Rio+20: portadores de necessidades especiais são 4% dos voluntários

  (descrição foto: Rio 20 formou neste sábado os voluntários para o evento que se realiza entre os dias 13 e 22 deste mês )
Foto: Daniel Ramalho/Terra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O secretário nacional de organização da Rio+20, Laudemar Aguiar, lamentou a pouca procura dos portadores de necessidades especiais pelo programa de voluntariado da conferência. Entre os 1.191 selecionados, apenas 50 possuem algum tipo de deficiência.

"É uma taxa bem menor do que a proporção de portadores de necessidades especiais que temos na população brasileira. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 24,5% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. Na Rio+20, esta taxa cai para apenas 4%. Isso mostra o desafio da inclusão que temos pela frente", disse o ministro.
Segundo Aguiar, o Riocentro, palco das principais discussões da conferência, é totalmente acessível aos portadores de necessidades especiais. "Muitas vezes eles nem se inscrevem na seleção imaginando que terão muitos obstáculos. Eles não acreditam que poderão vencê-los, mas os voluntários da Rio+20 vão mostrar que é possível", assegurou.
Um dos poucos voluntários da conferência que tem alguma deficiência é o cadeirante Luiz Cláudio Pontes. Será seu primeiro evento internacional, mas ele já tem experiência em convenções locais. Vai trabalhar no Píer Mauá, no centro do Rio, nos próximos 15 dias.
"Claro que a gente sempre vai ter alguma dificuldade. Para quem tem alguma deficiência, isso faz parte da rotina diária. Mas o Brasil está avançando na questão da acessibilidade. Foi um dos primeiros países a aderir a agenda da Convenção dos Direitos dos Deficientes. Hoje, todo o ônibus que sai das fábricas já é adaptado aos cadeirantes, por exemplo", afirmou Pontes. "Às vezes, falta um pouco de informação para os portadores de necessidades especiais se candidatarem ao voluntariado."
(Fonte: Terra, por Giuliander Carpes)