BHTrans testará o sistema com 20 voluntários a partir do próximo dia 22
(descrição imagem: deficiente visual aguarda entrada em ônibus de BH - foto: João Godinho)
Utilizar o transporte coletivo em Belo Horizonte sendo portador de deficiência física não é fácil. Entrar em um ônibus sem a colaboração de desconhecidos é quase uma missão impossível. A tarefa, no entanto, poderá ser simplificada com a utilização de um aparelho eletrônico que promete ser um divisor de águas na vida dos deficientes visuais da capital.
O equipamento tem o tamanho de um celular e foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O sistema conecta o usuário deficiente com o coletivo que ele quer utilizar por um aviso sonoro. Uma gravação vai alertar o passageiro quando o ônibus que ele espera chegar ao ponto. O motorista também é avisado por um sinal sonoro de que há um deficiente aguardando pelo veículo.
"A pessoa programa a linha que ela precisa tomar e basta esperar no ponto que o aparelho irá direcioná-la até o ônibus. Dentro do veículo, o motorista também saberá que um deficiente o espera naquele local. Tudo ficará mais fácil", explicou o engenheiro Adriano Assis, da empresa que vai disponibilizar o serviço.
Bibliotecário há mais de 30 anos no Instituto São Rafael, Juarez Gomes Martins, 63, foi um dos 20 voluntários selecionados para testar o aparelho, a partir do próximo dia 22. Ele e outros colegas do instituto acreditam que essa pode ser uma maneira de trazer "dignidade para quem sempre precisa pedir o auxílio de outras pessoas no meio da correria do dia a dia". "Eu acompanho esse projeto desde que ele foi estudado pela UFMG, em 1997. Os anos se passaram e a promessa de uma vida diferente parece, enfim, ter chegado. Para mim, é uma revolução", disse o bibliotecário.
Valdivino Lucas, 65, que também é voluntário, espera que o aparelho seja apenas um passo para outros projetos direcionados aos deficientes físicos em Minas. "Falta muita coisa a ser feita. Todo mundo sabe disso. Fica até chato ficar reclamando toda hora. A esperança é que esse teste não fique somente no experimento e esteja nas ruas o mais breve possível", pediu.
Sem prazo. Apesar de os testes com o aparelho já começarem neste mês, a prefeitura ainda não estipulou uma data para que o sistema esteja, de fato, nas ruas.
"Tudo ainda será definido com a BHTrans e as empresas de transporte. Vamos analisar os resultados do teste e decidir quando iniciaremos o programa e em que linhas ele irá funcionar. Se serão em todas ou somente em algumas", afirmou o coordenador municipal de direitos das pessoas portadoras de deficiência, José Carlos da Dias Filho. Segundo ele, serão pelo menos 30 dias de teste nos 17 ônibus da linha 4205 (Ermelinda/ Salgado Filho). Motoristas e usuários serão treinados.
O equipamento tem o tamanho de um celular e foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O sistema conecta o usuário deficiente com o coletivo que ele quer utilizar por um aviso sonoro. Uma gravação vai alertar o passageiro quando o ônibus que ele espera chegar ao ponto. O motorista também é avisado por um sinal sonoro de que há um deficiente aguardando pelo veículo.
"A pessoa programa a linha que ela precisa tomar e basta esperar no ponto que o aparelho irá direcioná-la até o ônibus. Dentro do veículo, o motorista também saberá que um deficiente o espera naquele local. Tudo ficará mais fácil", explicou o engenheiro Adriano Assis, da empresa que vai disponibilizar o serviço.
Bibliotecário há mais de 30 anos no Instituto São Rafael, Juarez Gomes Martins, 63, foi um dos 20 voluntários selecionados para testar o aparelho, a partir do próximo dia 22. Ele e outros colegas do instituto acreditam que essa pode ser uma maneira de trazer "dignidade para quem sempre precisa pedir o auxílio de outras pessoas no meio da correria do dia a dia". "Eu acompanho esse projeto desde que ele foi estudado pela UFMG, em 1997. Os anos se passaram e a promessa de uma vida diferente parece, enfim, ter chegado. Para mim, é uma revolução", disse o bibliotecário.
Valdivino Lucas, 65, que também é voluntário, espera que o aparelho seja apenas um passo para outros projetos direcionados aos deficientes físicos em Minas. "Falta muita coisa a ser feita. Todo mundo sabe disso. Fica até chato ficar reclamando toda hora. A esperança é que esse teste não fique somente no experimento e esteja nas ruas o mais breve possível", pediu.
Sem prazo. Apesar de os testes com o aparelho já começarem neste mês, a prefeitura ainda não estipulou uma data para que o sistema esteja, de fato, nas ruas.
"Tudo ainda será definido com a BHTrans e as empresas de transporte. Vamos analisar os resultados do teste e decidir quando iniciaremos o programa e em que linhas ele irá funcionar. Se serão em todas ou somente em algumas", afirmou o coordenador municipal de direitos das pessoas portadoras de deficiência, José Carlos da Dias Filho. Segundo ele, serão pelo menos 30 dias de teste nos 17 ônibus da linha 4205 (Ermelinda/ Salgado Filho). Motoristas e usuários serão treinados.
Sistema foi criado em Minas, mas estreou em São Paulo
Apesar de ter sido criado em Belo Horizonte, o aparelho que irá auxiliar os deficientes físicos a entrarem nos ônibus da capital começou a ser usado na cidade de Jaú (SP) e, em seguida, em Araucária (PR).
"O sistema foi pensado e estudado em Minas Gerais, na UFMG, mas, infelizmente, ele não foi aderido primeiramente aqui. O retorno que temos nas cidades onde os aparelhos são utilizados é o melhor possível", disse o engenheiro Adriano Assis.
Para os moradores dessas cidades, o sistema tem agradado. "Foi uma revolução na vida dos deficientes aqui. Sou prova viva disso. Só tenho coisas boas para falar. Ele foi um salto na qualidade de minha vida sem igual", disse o deficiente visual Raimundo Neves, que é morador
de Jaú.
Antes da capital mineira, a terceira cidade a utilizar o aparelho será o município de Limeira, também no interior de São Paulo. A expectativa é de que o sistema comece a funcionar neste mês.
Até agora, cada cidade optou por uma forma diferente de introduzir o sistema nos ônibus urbanos. "Em Jaú e Limeira, por exemplo, foram as prefeituras que incentivaram a compra dos aparelhos que ficam nos coletivos. Já em Araucária (PR), foram as empresas de ônibus que tiveram que arcar com o equipamento", explicou Adriano Assis. (JC)
"O sistema foi pensado e estudado em Minas Gerais, na UFMG, mas, infelizmente, ele não foi aderido primeiramente aqui. O retorno que temos nas cidades onde os aparelhos são utilizados é o melhor possível", disse o engenheiro Adriano Assis.
Para os moradores dessas cidades, o sistema tem agradado. "Foi uma revolução na vida dos deficientes aqui. Sou prova viva disso. Só tenho coisas boas para falar. Ele foi um salto na qualidade de minha vida sem igual", disse o deficiente visual Raimundo Neves, que é morador
de Jaú.
Antes da capital mineira, a terceira cidade a utilizar o aparelho será o município de Limeira, também no interior de São Paulo. A expectativa é de que o sistema comece a funcionar neste mês.
Até agora, cada cidade optou por uma forma diferente de introduzir o sistema nos ônibus urbanos. "Em Jaú e Limeira, por exemplo, foram as prefeituras que incentivaram a compra dos aparelhos que ficam nos coletivos. Já em Araucária (PR), foram as empresas de ônibus que tiveram que arcar com o equipamento", explicou Adriano Assis. (JC)
(fonte: O Tempo)
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