e hardware para fazer os games mais acessíveis a partir da palavra "go" (ir).
G1 - Como você se sente com a iniciativa? Compensa?
Mick - Como disse acima, as pessoas que avaliam a qualidade de nosso trabalho são aquelas a que tentamos mais ajudar. Às vezes toma muito tempo e esforço, mas, quando chegamos a uma solução satisfatória, para nós é uma jornada compensadora. Disse acima o que a mãe de Joe nos falou quando o ajudamos a usar o computador. Joe escreveu para nós:
"Muito obrigado por ter me ajudado a encontrar o equipamento certo para conseguir usar meu computador de novo, estava achando muito difícil fazer coisas que gosto no computador. Agora, graças a vocês, consigo fazer qualquer coisa que quiser e posso me comunicar com minha família e amigos e jogar jogos de novo. Sou muito agradecido a vocês. Muito obrigado, Joe"
Se vale a pena? Bom, não consigo pensar em um motivo melhor para levantar da cama de manhã!
(fonte: G1 - por Giovana Sanchez)