Nos últimos dois anos, a sociedade brasileira incluiu em sua agenda os temas referentes às pessoas com deficiência e, a partir disso, começa a ficar claro que a inclusão dessa parcela da população é uma questão de cidadania. A avaliação é feita pelo CEO e superintendente geral da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), João Octaviano Machado Neto. “‘É necessário entender que as estruturas de acessibilidade não devem ser encaradas como um favor, uma caridade. Este é um direito garantido a todos pela Constituição”, diz.
(descrição imagem: João Octaviano, superintendente da AACD)
Para João Octaviano, o momento é positivo para o País avançar no setor, mas a sociedade tem a obrigação de respeitar e entender as diferenças, “porque pessoas com deficiência são, acima de tudo, pessoas. Não há coitados”, ressalta.
O superintendente da AACD afirma que, apesar de muitas conquistas, o Brasil ainda está atrasado, principalmente porque o preconceito coloca o deficiente em uma posição obscura, quase invisível. “Pessoas com deficiência têm habilidades que podem ser potencializadas. Um deficiente visual, por exemplo, pode atuar em uma função na qual a sua audição seja um diferencial”, defende Octaviano, citando a compensação dos sentidos, fenômeno comprovado em estudos científicos no qual o cérebro ‘fortalece’ determinado sentido humano para compensar a ausência de outro.
A exemplo de outros cidadãos atuante no setor – veja entrevistas publicadas neste blog - João Octaviano afirma que a legislação brasileira voltada às pessoas com deficiência é completa e abrangente, mas há equívocos na aplicação. “Ninguém se preocupou em capacitar essas pessoas”. Ele cita como bons exemplos os projetos: Viver Sem Limites e Pronatec (veja os vídeos abaixo).
(Fonte: Estadão/Vencer Limites/Luiz Ventura)
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