terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Adiada vigência de MP que desonera bens para deficiente

A Medida Provisória 549, que desonera a importação e a venda no mercado interno de catorze produtos utilizados por pessoas com deficiência (física, visual ou auditiva), foi prorrogada por dois meses, conforme ato do presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney.

Divulgada em 17 de dezembro de 2011, a MP teve que ser prorrogada para dar tempo de votação pelos parlamentares, já que seu prazo de validade de três meses termina esta semana.

A MP reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes, tanto na importação, quanto na venda no mercado interno. E faz parte do Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

A prorrogação está no ato 3 da mesa do Congresso, publicado hoje no Diário Oficial da União.
(Fonte: Valor Econômico)

GOIÁS: aprovado no vestibular, 1º aluno com Down da UFG rompe preconceito

Kallil comemorou a aprovação ao lado da irmã, Kamilla Assis Tavares. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
(descrição foto: Kallil comemorou a aprovação ao lado da irmã, Kamilla Assis Tavares - Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

Ser aprovado em uma faculdade pública é um sonho de muitos jovens que se tornou realidade para Kallil Assis Tavares, 21 anos, que na próxima segunda-feira começa a estudar geografia no campus de Jataí da Universidade de Goiás (UFG). Para a instituição, a conquista de Kallil é ainda mais importante e precisa ser reverenciada, já que ele é o primeiro aluno com Síndrome de Down a ingressar na universidade. "Isso demonstra que nós estamos conseguindo superar o preconceito, que infelizmente ainda existe em nossa sociedade", afirma a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG, professora Dulce Barros de Almeida.
Kallil não teve correção diferenciada, concorreu de igual para igual com todos os outros candidatos. "Apenas pedimos para que a universidade disponibilizasse um monitor para ler a prova e que as letras dos textos fossem maiores porque ele tem baixa visão", disse a mãe do jovem, Eunice Tavares Silveira Lima. Segundo ela, Kallil sempre foi estudioso e desde criança gostava de mapas.
"No segundo ano do ensino médio ele decidiu que iria fazer vestibular para geografia. Nós apoiamos a escolha, mas ficamos surpresos com a aprovação, era uma prova muito difícil", afirmou Eunice. Ela ainda disse que o filho estudou apenas dois anos em uma escola especial. Com 5 anos de idade ele foi para um colégio privado de ensino regular. "O colégio não tinha nenhum aluno com Down, mas quando há vontade de se trabalhar a inclusão, se dá um jeito. Foi disponibilizado um monitor e os professores sempre apoiaram meu filho", conta.
Ela acredita que o fato de Kallil ter estudado em uma escola regular vai contribuir com a adaptação na universidade. "Não sou contra as escolas especiais, mas elas devem servir como um apoio, um lugar para onde os alunos vão no contraturno", explica. A mãe ainda disse que não cria expectativas sobre como será o desempenho dele daqui em diante. "Não estamos programando nada especial para o Kallil quando começar as aulas. De acordo com as necessidades que ele apresentar, nós como família e a universidade teremos de nos adaptar", disse ao destacar que o filho pode precisar do auxílio de um monitor durante as atividades em aula.
A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG concorda sobre a importância de alunos com necessidades especiais frequentarem escolas regulares e diz que a universidade tem a obrigação de atender todas as exigências desses estudantes para que eles cumpram com o direito de fazer um curso superior. "Nós temos um aluno cego no curso de Ciência da Computação que recebe acompanhamento de um monitor. Se essa for a necessidade de Kallil, com certeza estaremos prontos para disponibilizar isso".
O núcleo para atender alunos com necessidades especiais na UFG foi criado em 2010. De lá para cá, a instituição ganhou 15 estudantes surdos, que fazem o curso de Letras, além do jovem cego. A professora Dulce espera que o caso de Kallil sirva de exemplo para que nas próximas seleções mais estudantes com necessidades semelhantes sintam-se motivados em fazer um curso superior. "Isso incentiva as famílias a acreditar no potencial que essas pessoas têm. E cabe a nós, como educadores, mostrar que o preconceito não pode existir mais", completa.
(Fonte: Terra -  por Angela Chagas )

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Grande Rio fecha carnaval do Rio com enredo sobre superação


Tema surgiu após incêndio que aconteceu no barracão em 2011.
Escola encerrou segunda noite de desfiles do Grupo Especial.
























(descrição foto: altletas paralimpicos fazem a festa na avenida)

A Grande Rio tomou emprestado histórias de brasileiros que superaram desafios para fazer o desfile que encerrou a segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Cahê Rodrigues.
A comissão de frente abriu a apresentação levando integrantes vestidos de crianças para falar dos medos que precisam ser superados ainda na infância. Um tripé, que tinha o formato de uma grande cama, tinha movimentos e simulava um colchão que jogava as crianças para fora da cama e também tinha aberturas de onde surgiam fantasmas.
O carro abre-alas, "Anjos anunciam a luz que vem do céu", representava o poder divino. A atriz Christiane Torloni era um dos destaques do carro. A segunda alegoria simbolizava a luta diária de homens e mulheres que lutam diariamente para superar desafios. Batizado de "Derrubando gigantes", a estrutura tinha um enorme gigante no topo e a atriz Betty Lago ocupava um dos pontos de destaque da alegoria.
"O som da vida: melodias de superação" era o tema do terceiro carro. Ele presta homenagem a Ray Charles, cantor e pianista norte-americano que  perdeu a visão aos 7 anos, mas encontrou na música sua vocação.























(Descrição foto: o paratleta Clodoaldo Silva, em visita à Grande Rio, com a camisa da Escola)
A escola dedicou alas a nomes que representam a superação nos esportes. Lars Grael, Ronaldo Fenômeno e Clodoaldo Silva estão entre os representados. As disputas esportivas também foram tema do quarto carro,  "Superação sobre rodas". Ele levou atletas da seleção de basquete em cadeira de rodas, que demonstraram habilidade fazendo cestas durante o desfile.

O quinto carro foi um tributo ao líder negro Nelson Mandela, enquanto a sexta alegoria foi uma homenagem ao "Brasil que se supera".

FONTE: G1

CONFIRA FOTOS: FOTOS DO DESFILE DA GRANDE RIO

SAMBA ENREDO:
Eu acredito em você!E você?
Autores: Edispuma, Licinho Jr., Marcelinho Santos & Foca

A luz que vem do céu
Brilhou no meu olhar
Trazendo a esperança
Que os anjos vêm anunciar
Lutar sem desistir
Das cinzas renascer
Eu encontrei na fé
A força pra vencer
A felicidade mandou avisar
É preciso superar
Derrubar o “gigante” eu vou
É lição de coragem e amor
Eu sou “guerreiro do bem” vou caminhar
A minha história vai te emocionar
A arte de viver…
É aprender no dia a dia
Usando a imaginação
Ao som da melodia
Posso enxergar…
Sei que meu coração vai me guiar
Eu sigo em frente sem desanimar
Em Parintins um grande “festival”
Acreditar que prá sonhar não há limitações
A “roda gira” e traz a solução
Me dê a sua mão por liberdade
Sou brasileiro mandei a tristeza embora
Eu “to” sentindo que chegou a nossa hora
Quem me viu chorar … vai me ver sorrir
Eu acredito em você… pro desafio
E abro o meu coração, cantando a minha emoção
Superação é o carnaval da Grande Rio.


CONFIRA O DESFILE:

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Projeto Guias e Monitores do Carnaval apresenta inovações para deficientes em 2012

(descrição imagem: Guias Carnaval 2012 em ação)
O Projeto Guias e Monitores do Carnaval é o principal esquema de receptivo dos cerca de 500 mil turistas que chegam a Salvador durante o Carnaval, nos últimos cinco anos. Esse ano, o projeto contará com o reforço da tecnologia e ampliará o atendimento a portadores de deficiência em 2012.
Durante o início do treinamento dos mais de 600 profissionais que atuarão durante o Carnaval, realizado nesta terça-feira (07/02), no Auditório Mãe Menininha do Gantois, no Centro de Convenções, o secretário de Turismo, Domingos Leonelli, apresentou as novidades do projeto. “Este ano teremos um serviço de chat 24 horas para tirar dúvidas dos baianos e turistas que pretendem curtir o Carnaval, como programação e horários de ônibus. Além disso, parte dos guias que estarão nas ruas utilizará um smartphone com acesso à internet para auxiliar no esclarecimento de informações que surgem ao longo do Carnaval”, conta.
O chat funciona interligado ao Disque Bahia Turismo e pode ser acessado no portal www.bahia.com.br. Tanto o atendimento telefônico quanto os esclarecimentos feitos via internet serão realizados em pelo menos seis idiomas (inglês, espanhol, alemão, italiano, francês e português), durante 24 horas, no Carnaval.
Os deficientes auditivos e cadeirantes também contarão com tratamento especial este ano. Um grupo formado por 15 profissionais habilitados na Língua Brasileira de Sinais (Libras) fará o atendimento dos portadores de deficiência auditiva. Um monitor cadeirante também participa do projeto para tirar as dúvidas relacionadas às questões de acessibilidade.
De acordo com Leonelli, este projeto, que foi lançado em 2008, está sendo aprimorado para o atendimento aos turistas durante a Copa do Mundo de 2014. “A cada ano sempre avaliamos o que pode melhorar e, durante o Mundial de Futebol da FIFA, vamos prestar um bom serviço aos visitantes que terão um padrão ainda maior de exigência”, contou.
Confira os locais que contarão com a presença dos Guias e Monitores do Carnaval:
Aeroporto, Rodoviária, Terminal Marítimo São Joaquim (Ferry Boat), Terminal Náutico (Comércio), Circuito Batatinha (Centro Histórico), Circuito Dodô (Barra/Ondina), Circuito Osmar (Campo Grande), Pontos turísticos, além de 20 hotéis que estão sendo definidos pela coordenação do projeto.
(Fonte: Turismo Adaptado)

FORRÓ BÃO DIMAIS - FORMADO POR CEGOS - GANHA PRÉMIO ARTE E CULTURA INCLUSIVA/2011
















(descrição da imagem: bonecos de barro, coloridos, tipicos artesanato nordeste/norte minas, representando forrozeiros)

Único grupo musical do Brasil formado apenas por cegos, o Forró Bão Dimais, de Belo Horizonte/MG, está entre os vencedores o Prêmio Arte e Cultura Inclusiva/2011 - edição Albertina Brasil, conferido  pelo Ministério da Cultura. A Banda concorreu com 213 iniciativas de todo o país. O objetivo da premiação é divulgar a participação de portadores de deficiência na produção e difusão artistico-cultural brasileira. Parabéns pela iniciativa e para os vencedores!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Veja a lista de bens que poderão ser financiados por pessoas com deficiência

Portaria publicada no Diário Oficial da União traz lista de bens e serviços que poderão ser financiados por pessoas com deficiência, com recursos de microcrédito.

O governo publicou nesta terça-feira (07/02/12) no Diário Oficial da União uma portaria com a lista de bens e serviços que poderão ser financiados por pessoas com deficiência, com recursos de microcrédito. Na lista, estão produtos como computador portátil braille, mouses alternativos, cadeiras de rodas com adequação postural e lupas eletrônicas portáteis, entre outros.

A portaria é assinada pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

A medida foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no dia 26 de janeiro. As pessoas com deficiência poderão ter financiamentos de até R$ 30 mil com recursos do microcrédito. A decisão do CMN autoriza os bancos a aplicar os recursos destinados a esse tipo de operação, que tem juros mais baixos que as linhas comuns de crédito.

Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos à vista para o microcrédito, o que totaliza cerca de R$ 1 bilhão disponíveis.

O CMN também estabeleceu condições para os bancos liberarem empréstimos para pessoas com deficiência com recursos do microcrédito. Primeiramente, os juros efetivos não poderão ser maiores que 2% ao mês. Além disso, o valor da taxa de abertura de crédito (TAC) não poderá ser superior a 2% do valor total do empréstimo. As operações também deverão ter prazo mínimo de 120 dias (quatro meses). O prazo pode ser menor, se a TAC for reduzida na mesma proporção.















Fonte:Ag.Brasil

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O mundo mágico e inclusivo do Cirque du Soleil














(descrição foto: dança das muletas, imagem do solista Dergin Tokmak, em soo sobre muletas, pernas "em vôo" - foto: David Brown)

Em uma floresta profunda, no cume de um vulcão, existe um mundo extraordinário onde tudo é possível.” Este é o cenário mágico de Varekai, criado e dirigido por Champagne, que traz no seu curriculum a glória de escrever e dirigir The Beatles – LOVE. Varekai (pronunciado ver•ay•’kie) significa “onde quer que seja” na linguagem cigana, os eternos viajantes já foi assistido  em mais de 15 países ao redor do mundo. A turnê veio ao Brasil, apresentada por American Express® Membership Cards, com o patrocínio exclusivo  do Bradesco e a realização da TIME FOR FUN.
Tudo que se diga a respeito do Cirque du Soleil pode ser redundante.
Impecável, sempre, toda e qualquer performance nos remete a um universo de sonhos.
Com Varekai não é diferente. Um  mergulho no mundo da fantasia e a concretização do que parece impossível, ver o homem voar!
É assim que os artistas acrobatas deslizam pelo céu da tenda do Cirque. Leves, quimeras esbanjando talento e técnica, fruto de esforços incansáveis em benefício da arte e da superação de limites. Teatro, dança e música, se integram em harmonias indizíveis.
Iluminação perfeita, som translúcido. As vozes dos solistas, o coro e instrumental puramente celestiais. A tecnologia atual, a técnica apurada com ousadia, e a instigante garra dos artistas se funde à delicadas  interferências que reverenciam a origem do circo e suas tradições, com um humor agradável e leve em um espetáculo dinâmico, que prende o olhar do início ao fim, sem buracos, redondo.
A equipe é internacional, representando 25 nacionalidades: Canadá, Estados Unidos, Rússia, Austrália, Espanha, China, Itália, Ucrânia, Reino Unido, Brasil, Alemanha, Georgia, Azerbaijão, Bielorrúsia, França, Casaquistão, Holanda, Argentina, Bélgica, Hungria, México, Nova Zelândia, Sérvia, Suécia e África do Sul.
Esta miscelânea de origens faz com que o revezamento dos personagens em cena se torne ainda mais fascinante, ainda que a história não venha segmentar as nacionalidades, mas, as faces e tipos físicos nos transportam para outras essências que, certamente, estão impressas na estrutura de cada artista, em alquimia alma+transpiração.

O VALOR À INCLUSÃO
"Que as pessoas possam ver que nenhum obstáculo é grande demais ou demasiado restritivo para dançar. A minha mensagem como artista é mostrar ao mundo que há uma alma criativa em todos, com ou sem uma deficiência." (Dergin Tokmak)
Navegando pela internet você terá sinopses, comentários e críticas sobre o espetáculo, por isso, nem me atrevo a faze-los. Mas, um aspecto especial me encantou em particular e, certamente, é ponto alto do espetáculo para todos que o virem.
Trata-se do “Solo on Crutches” – a dança das muletas. Momento digno de aplausos e respeito pela atenção do Cirque à inclusão de portadores de deficiência - aspecto que se torna secundário, diante do talento tão capaz do solista.
O Solo em muletas é a criação de Bill Shannon artista performático "o CrutchMaster", que é conhecido por sua "técnica de Shannon" de dançar de muletas. Esta técnica é uma mistura de skate e estilos de dança de rua com o uso de muletas axilares modificados.Shannon foi diagnosticado com doença de Legg-Calve-Perthes (uma condição dolorosa que afeta o desenvolvimento dos quadris), aos 5 anos. Ele foi originalmente solicitado a realizar em Varekai, mas recusou. Porém, concordou em coreografar uma dança em seu estilo para o show.  
A versão original de Varekai traz uma dançarina sem necessidades especiais. No entanto, atualmente, o espetáculo conta com o talento digno de Dergin Tokmak.
“Dergin Tokmak nasceu 26 de dezembro, 1973 em Augsburg, Alemanha. Dergin contraiu poliomielite com 1 ano de idade e  perdeu o controle de sua perna esquerda e algum do controle do seu direito. Ele passou grande parte de sua infância em hospitais alemães submetidos a tratamentos para tentar restaurar a plena utilização de suas pernas, sem sucesso. Sempre um sobrevivente, Dergin aprendeu a andar em suas mãos. Aos 12 anos, Dergin assistiu ao filme  "Breakin '". Cerca de dois terços do filme é um solo executado por Eddie "Handyman" Rodriguez, um dançarino que não tem nenhum uso das pernas. Dergin inspirou-se na dança para aperfeiçoar o seu próprio estilo de dança com muletas.
Com o tempo tornou-se Dergin imerso na cena da dança break e HipHop na Alemanha.
No começo, ele dançou em clubes de jovens e estúdios de dança. Como todos os breakdancers, ele tomou um nome de rua: "Stix". Em 1990 formou sua primeira Dergin HipHop grupo de dança, (Da Funk funk nação unida krew) com oito pessoas
Dergin  ficou em primeiro lugar num concurso europeu dança de rua em 1993. Durante 1994 e 1995, ele viajou para FILA e Champion. No ano seguinte ele atuou em programas de televisão na Alemanha e Suíça. Então, uniu-se ao C-Block, um grupo de HipHop comercial para uma turnê de um ano da Europa em 1998. Ele foi para os EUA, em 2001, para as férias de primavera em Daytona, onde dançou e fez um trailer para a TV Entertainment Television rede Negro” (fonte: http://derginflies.org)
Entrega, dedicação e exercício contínuo. E então, veio o Cirque du Soleil, onde a dedicação precisa ser ainda mais intensa, a entrega necessária  e, certamente, o artista que permanece, encontra sua missão.
A Dança das Muletas e o solo de Dergin nos convidam a olharmos para nossa capacidade de superação, em todas as áreas. A dedicação, coragem e o tempo transformam qualquer realidade para melhor, sempre.
Um vôo pássaro em sonho de um Ícaro sem asas, que de repente brilha eternizando sua presença. Algo nesta cena, toca o sagrado e me recolho na reflexão e aplausos para  mais este exemplo de superação. Aqui, já não se trata mais de deficiências ou aspectos físicos, através da dança, contemplamos o Ser. Fiquem com ela. Encantada.
Márcia Francisco (fevereiro de 2012)
(segue: video com a Dança das Muletas e o solo de Derek)



CONFIRA, TAMBÉM, A PROJEÇÃO DE FOTOS:

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

OPORTUNIDADE DE EMPREGO PARA DEFICIENTES FÍSICOS














Escolha seu lugar, valorize seu potencial, faça parte e acredite na inclusão.
Em 2012 algumas empresas já estão oferecendo vagas de empregos para deficiente físicos. Um exemplo é a empresa IMB Brasil que em 2012 abriu vagas para portadores de deficiência física que possam atuar  na área de economia. A Empresa oferece uma remuneração que pode variar de R$ 1.000,00 até R$ 3.000,00 e beneficios.
Outra empresa  é a Drogasil, uma rede de farmácia que está atualmente com mais de 360 filiais espalhados por todo o Brasil. A empresa oferece diversas oportunidades exclusivas para trabalhadores com deficiência física, entre as vagas: auxiliar de farmácia.  Os interessados devem ter o ensino fundamental completo, ser maior de 18 anos e ter disponibilidade de horários.
Mas não pára por ai, que tal trabalhar no Banco Itaú? Se você é portador de algum tipo de deficiência física acesse o site da agência bancária e clique no botão “oportunidades”. Depois é só registrar o seu currículo e aguarde ser chamado pelo RH da Itaú para dar continuidade ao processo.
(FONTE: http://www.vagasabertas.net/ - visite e veja algumas oportunidades de mercado)

No Haiti, Maria do Rosário discute cooperação para pessoas com deficiência

Como parte das atividades da agenda no Haiti, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), e o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, visitaram nesta quinta-feira (02) o secretário de Estado da Integração da Pessoa Portadora de Deficiência do Haiti (SEIPH), Gérald Oriol Jr.
Durante o encontro, Maria do Rosário reforçou a importância da Cooperação Técnica entre a SDH/PR e o governo haitiano, que tem por objetivo fomentar e qualificar o diálogo sobre os direitos das pessoas com deficiência, fortalecendo agentes governamentais e não-governamentais, compartilhando melhores práticas, realizando intercâmbio e troca de experiências no âmbito dos direitos humanos.
“Consideramos fundamental esta cooperação de políticas públicas por compreender que é um excelente passo em busca de melhores condições de vida para a população haitiana”, afirmou Rosário.
Ainda no Haiti, a ministra foi recebida pela coordenadora nacional da organização não-governamental Solidarite Fanm Ayisyen (Solidariedade com as Mulheres Haitianas - SOFA), Lise Marie Dejean. Na ocasião, foi apresentada pauta de reivindicação, solicitando apoio do governo brasileiro para enfrentamento de diversas violações sofridas por mulheres haitianas.  A ministra acolheu as reivindicações e destacou a importância do trabalho empreendido pela sociedade civil no fortalecimento de uma rede de garantia de direitos humanos, colocando-se à disposição para contribuir para o estreitamento dos laços entre os movimentos sociais haitianos e brasileiros.
No fim do dia, Maria do Rosário visitou o ministro F. Richel Lafaille, do Ministério de Assuntos Sociais e do Trabalho (Ministère des Affaires Sociales et du Travail).  Na oportunidade, Lafaille apresentou diversas preocupações com a estruturação da política de inclusão social no Haiti, sobretudo com a situação de quase 10 mil crianças órfãs em alto estado de vulnerabilidade social. Destacou ainda projetos referentes à construção de dois grandes centros social profissional para crianças, adolescentes e jovens nesta situação.
“O Brasil está receptivo a contribuir para o diálogo com governo e sociedade civil haitianos, na construção de políticas públicas voltadas não só para as pessoas com deficiência, como para crianças e adolescentes”, afirmou Rosário.
Ao término das atividades, a ministra embarcou para o Brasil, designando o secretário Antonio José, como responsável, pela articulação das ações de cooperação técnica sobre pessoas com deficiência entre a SDH e o governo haitiano.

(fonte:  Secretaria de Direitos Humanos - Brasil )

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Paraplégico viaja França de muletas para alertar sobre lesões na medula

Apoiado em muletas, ele quer mobilizar sociedade a encontrar solução médica para esse tipo de lesão























Descrição imagem: O francês Joe Kals (Foto: BBC)
Paraplégico há 30 anos, Joe Kals está percorrendo a França a pé, apoiado em muletas e utilizando somente a força dos braços e do abdômen, para tentar mobilizar a sociedade a encontrar uma solução médica para lesões na medula espinhal.
No último domingo (29/01), ele atingiu a marca de mil quilômetros. No total ele irá percorrer 1.320 quilômetros, entre Havre, no noroeste da França, e Menton, no sul do país, próximo a Mônaco, onde reside.
Kals ficou totalmente paralisado da cintura para baixo após sofrer um acidente de moto em 1982.
Para realizar a 'caminhada' pelas estradas francesas, ele usa talas que deixam suas pernas rígidas. Apoiado em muletas, ele 'dá passos' balançando suas pernas para frente, como um pêndulo.
Em entrevista à BBC Brasil, ele contou ter se preparado durante cinco anos para realizar essa maratona. Graves problemas médicos e uma cirurgia em 2010 atrasaram os preparativos físicos, retomados no final daquele ano.
O francês deixou a cidade de Havre em agosto de 2011 e espera chegar a Menton entre o final de fevereiro e meados de março próximo.
Mobilização
Kals caminha em média dez quilômetros por dia durante quatro dias e depois passa um dia descansando.
'Quero sensibilizar as pessoas em relação a um problema que é mundial. Não quero provar nada a ninguém com essa caminhada. Desejo apenas que haja uma tomada de consciência e uma mobilização para encontrar uma solução para as lesões na medula espinhal', disse.
Ele diz que o fato de ser paraplégico ou tetraplégico é considerado por muitos uma fatalidade, mas ele contesta essa visão.
'Quando sofri meu acidente em 1982 e fiquei paraplégico, os médicos me diziam que a soluções para a lesão na medula estavam muitas próximas de ser obtidas. Mas 30 anos depois, continuam dizendo a mesma coisa.'
'Quero criar um movimento para que as coisas avancem em relação a isso. Gostaria que no futuro, o mais próximo possível, as pessoas não tenham mais sequelas de uma lesão medular e possam viver com dignidade', diz ele, acrescentando que a paraplegia causa sofrimento físico e também moral.
Sensação de liberdade
Atualmente, Kals se encontra nos arredores da cidade de Aix-en-Provence, próxima à Marselha, no sul do país.
Ele afirma que continua 'caminhando' normalmente pelas estradas, apesar do frio rigoroso que atravessa a França atualmente, com temperaturas negativas por todo o país. 'Enquanto não me deparar com estradas cobertas de gelo ou neve, vou continuar caminhando.'
Como qualquer 'maratonista', Kals também enfrenta problemas ligados ao esforço físico. Mas como a paraplegia o impede de sentir dores abaixo da cintura, ele não sente, por exemplo, quando está com bolhas nos pés.
'Após dezenas de anos em uma cadeira rolante, as sensações são inúmeras. Cada passo que dou, não farei novamente no futuro. Então aproveito cada instante, cada paisagem, cada encontro. Estou me sentindo livre', diz Kals.
(fonte: BBC)

Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência

O professor deve entender as dificuldades dos estudantes com limitações de raciocínio e desenvolver formas criativas para auxiliá-los


De todas as experiências que surgem no caminho de quem trabalha com a inclusão, receber um aluno com deficiência intelectual parece a mais complexa. Para o surdo, os primeiros passos são dados com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os cegos têm o braile como ferramenta básica e, para os estudantes com limitações físicas, adaptações no ambiente e nos materiais costumam resolver os entraves do dia-a-dia.

Mas por onde começar quando a deficiência é intelectual? Melhor do que se prender a relatórios médicos, os educadores das salas de recurso e das regulares precisam entender que tais diagnósticos são uma pista para descobrir o que interessa: quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender - e eles, para ensinar.
No geral, especialistas na área sabem que existem características comuns a todo esse público (leia a definição no quadro desta página). São três as principais dificuldades enfrentadas por eles: falta de concentração, entraves na comunicação e na interação e menor capacidade para entender a lógica de funcionamento das línguas, por não compreender a representação escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. "Há crianças que reproduzem qualquer palavra escrita no quadro, mas não conseguem escrever sozinhas por não associar que aquelas letras representem o que ela diz", comenta Anna Augusta Sampaio de Oliveira, professora do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

A importância do foco nas explicações em sala de aula
Alunos com dificuldade de concentração precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras. Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro, livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.

A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp.
Foi o que fez a professora Marina Fazio Simão, da EMEF Professor Henrique Pegado, na capital paulista, para conseguir a atenção de Moisés de Oliveira, aluno com síndrome de Down da 3ª série. "Ele não ficava parado, assistindo à aula", lembra ela. Este ano, em um projeto sobre fábulas, os avanços começaram a aparecer. "Nós lemos para a sala e os alunos recontam a história de maneiras diferentes. No caso dele, o primeiro passo foram os desenhos. Depois, escrevi com ele o nome dos personagens e palavras-chave", relata ela.

Escrita significativa e muito bem ilustrada A falta de compreensão da função da escrita como representação da linguagem é outra característica comum em quem tem deficiência intelectual. Essa imaturidade do sistema neurológico pede estratégias que servem para a criança desenvolver a capacidade de relacionar o falado com o escrito. Para ajudar, o professor deve enaltecer o uso social da língua e usar ilustrações e fichas de leitura. O objetivo delas é acostumar o estudante a relacionar imagens com textos. A elaboração de relatórios sobre o que está sendo feito também ajuda nas etapas avançadas da alfabetização.

A professora Andréia Cristina Motta Nascimento é titular da sala de recursos da EM Padre Anchieta, em Curitiba, onde atende estudantes com deficiência intelectual. Este ano, desenvolve com eles um projeto baseado na autoidentificação - forma encontrada para tornar o aprendizado mais significativo. A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos, certidão de nascimento, registro de identidade e tudo que poderia dizer quem eram. "O material vai compor um livro sobre a vida de cada um e, enquanto se empolgam com esse objetivo, eu alcanço o meu, que é ensiná-los a escrever", argumenta a educadora.

Quem não se comunica... pode precisar de interação

Outra característica da deficiência intelectual que pode comprometer o aprendizado é a dificuldade de comunicação. A inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriada, poemas e parlendas ajuda a desenvolver a oralidade. "Parcerias com fonoaudiólogos devem ser sempre buscadas, mas a sala de aula contribui bastante porque, além de verbalizar, eles se motivam ao ver os colegas tentando o mesmo", explica Anna, da Unesp.

Essa limitação, muitas vezes, camufla a verdadeira causa do problema: a falta de interação. Nos alunos com autismo, por exemplo, a comunicação é rara por falta de interação. É o convívio com os colegas que trará o desenvolvimento do estudante. Para integrá-lo, as dicas são dar o espaço de que ele precisa mantendo sempre um canal aberto para que busque o educador e os colegas.

Para a professora Sumaia Ferreira, da EM José de Calazans, em Belo Horizonte, esse canal com Vinicius Sander, aluno com autismo do 2º ano do Ensino Fundamental, foi feito pela música. O garoto falava poucas palavras e não se aproximava dos demais. Sumaia percebeu que o menino insistia em brincar com as capas de DVDs da sala e com um toca-CD, colocando músicas aleatoriamente. Aos poucos, viu que poderia unir o útil ao agradável, já que essas atividades aproximavam o menino voluntariamente. Como ele passou a se mostrar satisfeito quando os colegas aceitavam bem a música que escolheu, ela flexibilizou o uso do aparelho e passou a incluir músicas relacionadas ao conteúdo. "Vi que ele tem uma memória muito boa e o vocabulário dele cresceu bastante. Por meio dos sons, enturmamos o Vinicius."

O que é a deficiência intelectual?
É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental" em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos. Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGDs), como o autismo, também costumam causar limitações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual.
(Fonte: Revista Nova Escola)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Conheça o Liberty – Elevador de piscina para pessoas com deficiência














(descrição da imagem: o elevador Liberty)

O Elevador de Piscina Liberty é o novo conceito de acessibilidade em piscinas para pessoas com deficiência. Liberty tem como objetivo viabilizar completamente a acessibilidade dessas pessoas, que muitas vezes não podem usufruir de momentos agradáveis na piscina. Esse produto foi desenvolvido e fabricado pela Casa da Acessibilidade para reforçar cada vez mais o propósito de um país mais acessível.
















(descrição da imagem: o elevador Liberty)
Fabricado em Uberlândia, considerada uma cidade exemplo de acessibilidade, o Elevador Liberty vem com uma estrutura de imersão em aço inox com capacidade de carga p/ 140 kg. O aparelho tem opções fáceis de manuseio com botões de SOBE, DESCE, GIRA, é ideal para SPAs, Clubes, Centros de Reabilitação e residências, não é necessária a montagem subaquática.
Algum tempo atrás adquirir um Elevador de piscina era inviável por conta de taxas de importação e por toda a burocracia de se comprar algo fora do país, agora temos um produto nacional e de primeiríssima qualidade.
Confira mais detalhes dessa inovação no hotsite: www.elevadordepiscina.com.br
Outros produtos do mesmo fabricante você encontra na Casa da Acessibilidade.

(fonte: casa da acessibilidade)















(descrição imagem: desenho - crianças portadoras de necessidades especiais, com o texto: para ler e pensar: sempre acreditei que abençoados são os pais que tem filhos especiais! Acho que somos escolhidos a dedo. Sim, porque com eles temos muito que aprender, a ensinar e mesmo sendo um grande desafio, é um momento único para nos tornarmos seres humanos melhores!)

FONTE: DONA LIGEIRINHA

sábado, 4 de fevereiro de 2012

“Meu filho nunca me impediu de nada”, afirma Isabel Fillardis, mãe de uma criança com Síndrome de West

Isabel Fillardis com os filhos, Jamal Anuar e Analuz
(Descrição imagem: Isabel Fillardis com os filhos, Jamal Anuar e Analuz)















Apesar da doença de Jamal, hoje com oito anos, atriz se diz disponível e com vontade para trabalhar
Ano passado os fãs puderam matar as saudades de Isabel Fillardis, 38 anos, no último capítulo de Insensato Coração. Só que essa pequena participação especial, não foi o suficiente para satisfazer a atriz, que sente muita falta de atuar nas novelas. Afastada há dois anos, quando integrou o elenco de Malhação, ela fala que é contratada pela TV Globo, mas que não se sente confortável em receber um salário e ficar dentro de casa. ”Eu já me coloquei à disposição. A gente só evolui em uma profissão, quando exerce”, fala.
Muitos acompanharam o drama pessoal da atriz . Casada com o advogado Júlio César e mãe de Analuz, hoje com 10 anos, Isabel ficou grávida de seu segundo filho, Jamal Anuar. Dois meses após o nascimento do menino, descobriu que ele era portador da Sindrome de West, um tipo de epilepsia que altera o desenvolvimento mental. Foi assim que ela decidiu lutar pela causa dos portadores da doença e, em 2006, lançou a campanha A Força do Bem, dedicada a promover auxílio a pessoas que necessitam de cuidados especiais (deficientes visuais, mentais, auditivos e/ou motores).
Hoje, Jamal tem oito anos. E Isabel comemora o fato dele estar matriculado e bem aceito na escola. Ela também conta com outro motivo para comemorar. Acabou de ser escalada para um musical da Brodway, A Cor Púrpura, previsto para estreiar em São Paulo até o início do ano que vem.  Além disso, está em um projeto de teatro infantil, A turma do Pererê, um programa de rádio sobre Meio Ambiente. Mas a atriz, conhecida do grande público pelo personagem Ritinha, de Renascer (1993), não vê a hora de voltar para as novelas.  ”Meu filho me ensinou a ter paciência e a olhar para os lados. Não existe só um caminho”, emociona-se. A seguir os principais trechos da entrevista dela:
CONTIGO ONLINE: Você sempre foi bastante ativa nas novelas. Por que não aparece tanto ultimamente?
Isabel Fillardis: Eu vou ser bem sincera. Eu não estou trabalhando por que não me chamam. Eu estou disponível, estou contratada na Rede Globo.  Já tem quase dois anos que eu fiz Malhação, mas desde aí, estou apta a trabalhar de novo. Aparentemente, eu estou em uma posição confortável, mas na verdade não é.  Não é confortável você estar em casa, recebendo, com um contrato de exclusividade e não trabalhar. Você só consegue melhorar, brilhar e evoluir dentro de uma profissão quando a exerce.
CONTIGO ONLINE: A que você atribui a falta de convites para trabalhar na TV?
IF: Na verdade, são várias questões. Lógico que o mercado hoje está muito mais disputado do que dez anos atrás.  Eu já tenho quase vinte anos de emissora. Acho que atualmente existe até uma certa inversão de valores. Costumam valorizar sempre os mesmos atores e outros ficam esquecidos.
CONTIGO ONLINE: Regina Duarte veio a público e se queixou da falta de convites para bons trabalhos.  Isso afetou você de alguma forma?
IF: Sim, claro. Pensei logo, nossa uma atriz como a Regina. ”no canto”, como assim? Se está ruim para ela, quando mais para mim?(risos). Atores como Regina, Antonio Fagundes, Tarcísio Meira fundaram aquela emissora, praticamente criaram a teledramatugia. Acho que agora, as coisas já estão começando a mudar para mim. Eu sei que no mercado tem muita gente boa, mas também tem muita gente ruim e acabamos muitas vezes fazendo comparações. Só que já passei dessa fase.
CONTIGO ONLINE: Você credita que o fato de seu filho precisar de mais dedicação ou cuidados especiais também possa afastar os convites?
IF: Sim.  Eu achei necessário me apresentar na emissora de peito aberto e me colocar disponível para o trabalho. Muitas pessoas estavam pensando que eu estava muito ligada aos trabalhos sociais ou ainda muito comprometida com o meu filho. Gente!! Comprometida com meu filho, eu vou ficar a vida inteira. Hoje meu filho está em uma condição de vida muito melhor. Foi uma batalha, mas consegui colocar ele em uma escola, onde está sendo muito bem aceito. Então, falar que eu estou comprometida com qualquer outra coisa, não é verdade. Estou apta a trabalhar sim!
CONTIGO ONLINE: Você chegou a pedir um tempo no trabalho para se dedicar exclusivamente ao seu filho?
IF: Não. Acho que na verdade, o pessoal da emissora percebeu. A barra foi muito pesada. Os primeiros anos de vida dele foram períodos conturbados para mim. Só que mesmo assim eu trabalhava. Ele nunca me impediu de fazer nada.  Eu estava contratada e por isso sempre me coloquei disponível.
CONTIGO ONLINE: Como o Jamal está hoje? O que você aprendeu através dele?
IF: Muito melhor. Ele está quase caminhando sozinho.  A gente também está conseguindo uma comunicação muito maior com ele, apesar dele não estar falando. Nós tivemos muitos ganhos, mas muitos mesmo com o Jamal. O aprendizado que ele me passou, principalmente nesse período mais afastado da TV, foi a ter paciência. Ele me ensinou a olhar para os lados, ver que a coisa não acontece só com você, ver que existem outras possibilidades, não existe um caminho só.
(fonte: Contigo)

Diário de jovens mães (Revista Isto É)
Isabel Fillardis, 32, descobriu que o filho Jamal, 3 anos, tinha uma síndrome que causa atraso no desenvolvimento psicomotor. Veja  o que ela escreveu para seus filhos.
Queridos Jamal e Analuz,
“Você, Analuz, nasceu em um parto normal, que poderia chamar de tranqüilo. Quando você estava com um ano e meio, mamando no meu seio ainda, nossa casa ficou pronta. Fiz loucuras. Carreguei caixas, lavei chão. Não sentia nada. Depois de um tempo, vieram os enjôos, a falta de apetite. Quando fui ver, estava grávida do seu irmão, Jamal.


Você, meu filho, nasceu em uma cesárea aflita. O cordão umbilical se enrolou no seu pescoço – e depois, para a nossa preocupação, na sua cintura. Passado o susto, estava tudo bem. Mas comecei a achar que havia algo estranho na amamentação. Você tinha dificuldade de sugar o leite. Me sentia péssima. Eu não desisti e lhe dei meu leite com colherzinha até os seis meses. Você se submeteu a um encefalograma e os médicos constataram a síndrome de West (uma doença que deteriora os neurônios e causa atraso no desenvolvimento psicomotor), quando tinha cinco meses. Até os dois anos, eu e seu pai Júlio César precisamos levá-lo ao hospital várias vezes. A síndrome deixa seqüelas respiratórias e qualquer resfriado podia se converter em uma bronquiolite. Eu sofria, mas não me revoltei. Sempre mantive a fé de que você ia vencer. E venceu. Em agosto, um novo encefalograma revelou que você venceu a síndrome de West. Mas só teremos certeza da vitória plena quanto você atingir sete anos, idade considerada crucial para o crescimento da criança. Jamais deixo de estar vigilante. Nossa rotina semanal inclui quatro sessões de fisioterapia, duas de fonoaudiologia, uma aula de equoterapia (com cavalos), e logo você fará psicoterapia e terapia ocupacional.
Filho, você me ensinou muito sobre superação. Crianças especiais são como borboletas. Têm o tempo certo de florescer, pôr as asas e sair do casulo. Gostaria que todas as mães do mundo vibrassem a cada movimento dos filhos. Uma das conquistas que mais me emocionaram foi o seu sorriso. Você tinha um ano de idade quando o vi abrir um enorme pela primeira vez. Estava ajoelhada na sala contando uma história para sua avó, que o ninava. De repente, eu me joguei no chão. Perplexa, notei que você estava gargalhando. Ajoelhei, me atirei de novo e você voltou a soltar um sorrisão. Eu ria e chorava. Vê-lo feliz me fez sentir muito poderosa. E tenho me sentido cada vez mais assim, com munição e fé para lutar ao lado de vocês.”
(Fonte: Revista Isto É)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

EM BH, MARIA ARTE E OFÍCIO RESPEITA A INCLUSÃO

















(Descrição foto: Maria Arte e Ofício e crianças integrantes de uma das turmas da Escola)

O espaço Maria Arte & Ofício, fundado há vinte anos em Belo Horizonte, Minas Gerais, é uma escola de artes onde são desenvolvidas variadas atividades culturais correlacionadas com as artes manuais. Os cursos objetivam contribuir para a formação global do indivíduo, atendem os públicos infantil, adolescente e adulto e harmonizam, com base em atividades artísticas, aspectos cognitivos, comportamentais, emocionais e motores. Por meio desse “fazer”, o indivíduo se reconhece e também fortalece sua identidade, sua auto-estima, sua criatividade e plasticidade, aumentando suas potencialidades para os desafios e as conquistas da vida. O Maria Arte & Ofício possui uma equipe composta por profissionais ligados à área de Artes Aplicadas, Terapia Ocupacional e Belas-Artes, e está instalado numa casa repleta de verdes, sol e amplidão. Localizado no Sion Funciona de segunda a sexta-feira das 8 às 18 horas. Além de ser reconhecido como escola de artes, é espaço de referência na pesquisa e na preservação do bordado e de sua história.

Maria Arte e Ofício valoriza a inclusão de portadores de deficiência, que também desfrutam os benefícios da Escola, em um ambiente de integração e respeito notáveis.  

Fundadora do Maria Arte & Ofício, empresária e idealizadora da filosofia diferenciada aplicada nos cursos desde 1989 Pós-graduada em Design e Cultura pela Universidade Mineira de Educação e Cultura (Fumec), atualmente cursa disciplinas isoladas do Mestrado em História, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde busca fundamentação teórica para sua pesquisa sobre a história do bordado e seu desenvolvimento artístico e sociocultural. Ministra a palestra A Linguagem do Bordado: um percurso na história e na cultura, resultante de suas pesquisas. É professora do Curso de Formação Global da Criança e do Adolescente e professora do Curso de Bordados para adultos.Restauradora e, também, pesquisadora da técnica do bordado desde 1980, é responsável pela avaliação e seleção das peças doadas para o Acervo de Bordados Maria Arte & Ofício, disponibilizando-as para exposições abertas ao público.Fundou o projeto social “Grupo Meninas do Cafezal” que, mediante a prática de bordar, trabalha cidadania, profissionalização, cultura e autoestima de mulheres de baixa renda da Favela do Cafezal em Belo Horizonte (Aglomerado da Serra). Atualmente, Maria do Carmo supervisiona esse grupo, uma vez que as integrantes já se encontram em processo de independência e buscam uma sede própria.

 

 

 

 

 

 

 

 

Conheça: MARIA ARTE E OFÍCIO

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Traje de casamento para noivos cadeirantes




















A escolha do traje de casamento vem sempre acompanhada de grandes dúvidas: o que escolher, como combinar acessórios, onde comprar e tantos outros detalhes a se pensar. No caso de traje de casamento para noivos cadeirantes enfrentam ainda mais problema nessa hora, visto que não é tarefa das mais fáceis encontrar um traje que se adapte perfeitamente às suas condições.
O design de moda inclusivo para cadeirante deve contar com tecidos mais leves e fechos em lugares variados para facilitar a independência do noivo na hora de se vestir. O traje de casamento deve respeitar as limitações do noivo, prezando o conforto e não esquecendo da beleza.
Para a cerimônia e festa, é preciso pesquisar por igrejas e salões que tenham rampas de acesso a todos os lugares que o noivo precisará estar, minimizando a necessidade de ajuda para locomoção. A largura do corredor da igreja, assim como o tapete utilizado, devem possibilitar uma entrada fácil. Uma dica interessante é fazer os padrinhos virem até os noivos na hora do cumprimento na igreja, e não o contrário, assim o cadeirante não precisa se deslocar de onde estiver no altar. A mesma coisa deve ser pensada no espaço entre mesas do salão, que devem permitir ao noivo cadeirante passar tranquilamente entre elas, evitando que a cadeira enganche e provoque algum estrago. O salão também precisa ter um banheiro adaptado para deficientes físicos.














Atualmente, esse serviço especial para traje de casamento não é facilmente encontrado. Pesquisando na Internet, você consegue achar uma informação ou outra sobre vestido de noiva para cadeirante, nada que possibilite comprar online, mas há informação disponível sobre o tema. Para homens, no entanto, é muito mais difícil achar algo a respeito. À medida que cresce a conscientização sobre o mercado de inclusão, deverá ser mais fácil encontrar serviços que atendam às necessidades especiais de cada um. Uma outra escolha é encomendar o traje do noivo cadeirante em alfaiate, pois assim, pode adaptar a modelagem às necessidades especiais do cadeirante.
Fonte: Noivas.Net

Avape alerta para cuidados que algumas deficiências exigem no verão

Embora seja sinônimo de diversão e descanso, o verão e suas características altas temperaturas podem causar prejuízos a qualquer pessoa que não estiver atenta a cuidados importantes exigidos nesta época do ano. Entre as pessoas com deficiência não é diferente. Por isso, a Avape – Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência faz um alerta para evitar problemas e desconfortos decorrentes do calor em pessoas que possuem alguns tipos de deficiência.
De acordo com Maria Claudia Araujo, psicóloga da área técnica em pesquisa, desenvolvimento de projetos e treinamento da Avape, é sempre importante reforçar a necessidade de cuidados que são básicos e indicados a qualquer pessoa, como uso de protetor solar com fator apropriado a cada tipo de pele (indicado pelo médico dermatologista), evitar exposição ao sol entre às 10h e 16h e tomar muita água, além de dedicar uma atenção ainda maior a crianças e idosos.
No entanto, existem deficiências que exigem mais atenção e cuidados específicos na estação mais quente do ano. No caso de pessoas comSíndrome de Down, por exemplo, é preciso estar alerta, pois o excesso de calor pode aumentar o quadro de hipotonia, que é a condição em que o tônus muscular está baixo de forma anormal, geralmente envolvendo redução da força muscular.
Já pessoas com albinismo devem reforçar os cuidados com a pele e os olhos durante o verão, considerando a alta sensibilidade da visão dos albinos e o risco de desenvolverem doenças associadas à exposição ao sol.
Quem possui esclerose múltipla deve evitar ao máximo o excesso de calor, já que ele piora o quadro de aumento da distonia, ou seja, a diminuição ou perda dos movimentos durante uma ação, devido à contrações musculares involuntárias, lentas e repetitivas.
Além disso, pessoas com deficiências físicas podem ter a sensibilidade comprometida e não sentir o calor na pele, o que pode causar queimaduras de sol graves, assaduras causadas pelo calor e ainda feridas ocasionadas pelo atrito da pele com a areia da praia.
“As famílias de pessoas com deficiência devem sempre ser orientadas por profissionais responsáveis, como médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, sobre os cuidados que devem ser tomados no verão, ou em qualquer outra situação”, diz Maria Claudia Araujo, gerente técnica em pesquisa, desenvolvimento de projetos e treinamento da Avape.
Em suas unidades, a Avape conta com equipes especializadas que podem orientar familiares de pessoas com deficiência sobre cuidados especiais a serem tomados tanto no verão quanto em qualquer outro período do ano. Entretanto, é importante que casos que exigem tratamentos mais específicos, um médico dermatologista também seja consultado.
fonte: deficiente físico

Torneio de Pesca Adaptada gratuito e para todos no Rio de Janeiro

Torneio de Pesca Adaptada gratuito e para todos no Rio de Janeiro





















(descrição imagem: cartaz torneio de pesca adaptada 2012)

Você gosta de pescar? Então se prepare, pois no dia 05 de fevereiro (domingo) acontecerá o
“Torneio de Pesca Adaptada” na sua edição 2012. Ele será organizado pela Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS), Clube Barracuda e Instituto Novo Ser.
O torneio basicamente é dividido em duas categorias:
Duplas – Onde um deficiente e um atleta profissional do Clube Barracuda (Padrinho) disputam juntos.
Individual – Onde o deficiente, com autonomia, pesca sozinho.
Cada uma das categorias terá uma premiação diferente, sendo o Troféu Solidariedade – Eduardo Bracony para o torneio de duplas e o Troféu Novo Ser para o torneio individual.
O Torneio é gratuito e aberto a todos, mas cheguem cedo, a partir das 6h30, porque o número de vagas é limitado.
Tragam seus equipamentos e iscas de camarão e venham se divertir e, quem sabe, para ganhar o troféu!
Dia: 05 de fevereiro
Hora: 7h
Local: Paredão da Urca – Rua João Luis Alves – Urca – RJ

Pessoas com deficiência ganham isenção de IPVA no Ceará

Pessoas com deficiência serão isentas do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), segundo decreto do governador Cid Gomes, publicado no Diário Oficial, na  terça-feira, 31. A isenção já começa a valer este ano.
De acordo com o decreto, o veículo automotor, novo ou usado, deverá ser adquirido diretamente pelo portador de deficiência e, no caso de interdição, pelo curador. A isenção poderá ser concedida mediante análise de requerimento formulado pelo beneficiário, instruído com laudo médico emitido por prestador de serviço público ou privado (que integre o SUS) de saúde, ou pelo Detran.
Também serão consideradas beneficiárias as pessoas portadoras de deficiência física que apresenta alteração completa ou parcial e que acarrete comprometimento da função física. Segundo o Governo do Estado, os portadores de deficiência visual que apresentar acuidade visual igual ou menor que 20/200 (tabela de Shellen) e os portadores de deficiência mental severa ou profunda, ou autistas, conforme definido no Código Internacional de Doenças também serão beneficiados.
O não pagamento do IPVA para deficientes se soma à isenção do pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que também é direito de pessoas com deficiência.
Fonte: cearaemrede.com.br

Justiça obriga Rafinha Bastos a recolher DVDs com piadas sobre deficientes




















(descrição imagem: Rafinha Bastos é obrigado a recolher DVD com piada sobre deficientes)

A Justiça de São Paulo concedeu liminar que proíbe a venda do DVD “A Arte do Insulto”, que contém piadas sobre pessoas com deficiência física e mental, confirmou ao UOL o advogado Paulo Ricardo Gois Teixeira, que representa a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo) e as pessoas com deficiência. Segundo Gois, Rafinha também está proibido de fazer esse tipo de piada em seus shows.
O advogado destaca que a ação corre em segredo de justiça, por isso não podem ser divulgadas mais informações sobre o caso. “O que posso dizer é que algumas lojas já foram notificadas a cancelar a comercialização do DVD, mas cabe ao Rafinha Bastos fazer o recolhimento do material pelas lojas do Brasil”, afirmou Gois.
A Apae, que entrou com a ação cível contra o humorista no dia 9 de janeiro, ainda solicita que Rafinha se retrate publicamente pelos danos causados à imagem pública dos deficientes.
(Fonte: celebridades.uol.com.br)

Nota Eficiência Especial: no final de 2011,  a MTV foi condenada a pagar R$ 40 mil para pais ofendidos com ‘Casa dos Autistas’ - JUSTO RESPEITO E INCLUSÃO, SEMPRE!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobrevivente de ataques a bomba em Londres cria aplicativo para pessoas com deficiência


















(descrição da imagem: Daniel Biddle, em sua cadeira de rodas)

Um sobrevivente dos ataques a bomba em Londres em 2005 criou um aplicativo de smartphone para ajudar pessoas com deficiência a se locomover com mais facilidade pela capital britânica.
Daniel Biddle perdeu as duas pernas, o baço e a visão do olho esquerdo quando um extremista detonou uma bomba no vagão de metrô na estação Edgware, no dia 7 de julho de 2005.
"O que aconteceu comigo em 7/7 me roubou toda a capacidade de ir praticamente a qualquer lugar", disse o sobrevivente à BBC.
"Posso pensar em inúmeras ocasiões em que precisava encontrar um banheiro ou ir a um restaurante, e foi impossível. Faltam informações úteis para pessoas em cadeiras de roda, dificuldades de aprendizado e problemas de visão."
Acessibilidade
O aplicativo Ldn Access, criado por Biddle e uma amiga, Tobi Collett, armazena detalhes sobre percursos sem degraus, rampas e instalações sanitárias adaptadas que podem ser encontrados em milhares de locais na capital britânica, como hotéis, teatros, restaurantes, bares, etc.
Através de tecnologia de localização, o programa consegue oferecer informações baseadas na área em que o usuário se encontra. Pode-se escolher uma categoria geral, como restaurantes, e a partir daí refinar a busca, por exemplo, por tipo de comida (indiana, chinesa, grelhados, etc.).
Biddle diz que a dupla criou um aplicativo simples de usar "porque alguém com problemas de destreza, ou artrite nas mãos, pode não ser capaz de digitar palavras muito longas. É simplesmente apertar um ícone na tela".
O aplicativo tem informações inclusive sobre os locais que serão usados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres, a partir do fim de julho. E funciona sem conexão com a internet, o que significa que mesmo dentro do metrô o usuário pode checar as informações.
"Para checar se as informações estavam corretas, fomos às ruas e visitamos aleatoriamente os locais listados no aplicativo", conta Biddle. "Tivemos de identificar os locais, entrar nos sites dos lugares, fazer ligações."
A princípio, o aplicativo roda apenas no sistema operacional iOS, da Apple, mas Biddle e Collett pretendem investir o dinheiro levantado com as vendas originadas na loja da Apple, onde está disponível, para criar versões para Android, Blackberry e Windows Phone, e não só sobre Londres, mas outras cidades britânicas.
"Com esse aplicativo, queremos mostrar que a deficiência física não é um problema, o problema é a falta de acessibilidade", afirma Biddle. "A tecnologia pode ser excelente para prover independência. Queremos que este ajuda os deficientes físicos a fazer o que quiserem."
(Fonte: BBC Brasil )

Pouco se faz por crianças com autismo na saúde e educação




 










Em Minas Gerais há 147 mil portadores, 20 mil deles em Belo Horizonte
Ao perceber que seus filhos, que sofrem de autismo, não teriam suporte adequado em uma creche pública de Belo Horizonte, o educador Maurício Moreira ofereceu apoio técnico à instituição. Ele passou seis meses como voluntário em uma Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) da região Norte da capital, prestando suporte na adaptação de Matheus, 3, e Maxwell, 5.
O educador percebeu a necessidade de “intervir” pela dificuldade de os educadores em adequar o ensino aos seus filhos. O autismo é um transtorno que afeta a capacidade de comunicação e socialização da criança. “Faltam políticas públicas voltadas exclusivamente para essas pessoas. É preciso que os autistas sejam considerados deficientes, o que lhes garantiriam benefícios como educação especializada, centros de tratamento, gratuidade no transporte e aposentadoria”, afirma Maurício Moreira, que é diretor de eventos do Instituto Superação.
Dados de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em Minas Gerais, 147 mil pessoas têm o transtorno, 20 mil delas na capital. Em dezembro do ano passado, o prefeito Marcio Lacerda vetou o projeto que incluiria o autismo como uma deficiência, sob o argumento de que a medida é preconceituosa. Além disso, o município informou que a cidade já oferece tratamento diferenciado na educação e na saúde para autistas.
Moreira discorda. “Não consigo manter uma continuidade no tratamento dos meus filhos porque, na rede pública, é difícil encontrar profissionais qualificados”. Para aliviar sintomas como a irritabilidade, dificuldade de sociabilização e convívio, o autista precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, com médico neurologista, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo etc.
Para o psicólogo e psicanalista da Fundação de Atendimento Especializado de Nova Lima (Faenol) Marcelo Bizzotto Pinto, a grande dificuldade dos pacientes está no respeito às diferenças. “Os autistas precisam que as pessoas se adaptem à realidade dele, sem que sejam criadas barreiras e constrangimentos”.
(Fonte: Jornal O Tempo Repórter: Gabriela Sales  01/01/2012)