quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DESAFIO DO BALDE: Flashes demais, doações de menos

Apesar da febre da campanha do balde de gelo, doações a entidades brasileiras que lutam contra doença degenerativa ainda são tímidas. Em Minas, associação arrecadou só R$ 225


Pacientes como Gleisson (na foto com a mulher, Jussara e integrantes da equipe que o atende) dependem de atenção contínua e especializada  (ramon lisboa/em/d.a press)
Pacientes como Gleisson (na foto com a mulher, Jussara e integrantes da equipe que o atende) dependem de atenção contínua e especializada


Basta abrir uma página na internet para encontrar alguma figura pública envolvida no já famoso desafio do balde de gelo. A “vítima” é submetida a um banho gelado e convoca amigos ou conhecidos a fazer o mesmo. Uma câmera registra a situação inusitada e as imagens são divulgadas na rede mundial de computadores. O objetivo original da iniciativa é chamar a atenção para a necessidade de doações para instituições que apoiam portadores de esclerose lateral amiotrófica (ELA). Popularizada por Pete Frates, esportista norte-americano de 29 anos diagnosticado com ELA, a campanha, mais do que uma brincadeira, visa a mostrar que, para o paciente, é um “banho de água fria” receber o diagnóstico de uma doença degenerativa do sistema nervoso, que deixa o portador incapacitado e ainda não tem cura. Inicialmente, a proposta era de que o desafiado optasse entre fazer uma doação ou enfrentar o balde. Com a disseminação da campanha, os participantes aderiram ao sacrifício gelado, independentemente da doação. 

Apesar dos bons propósitos, a ideia que surgiu nos EUA e se espalhou como uma epidemia pelo mundo por enquanto parece ter encontrado no Brasil impacto financeiro bem mais modesto na luta contra a doença. Enquanto nos EUA a ALS Foundation já arrecadou U$ 88,5 milhões, juntas, três instituições brasileiras somam cerca R$ 380 mil. Em Minas, o desempenho é incomparavelmente mais tímido: a entidade mineira de apoio às vítimas da ELA recebeu apenas R$ 225 desde o início da campanha. Pode ter colaborado para isso o fato de que muita gente não sabe que existe uma associação no estado.

Em Minas, duas figuras de destaque decidiram encarar o desafio. Primeiro, o atacante do Atlético Diego Tardelli, desafiado pelo cantor Belo e pelo jogador de futsal Falcão, postou o vídeo em uma rede social. Antes de encarar o banho gelado, o atleta, que se comprometeu a fazer a doação ontem, desafiou o presidente do clube, Alexandre Kalil, assim como fez com os colegas Jô e Ronaldinho Gaúcho. Em seu twitter, Kalil respondeu com as imagens do desafio cumprido. Sobrou agora para outros três nomes de destaque no estado, todos convidados por Kalil: o candidato ao Senado pelo PSDB Antonio Anastasia, o deputado federal pelo PT Gabriel Guimarães e o técnico do Galo, Levir Culpi. O presidente alvinegro ainda postou uma mensagem incentivando as pessoas a doar. “Só água gelada não adianta, tem que ajudar também”, diz o texto.

Para a presidente da Associação Regional de Esclerose Lateral Amiotrófica de Minas Gerais (Arela/MG), Cristina das Graças Godoy, as doações são feitas considerando apenas as entidades nacionais. “As pessoas não sabem que existe uma associação que é regional”, diz. Ainda segundo ela, a participação de figuras de destaque em Minas na campanha é uma boa oportunidade para que doações sejam direcionadas ao estado e não fiquem apenas na brincadeira via redes sociais. O dinheiro arrecadado será usado no fortalecimento dos trabalhos desenvolvidos atualmente pela instituição.
 
No âmbito nacional, três entidades estão recebendo doações. A Associação Brasileira de Esclerose Amiotrófica (Abrela), a Associação Pró-Cura da ELA e o Instituto Paulo Gontijo. Juntos, os três somam R$ 378 mil em arrecadação. A gerente executiva e nacional da Abrela, Élica Fernandes, afirma que a entidade tem 1,8 mil portadores da doença cadastrados e estima em 6 mil o número de brasileiros com a enfermidade. “Trabalhamos com a produção de material informativo, reuniões com as famílias, simpósios para profissionais da saúde e até compra de material para os pacientes, como sondas de alimentação. As doações vão fortalecer esse trabalho”, diz ela.

DESAFIO Aos 22 anos, a relações públicas de Belo Horizonte Débora Souza do Valle convive com o tipo mais raro da doença, a esclerose lateral amiotrófica familiar, que se manifestou em seis pessoas da família, inclusive na própria mãe, a professora Lorraine Aparecida do Valle, de 55 anos. Duas das tias já morreram. Outra tia de Débora está na cama e um tio precisa do ventilador mecânico para ajudar na respiração. “A doença começa a aparecer entre 42 e 50 anos. Temos um primo que está entrando nessa faixa etária. Só agora, vamos ficar sabendo se a segunda geração dos familiares vai ou não desenvolver a ELA”, explica. 

Guerreira, a jovem está organizando um “balde de gelo coletivo” entre amigos, conhecidos e quem mais quiser participar. Será na Praça do Papa, no sábado, às 15h. Quem aceitar o desafio terá de doar R$ 20 em dinheiro. O montante arrecadado será encaminhado para a Abrela. “É preciso investir em pesquisa, porque as informações sobre a doença ainda são muito vagas”, afirma. 

Em 2009, o técnico em eletrônica Gleisson sentiu os primeiros sinais de fraqueza muscular, mas só um ano depois receberia o diagnóstico de ELA. Atualmente, é atendido em casa por uma equipe composta por fisioterapeuta, duas fonoaudiólogas e uma cuidadora, além de duas irmãs que se revezam no momento do banho. A mulher, a agente de saúde Jussara Ferrarezzi, de 49 anos, se esforça no sustento da casa e no cuidado com os filhos Ana Clara, de 21, e Vítor, de 15. “O Gleisson é fera. Por ser inventor e muito inteligente, conseguiu adaptar um programa de leitura no computador. Passa a noite inteira vendo filmes e mexendo no Facebook. Mas a doença em si não é fácil. O paciente é totalmente dependente de cuidados. Demos sorte de ele conseguir falar”, afirma. 

Saiba mais

esclerose lateral amiotrófica

É provocada pela degeneração progressiva no primeiro neurônio motor superior no cérebro e no segundo neurônio motor inferior na medula espinhal. Esses neurônios são células nervosas especializadas que, ao perderem a capacidade de transmitir os impulsos nervosos, dão origem à doença. A ELA foi descoberta em 1848 pelo médico francês François Aran. Ainda não se conhece a causa nem tampouco a cura para o mal. A medicina ainda não conseguiu frear o desenvolvimento da doença, cujo principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente em um dos lados do corpo (lateral), com atrofia muscular (amiotrófica). É uma doença cara, que necessita de apoio econômico dos governos, convênios de saúde e da família para que o paciente possa viver com dignidade. Nos últimos anos, a esperança dos portadores de ELA aumenta com o avanço nas pesquisas de novos medicamentos. Um dos casos mais conhecidos é o do físico Stephen Hawking, que já convive há 25 anos com o diagnóstico de ELA.z Para doar

Associação Regional da Esclerose Lateral Amiotrófica de Minas Gerais (Arela/MG)

 Banco Sicoob(756)

 Agência: 4027

Conta corrente: 288591151

CNPJ: 10.888.532/001-60

Associação Pró-Cura da 
Esclerose Lateral Amiotrófica


Banco Bradesco (237)

Agência: 2962

Conta corrente: 29882

CNPJ: 18.989.225/0001-88

Associação Brasileira de 
Esclerose Lateral Amiotrófica 
(Abrela)


Banco Santander (033)

Agência: 3919

Conta corrente: 130001906

CNPJ: 02.998.423/0001-78

Instituto Paulo Gontijo

Banco HSBC (399)

Agência: 0319
Conta corrente: 0135853

CNPJ: 07.933.457/0001.06
(fonte: Estado de MInas)

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

OUÇA A ENTREVISTA COM ALESSANDRA VALOIS

Confira a entrevista com Alessandra Valois,  fundadora e diretora criativa da marca AVEC AV -  empresa que valoriza a inclusão na moda feminina, ao nosso programa "Inclusão e Eficiência Especial"  OUÇA AQUI



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Triste ironia: criador do desafio do balde de gelo morre afogado


Nos últimos dias você deve ter visto diversos empresários e celebridades participando do Ice Bucket Challenge. A brincadeira consiste em despejar sobre si mesmo um balde de água com gelo, como forma de divulgar uma campanha de combate à esclerose lateral amiotrófica (ELA). Todos os participantes também doaram para a campanha, que já arrecadou mais de US$ 15 milhões.
Porém, o que poucos sabem é que tudo isso começou com Corey Griffin,27 anos,  que teve a ideia da campanha depois que um de seus amigos, Pete Frates, foi diagnosticado com a doença. A triste ironia do destino é que no último final de semana Griffin foi fazer um mergulho e acabou morrendo afogado.
Segundo informações do resgate, ele ainda teria voltado à superfície antes de afogar. Um salva-vidas, que estava no local, conta que resgatou Griffin ainda vivo e inconsciente, mas infelizmente ele chegou sem vida ao hospital. De acordo com o jornal Boston Globe, antes de sua morte o jovem de 27 anos estava orgulhoso da repercussão que a campanha havia alcançado.
Sobre sua morte, Anthony Aiello, um de seus amigos de infância, declarou: "Nunca o vi tão feliz como nesses últimos dias. Corey estava sempre feliz, e isso era fácil de ver, mas nas últimas duas semanas ele disse à família que tudo estava perfeito. Eu diria que foram as melhores semanas da vida dele".


FONTe:G1/F5

OUÇA A ENTREVISTA COM MARCEL SOUZA - RUGBY CADEIRA DE RODAS

Confira a entrevista com  o atleta de rugby em cadeira de rodas e presidente da  Associação Esportiva Minas Gerais Quad Rugby, Marcel Souza OUÇA AQUI


terça-feira, 12 de agosto de 2014

VI Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência

(descrição da imagem:  o convite, com fundo verde claro, tem na parte superior o título e a logomarca do evento, composta por um globo terrestre verde, com várias linhas brancas interligadas em pequenas esferas, e uma haste que sai do globo e aponta para cima com uma bolinha na ponta, assemelhando-se a um headset)


"Acessibilidade e Mobilidade Urbana", este é o tema do VI Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, evento anual que busca, desde sua primeira edição, em 2009, fomentar a aplicação da tecnologia em todos os setores da sociedade, buscando viabilizar soluções inovadoras que melhorem a vida das pessoas com deficiência e beneficiem a sociedade como um todo.

Realizado no âmbito da Reabilitação – Feira + Fórum 2014, no Palácio de Convenções do Anhembi, de 13 a 15 de agosto, o evento tem por objetivo, este ano, trazer um panorama das principais questões referentes à mobilidade urbana, tema que se tornou prioritário no país com a vigência da "Política Nacional de Mobilidade Urbana", a qual traz como uma de suas diretrizes a acessibilidade universal, demonstrando a importância de se observar as normas e diretrizes de acessibilidade nos projetos e programas que visem o aperfeiçoamento da infraestrutura urbana.

Será um importante espaço para o debate sobre políticas públicas municipais de acessibilidade, boas práticas de referência para o redesenho do espaço urbano e aprimoramento dos sistemas de transporte, bem como para a discussão das potencialidades dos novos recursos tecnológicos, principalmente dos dispositivos móveis e seus aplicativos, na gestão e utilização dos meios de locomoção.

Estarão reunidos especialistas em acessibilidade e mobilidade, gestores públicos municipais, acadêmicos, imprensa, sociedade civil organizada, empresas de tecnologia de diferentes setores, bem como pesquisadores de grandes centros de pesquisa nacionais que apresentarão, na Exposição de Inovação em Tecnologia Assistiva, protótipos e produtos que visem aprimorar a mobilidade das pessoas com deficiência no ambiente urbano.

CONFIRA OS EVENTOS PARALELOS: 

13 a 15 de AGOSTO–  FEIRA DE REABILITAÇÃO www.reabilitacao.com/forum-profissional 


13 A 15 DE AGOSTO– ESTUDOS SOBRE DEFICIÊNCIA www.memorialdainclusao.sp.gov.br/estudossobredeficiencia

13 A 15 DE AGOSTO– FÓRUM DE REABILITAÇÃO redelucymontoro.org.br/forumreabilitacao

15 de AGOSTO – FÓRUM DE MODA INCLUSIVA forumdemodainclcusiva.sepdcd.sp.gov.br

13 A 15 DE AGOSTO– BIOROB-CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ROBÓTICA
www.biorob2014.org

COLUNA DO BERNARDO FRÓES - AGOSTO 2014


A coluna mensal do jornalista Bernardo Fróes para o nosso "Eficiência Especial" traz o tema "tetraplégicos".

BOA LEITURA: CLIQUE AQUI

OUÇA A ENTREVISTA COM CRISTIANO CHEYNE

Confira  a entrevista com o DJ, produtor de eventos e  professor de DJ em cursos inclusivos, Cristiano Cheyne, ao nosso programa "Inclusão e Eficiência Especial, na Rádio Inconfidência. OUÇA AQUI

segunda-feira, 28 de julho de 2014

OUÇA A ENTREVISTA COM LUÍS CONCENTINO


Confira a entrevista do advogado Luís Concentino (foto), vice-presidente da DONEM  - Associação dos Amigos e Familiares dos Portadores de Doença Neuromuscular, ao nosso programa "Inclusão e Eficiência Especial", que vai ao ar pela Rádio Inconfidência.

XI Ciclo de Debates, Oficinas e Mostra de trabalhos sobre Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais

Formação de professores: articulação política, teoria e prática para a inclusão escolar.

09 a 11 de setembro de 2014


O Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais╠GEINE╣ promove o XI Ciclo de Debates, Oficinas e Mostra de Trabalhos, visando aprofundar a reflexão sobre processos educativos e práticas pedagógicas que contribuem para tornar a escola uma instituição acessível ao público alvo da Educação Especial.
Abrir o debate sobre essa temática significa levantar questões relativas à inclusão escolar e profissional de pessoas com deficiências através do diálogo e articulação com projetos de professores, técnicos e estudantes nos diversos campos de conhecimento.

 Objetivo do evento

Refletir sobre a política, teoria e processos educativos que contribuem para tornar a escola uma instituição inclusiva ao público alvo da Educação Especial.

 Eixos temáticos

  • Política da Educação Especial no Brasil;
  • Processos educativos para inclusão do público alvo da Educação Especial;
  • Tecnologias e recursos pedagógicos assistivos;
  • Avaliação da Aprendizagem na escola comum da Educação Básica.

 Local

Faculdade de Educação da UFMG 
Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha
Belo Horizonte / Minas Gerais

 Público-alvo

Comunidade Acadêmica, profissionais da área da Educação e demais pessoas interessadas.
Clique no dia desejado para visualizar a programação:
08:00 às 12:00 - Credenciamento
09:00 às 12:00 - Fixação dos pôsteres
12:00 às 13:30 - Almoço
13:30 às 14:00 - Abertura
  • Profª. Drª. Benigna Maria de Oliveira - Pró-Reitora de Extensão da UFMG
  • Prof. Dr. Ricardo Hiroshi C. Takahashi - Pró-Reitor de Graduação da UFMG
  • Profª. Drª. Juliane Corrêa - Diretora da Faculdade de Educação - FaE/UFMG
  • Profª. Drª. Regina Célia Passos Ribeiro de Campos - Coordenadora do GEINE /FaE/UFMG
14:00 às 17:00 - Conferência
TEMA Panorama da pesquisa acerca da política de Educação Especial no Brasil: o Observatório Nacional de Educação Especial (ONEESP).
  • Profa. Dra. Enicéia Gonçalves Mendes – Coordenadora do Observatório Nacional de Educação Especial - ONEESP, Programa de Pós-Graduação em Educação Especial – PPGEE /UFSCAR
  • Coordenação: Profa. Dra. Regina Célia Campos GEINE/FaE/UFMG
17:00 às 18:00 - Coffee-break
18:00 às 19:00 - Avaliação dos pôsteres
19:00 às 22:00 - Mostra de trabalhos
TEMA Idéias Inovadoras: objetos de aprendizagem, recursos didáticos, Tecnologias Assistivas para inclusão escolar.
Público-alvo Estudantes; professores da Educação Básica.

VI Seminário Mineiro sobre Autismo



Dia: 30/08/2014
Horário: 08h às 17h
Local: PUC - Coração Eucarístico - Auditório João Paulo II -  Rua Dom José Gaspar, 500 - Coração Eucarístico, Belo Horizonte - MG (como chegar) 
E-mail: contato@creativeideias.com.br
Telefone: (21) 2577 8691 | (21) 3025 2345 | (21) 98832 6047 (oi) | (21) 98189 1109 (Tim)

PÚBLICO ALVO:
Familiares, Mediadores (Estagiários, Monitores e/ou Facilitadores), Professores, Psicólogos, Psicopedagogos, Fonoaudiólogos, Pedagogos, Terapeuta Ocupacional,  Fisioterapeutas, Educador Físico, Estudantes de Graduação e/ou Pós e demais interessados no assunto, além de profissionais das áreas de educação e saúde.


CRONOGRAMA (sujeito a alterações):

8h às 9h - Credenciamento
9h às 11h - Palestra
11h às 11h10 - Intervalo
11h10 às 12h30 - Palestra
12h30 às 14h - Almoço Livre
14h às 15h30 - Palestra
15h30 às 15h40 - Intervalo
15h40 às 18h - Palestra
18h - Encerramento e entrega de certificado.


PROGRAMAÇÃO:

Mediação Escolar de Alunos Autistas
Emanoele Freitas - Mediadora Escolar; Presidente da AAPA (Associação de Apoio a Pessoa Autista) e do COMUDE (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Nova Iguaçu).

PECS (Sistema de Comunicação por troca de figuras)
Soraia Vieira - Fonoaudióloga certificada pelo RCSLT (Royal College of Speech and Language Therapy, Reino Unido) e CRFA (Conselho Regional de Fonoaudiologia, Brasil). Ela tem uma sólida experiência de trabalho com crianças e adultos com ampla gama de dificuldades de comunicação por razões variadas: físicas, mentais, sociais e emocionais. Mestrado em Estudos Lingüísticos da Universidade de Londres; Curso Avançado de Autismo Credenciado pela Universidade de Cambridge em 2002. Soraia trabalhou no Brasil como Fonoaudióloga e depois mudou-se para a Inglaterra onde trabalhou inicialmente na área de Autismo em uma escola especial por cerca de 2 anos. Em seguida, Soraia trabalhou como Fonoaudióloga para o Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra por 8 anos. Sua última posição foi de Fonoaudióloga Especialista (Highly Specialist Speech and Language Therapist) trabalhando com alunos de idade entre 2 e 19 anos tanto nas escolas regulares como especiais.

Tablet + Autismo
Paiva Junior - Jornalista (graduado pela PUC-Campinas), Pós-graduado em Jornalismo e Segmentação Editorial (também pela PUC-Campinas), Editor-chefe da Revista Autismo — publicação que criou junto com o publicitário Martim Fanucchi, editor de Arte, em abril de 2010. A respeito de autismo, é a única revista periódica da América Latina e a única no mundo em língua portuguesa. Coordenador do aMAIS Atibaia, um grupo de apoio a pais e parentes de autistas da ONG Consciência Solidária, em Atibaia (SP), cidade onde moro. Autor do livro “Autismo — Não espere, aja logo!“, publicado pela M.Book em 2012.

Um Dia Especial - Exibição do documentário
Yuri Amorim - Um premiado documentário que mostra o impacto da chegada de uma criança especial na vida de uma família, a partir dos reveladores depoimentos de um grupo de dez mães.

INVESTIMENTO (para pagamento até a data limite e mediante a lotação do auditório):


• ATÉ 31/07/14 - de R$ 120,00 por:

R$ 80,00 - individual (cartão) em até 3x sem juros

R$ 70,00 - individual (depósito)
R$ 60,00 - por inscrito (depósito) - grupo a partir de 4 pessoas

• APÓS 31/07/14:

R$ 90,00 - individual (cartão) em até 3x sem juros

R$ 80,00 - individual (depósito)
R$ 70,00 - por inscrito (depósito) - grupo a partir de 4 pessoas


terça-feira, 22 de julho de 2014

OUÇA ENTREVISTA COM KÁTIA FERRAZ SOBRE O SEMINÁRIO "CONVIVENDO COM A DIFERENÇA PARA FAZER DIFERENTE"

Katia Ferraz (foto), presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CONPED, falou ao nosso "Inclusão e Eficiência Especial" sobre o 
Seminário “Convivendo com a diferença para fazer diferente”,  que acontece em Belo Horizonte no  dia 21 de agosto, das 08 as 18h.

Deficientes Físicos: entra em vigor lei para facilitar acesso a agências bancárias em MG

Sancionada nesse sábado (19), legislação obriga bancos a oferecer caixas eletrônicos adequados, conforme parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas

Agências e postos bancários de Minas Gerais precisam adequar as formas de acesso para atender a deficientes físicos, conforme lei sancionada nesse sábado (19).
lei 21.423/14 é resultado do projeto da ex-deputada Ana Maria Resende (PSDB), e acrescenta o inciso XIII ao artigo 3º da Lei 11.666, de 1994, que estabelece normas para facilitar o acesso das pessoas com deficiência aos edifícios de uso público.
Assim, para serem consideradas acessíveis pelos novos critérios, as agências bancárias terão que oferecer caixas eletrônicos adequados à utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, conforme os parâmetros estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Estações do metrô
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que gerencia o metrô em Belo Horizonte, informou que, atualmente, trabalha na adequação de 11 estações para garantir o acesso de deficientes físicos, a um custo aproximado de R$ 2 milhões. De acordo com a CBTU, sete estações já possuem atendem às especificações da ABNT.
As estações Santa Inês, José Cândido da Silveira, Minas Shopping, São Gabriel, Primeiro de Maio, Waldomiro Lobo e Floramar estão em obras, a um custo total de de R$ 1,8 milhão. Já as estações Lagoinha, Calafate, Gameleira e Cidade Industrial somam um investimento de R$ 213 mil para a elaboração dos projetos executivos de acessibilidade.
Piso podotátil será instalado em todos os acessos, plataformas e saguões das estações. Escadas e rampas receberão novos corrimãos para dar mais segurança aos deslocamentos dos usuários. Todas as estações também passarão a contar com banheiros acessíveis, destinados aos passageiros do sistema, além de sinalização indicativa dos degraus nas escadas. As bilheterias e as salas operacionais também serão adaptadas.

(fonte: ALMG e CBTU)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

COMO O AUTISMO AJUDOU MESSI A SE TORNAR O MELHOR DO MUNDO

Os sintomas da Síndrome de Asperger trabalharam a seu favor.






(descrição foto: Messi: chuteira de ouro 2014 - Copa do Mundo)
Messi é autista. Ele foi diagnosticado aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, com a Síndrome de Asperger, conhecida como uma forma branda de autismo. Ainda que o diagnóstico do atleta tenha sido pouco divulgado e questionado, como uma maneira de protegê-lo, o fato é que seu comportamento dentro e fora de campo são reveladores.
Ter síndrome de Asperger não é nenhum demérito. São pessoas, em geral do sexo masculino, que apresentam dificuldades de socialização, atos motores repetitivos e interesses muito estranhos. Popularmente, a síndrome é conhecida como uma fábrica de gênios. É o caso de Messi.
É possível identificar, pela experiência, como o autismo revela-se no seu comportamento em campo — nas jogadas, nos dribles, na movimentação, no chute. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”, diz Nilton Vitulli, pai de um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ong Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde, que reúne pais e familiares de “aspergianos”.
“O Messi sempre faz os mesmos movimentos: quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, diz Vitulli, que jogou futebol e quase se profissionalizou. E explica que, graças à memória descomunal que os autistas têm, Messi provavelmente deve conhecer todos os movimentos que podem ocorrer, por exemplo, na hora de finalizar em gol. “É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando ele entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está  aliviado”.
A qualidade do chute, extraordinária em Messi, e a habilidade de manter a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, são provavelmente, segundo Vitulli, também padrões de repetição, aliados, claro, à grande habilidade do jogador. Ele compara o comportamento de Messi a um célebre surfista havaiano, Clay Marzo, também diagnosticado com a síndrome de Asperger. “É um surfista extraordinário. E é possível perceber características de autista quando ele está numa onda. Assim, como o Messi, ele é perfeito, como se ele soubesse exatamente o comportamento da onda e apenas repetisse um padrão”. Mas autistas, segundo Vitulli, não são criativos, apenas repetem o que sabem fazer. “Cristiano Ronaldo e Neymar criam muito mais. Mas também erram mais”, diz ele.
Autistas podem ser capazes de feitos impressionantes — e o filme Rain Man, feito em 1988, ilustra isso. Hoje já se sabe, por exemplo, que os físicos Newton e Einstein tinham alguma forma de autismo, assim como Bill Gates.
Também fora de campo, seu comportamento é revelador. Quem já não reparou nas dificuldades de comunicação do jogador, denunciadas em entrevistas coletivas e até em comerciais protagonizados por ele? Ou no seu comportamento arredio em relação a eventos sociais? Para Giselle Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), e mãe de um menino de 10 anos diagnosticado com síndrome de Asperger, foi uma revelação observar certas atitudes de Messi.
“A começar pelas entrevistas: é  visível o quanto aquele ambiente o incomoda. Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo externo”, diz Giselle. Segundo ela, é possível perceber o alto grau de concentração de Messi: “ele sabe exatamente o que quer e tem a mesma objetividade que vejo em meu filho”.
Giselle observou algumas jogadas do argentino e também não teve dúvidas:  “o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos. Em uma jogada, ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado, no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais”.
Segundo Giselle, Messi tem o reconhecido talento de transformar em algo simples o que para todos é grandioso e não vê muito sentido em fama, dinheiro, mulheres, badalação. “Simplesmente faz o que mais sabe e faz bem. O resto seria uma consequência. Outra aspecto que se assemelha muito a meu filho”.
Outra característica dos autistas, segundo ela, é ficarem extremamente frustrados quando perdem, são muito exigentes. “Tudo tem que sair exatamente como se propuseram a fazer, caso contrário, é crise na certa. E normalmente dominam um assunto específico. Ou seja, se Messi é autista e resolveu jogar futebol, a possibilidade de ser o melhor do mundo seria mesmo muito grande”, diz ela.
A ideia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não surpreende, mas encanta. Messi nunca será uma celebridade convencional. Segundo Giselle, ele simplesmente será sempre um profissional que executa a sua profissão da melhor forma que consegue — mas arredio às badalações, às entrevistas e aos eventos.  “Ele precisa e quer que sua condição seja respeitada. Nunca vai se acostumar com o assédio. Sempre terá poucos amigos. E dificilmente saberá o que fazer diante de um batalhão de fotógrafos e fãs gritando ao seu redor. De qualquer modo, certamente a sua contribuição para o mundo será inesquecível”, diz ela.
(fonte: DCM/ Roberto Amado - foto 2014 Messi - chuteira de Ouro)