Clodoaldo Silva tem 31 anos e conheceu a natação como processo de reabilitação no ano de 1996, em Natal. Em 98, ele participou de seu primeiro campeonato brasileiro, onde conquistou nada menos do que três medalhas de ouro. Um ano depois, ele iniciou sua coleção de títulos internacionais para o País. Em 2000, quando disputou sua primeira Paraolimpíada, o nadador abocanhou quatro medalhas, sendo três de prata e uma de bronze.
Antes mesmo de competir nos Jogos de Atenas, o “Tubarão Paraolímpico” surpreendia com sua alta performance. Somente em um Mundial, que ocorreu em 2002, na Argentina, Clodoaldo bateu três recordes: nos 50m, 100m e 200m livre. Depois disso, ele não se cansou de ganhar medalhas e bater seus próprios recordes em todas as vezes que entrou nas piscinas para competir.
Na Paraolimpíada de Atenas, em 2004, o atleta conquistou seis medalhas de ouro e uma de prata nas oito provas em que disputou. Com isso, Clodoaldo Silva entrou para a história da natação paraolímpica brasileira como o maior medalhista da modalidade. Também entrou para a história do esporte paraolímpico nacional por conquistar, em uma única edição paraolímpica, seis medalhas de ouro, uma medalha de prata, quatro recordes mundiais, cinco paraolímpicos e 11 parapan-americanos.
Na história do esporte paraolímpico mundial, seu nome foi escrito com a terceira colocação em qualidade de medalhas ganhas, entre os cerca de 4000 atletas que competiram na Grécia. Se o brasileiro fosse um país, ele ficaria na 24ª posição no quadro geral de medalhas e a frente de potências como Holanda e Itália.
Em 2005 ele continuou brilhando. Das competições que participou no ano o atleta conquistou nada menos do que 47 medalhas de oito competições nacionais e três internacionais. Destas, 40 de ouro, 5 de prata e 2 de bronze. Clodoaldo também bateu o seu próprio recorde mundial nos 50m livre na Inglaterra, quando nadou na I Copa do Mundo Paraolímpica.
Somente no primeiro semestre de 2006, Clodoaldo abocanhou 25 medalhas em três competições internacionais e uma nacional, sendo 22 de ouro e três de prata. Ele bateu o seu próprio recorde mundial nos 100m livre duas vezes e também nos 50m borboleta.
Hoje, Clodoaldo é reconhecido como ídolo no Brasil e no mundo. Prova disso foi a indicação para o Oscar Mundial do Esporte, em 2005, no entanto, o principal título de sua carreira não veio dessa cerimônia, mas do evento do Comitê Paraolímpico Internacional, que honrou o atleta com o troféu de melhor paraolímpico do mundo.
No final deste mesmo ano, o Comitê Olímpico Brasileiro concedeu a Clodoaldo o Troféu Hors Concours, que é a maior honraria do Prêmio Brasil Olímpico. Somente o paraolímpico e mais dois jogadores de futebol o Ronaldo, fenômeno, e Ronaldinho Gaúcho, são os únicos a serem premiados com o título.
Entre as últimas homenagens concedidas a Clodoaldo estão o título para exercer o papel de embaixador do Pan e Parapan-americano 2007 pelo Sistema da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e escolha pela Soberana Ordem do Mérito do Empreendedor Juscelino Kubitschek como personalidade esportiva de 2006.
Além de ser um devorador de títulos, o nadador é um exemplo de vida. O atleta teve paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, o que afetou os movimentos das pernas e lhe trouxe uma pequena falta de coordenação motora. Para o futuro, ele sonha em estudar psicologia e se especializar em psicologia do esporte. Além de atender muitas crianças e adolescentes no Instituto Clodoaldo Silva. Conheça: http://www.clodoaldosilva.com.br/
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