terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Emprego para pessoas com deficiência ainda é desafio

Governo estadual promove cursos e divulga as vagas em todos os Sines

Descrição Imagem: Gessiane Pereira conclui curso de ciência da computação e tem emprego garantido - foto: Douglas Magno)

Empresas enfrentam dificuldades em contratar pessoas com deficiência, na maior parte dos casos, por falta de qualificação adequada para os cargos disponíveis. Por outro lado, pessoas com deficiência enfrentam desafios diários para sair de casa e chegar ao trabalho, diante do despreparo das cidades em recebê-los.

Com tudo isso, das cerca de 4 milhões de pessoas com algum grau de deficiência em Minas Gerais, 45% delas - 1,9 milhão - está empregada. Dessas que trabalham, 400 mil possuem deficiência em um grau considerado grave. Os dados são da Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), que desenvolve programas de capacitação e encaminhamento ao emprego.

"Atualizamos os dados de dois em dois anos. As pessoas com deficiência têm direito a um benefício de um salário mínimo enquanto estão desempregadas. Se perdem o emprego, voltam a receber o benefício, mas é preciso se recadastrar", explica a superintendente de Políticas de Geração de Emprego da Sete, Lígia Lara.

Há vagas. No Centro Estadual de Políticas de Emprego e Renda (Ceper) do bairro Lourdes, em Belo Horizonte (antigo Sine Caade), que funciona como um Sine especializado em captação de vagas para pessoas com deficiência, há vagas não preenchidas há muito tempo. Por exemplo, três vagas para motorista de caminhão, cujo salário é R$ 1.285,20, abertas desde 2010.

Capacitação. Outras, para a área de escritório, também ficam a espera de candidatos que as queiram. A falta de qualificação é um impedimento e, para combatê-la, a Sete tem desenvolvido cursos de capacitação de acordo com a demanda das empresas. A programação é postada no site da secretaria:
www.trabalho.mg.gov.br. E as vagas podem ser consultadas em todos os Sines do Estado.

Além da falta de capacitação, há a luta pessoal que cada um trava consigo mesmo, explica Lígia. "Sair de casa para ir trabalhar é um desafio. Os ônibus não estão preparados, e às vezes nem mesmo as empresas têm as instalações necessárias, ou recebem as pessoas de maneira adequada. Além disso, há os problemas de baixa auto-estima, e por isso, muitos acabam preferindo ficar em casa".
Capacitação
Mercantil do Brasil irá treinar turma para ocupar 50 vagas
O Banco Mercantil do Brasil, cuja sede é em Belo Horizonte, está em busca de soluções para alcançar a cota de 5% de pessoas com deficiência em seu quadro de pessoal. A instituição já tem contratadas no país 100 pessoas nesse perfil, mas ainda faltam 50.

Assim, até o final deste mês será lançado o primeiro curso de qualificação para cargos da rede bancária voltado para pessoas com deficiência. "Será uma parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Prefeitura de Belo Horizonte. O objetivo é qualificar 50 pessoas, sendo que trinta delas serão selecionadas e contratadas pelo Mercantil do Brasil", explica o gerente de capital humano do banco, Márcio Ferreira.

O curso será gratuito e deve durar quatro meses. As aulas serão na Fumec, e assim que a data estiver confirmada, haverá ampla divulgação, feita pelo banco e pela PBH. Ferreira explica que em Belo Horizonte o Mercantil tem cerca de 70 pessoas com deficiência contratadas, atuando em diversos cargos dentro do banco conforme sua formação profissional.

Gessiane Pereira, 35, que está concluindo o curso de ciências da computação na faculdade Pitágoras, é uma das contratadas na área de recursos humanos. "Desde que informei no currículo que tinha deficiência física, começaram a aparecer as oportunidades, e aí, fui à luta". (JH)

(descrição imagem: quadro informativo de vagas em BH. fonte: Centro Estadual de Políticas de  Renda - CEPER)
Comau
Rampas para os corações
A Comau, empresa do Grupo Fiat, promove cursos tanto para as pessoas que entram na empresa e possuem alguma deficiência, quanto para os empregados que lá já estão e precisam saber lidar com os novos colegas.

"Mais que fazer rampas físicas, para que as pessoas tenham acesso aos lugares, é preciso fazer rampas no coração daqueles que irão recebê-los", afirma a gerente de Comunicação da Comau, Tarcísia Ramalho, que é a responsável pelo programa "Inclusão Eficiente". Para quem já é empregado da Comau, o programa realiza dois cursos: a Língua Brasileira de Sinais (Libra), e diversidade. Neste último, as aulas são sobre a importância de saber lidar com as diferenças entre as pessoas, ressaltando a importância da diversidade no ambiente de trabalho.

Tarcísia informa que a Comau contrata pessoas com deficiência através da agência especializada Incluir. Quem se interessar pode ligar para 2571-1525. (JH)
(FONTE:´Jormal O Tempo - Materia especial feita por Janine Horta)
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Secretaria abre consulta pública para Programa Estadual de Atendimento a Pessoa com Deficiência Intelectual, até 24 de marçoA parceria entre nove Secretarias Estaduais visa igualdade e direitos para as pessoas com deficiência intelectual. A sociedade pode participar com propostas.
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, em parceria com outras oito Secretarias Estaduais, coloca em consulta pública os princípios e diretrizes que nortearão o Programa Estadual de Atendimento a Pessoa com Deficiência Intelectual.

O programa visa apresentar diretrizes para garantia de igualdade de direitos e de oportunidades para as pessoas com déficit cognitivo. Conta com a participação das seguintes Secretarias do Governo do Estado de São Paulo: Saúde; Educação; Desenvolvimento e Assistência Social; Emprego e Relações do Trabalho; Esporte, Lazer e Juventude; Cultura;  Justiça e Defesa da Cidadania; Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia; e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Os princípios do programa são inúmeros e buscam o reconhecimento do indivíduo com deficiência como sujeito de direitos, além de garantia de igualdade e de oportunidade às pessoas com deficiência e articulação e integração de programas e serviços efetivos na busca da qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual.

Para que o programa esteja ainda mais alinhado com as necessidades desse público, as Secretarias abrem espaço para que a sociedade encaminhe suas contribuições. O prazo para envio desse subsídio é até 24 de março, somente pelo e-mail consultapublica.pcdi@sp.gov.br .
Findo o prazo, as contribuições serão analisadas para que sejam incorporadas ao Programa.
A íntegra do documento que compõe o Programa está em http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/CONSULTA_PUBLICA_PEDPcDI.pdf
 
Atribuições de cada Secretaria
Cada Secretaria terá um papel importante e distinto neste programa. A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência será a responsável por gerar e disseminar conhecimento sobre a deficiência intelectual, incentivar e promover a realização de Seminários, Encontros, entre outros, que fomente a troca de informações e amplie o conhecimento sobre o tema, além de monitorar a execução do Programa Estadual de Atendimento à Pessoa com Deficiência Intelectual, a ser implantado no Estado.
A área da Saúde ficará responsável por implantar programas e ações voltadas à prevenção desse tipo de deficiência, bem como estabelecer protocolos para seu diagnóstico e definir uma política de atendimento a esses pacientes.
A Secretaria de Educação ficará responsável pela capacitação de profissionais para detectar sinais de atraso no desenvolvimento cognitivo das crianças, bem como garantir estímulo adequado. Além disso, implantará uma Política de Avaliação do Desenvolvimento dos alunos com Deficiência Intelectual incluídos na rede regular de ensino e nas escolas especializadas.
O mapeamento e organização da rede de atenção à pessoa com deficiência intelectual ficarão por cargo da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social. Além disso, ela terá de definir política de atendimento para as pessoas com deficiência intelectual adulta ou idosa e fortalecer a rede de proteção à criança e adolescente com deficiência intelectual no Estado.
A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho incentivará a contratação de pessoas com Deficiência Intelectual no mercado de trabalho e criará estratégias para o financiamento de Programas de Capacitação e Inclusão Profissional voltadas à pessoa com Deficiência Intelectual.
Na área do esporte, a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude incentivará a inclusão da pessoa com deficiência intelectual nos jogos e atividades esportivas de seu calendário, além de fomentar e incentivar a participação dos alunos com deficiência intelectual nas Olimpíadas Escolares.
A Secretaria da Cultura se encarregará de promover a inclusão da pessoa com deficiência intelectual nos equipamentos de cultura do Estado, bem como incentivar a produção artística.
A Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania ficará responsável pela formação dos atores do Sistema de Justiça sobre a Deficiência Intelectual, direitos e paradigmas e pela articulação e mobilização da Rede de Defesa de Direitos, para que haja informações qualificadas sobre a deficiência intelectual.
A disseminação de boas práticas de inclusão e a realização de estudos e pesquisas em favor da prevenção, inclusão e melhora da qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual ficarão por conta da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

Consulta Pública para o Programa Estadual de Atendimento a Pessoa com Deficiência Intelectual
Prazo: 22 de fevereiro a 24 de março de 2013.
Programa:
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/CONSULTA_PUBLICA_PEDPcDI.pdf
Propostas para: consultapublica.pcdi@sp.gov.br
Participe!

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