quinta-feira, 2 de agosto de 2012

EQUOTERAPIA SERÁ RETOMADA NA CAVALARIA ALFERES TIRADENTES


O Centro Estadual de Equoterapia, da Secretaria Estadual de Educação Cultura e Desporto (Secd) em parceria com a Polícia Militar, deve retomar as atividades no início de agosto. O programa, que trabalha pautado no tripé saúde, educação e social com pessoas portadoras de necessidades especiais, foi paralisado há quase dois meses, por ser necessário passar por uma re-estruturação recomendada pela Ande Brasil Associação Nacional de Equoterapia.
A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiências e/ou com necessidades especiais. O efeito do movimento tridimensional do dorso do cavalo torna-o um instrumento terapêutico facilitador do processo ensino-aprendizagem, inserção ou reinserção social.
Existente há oito anos, o centro atendia em média 100 praticantes com idade a partir de dois anos. As sessões duram 30 minutos e são realizadas uma vez por semana. Cerca de 20 professores, três psicólogas, três fonoaudiólogos e cinco fisioterapeutas trabalham no Centro, localizado no Parque de Exposições Agropecuária Monte Cristo, na saída para a Venezuela.
De acordo com a diretora do centro, Marilza Alves Pequenino, os praticantes são encaminhados para o programa após indicação médica, na maioria das vezes médicos neurologistas. “As crianças atendidas no centro são encaminhadas pelo SUS [Sistema de Único de Saúde] e de escolas públicas”, destacou.
Dentre os benefícios da equoterapia, a diretora destacou a melhora do equilíbrio e postura; estímulo a sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa; reorganização e conscientização do corpo; aumento da autoestima facilitando a integração social; desenvolvimento da coordenação motora fina; dentre outros.
INDICAÇÃO – As sessões são indicadas para pessoas com atraso mental, paralisia cerebral, Acidente Vascular Cerebral (AVC), altistas, hanseníase, distúrbio de aprendizagem e comportamental, problemas ortopédicos, estresse e pessoas com lesões medulares. “As crianças e adolescentes ficam mais relaxados, se moldam aos cavalos, os estímulos fazem parte do tratamento”, disse.
Marilza Pequenino destacou ainda que os pais das crianças da equoterapia revelam diariamente os progressos. Ela ressaltou que os praticantes devem agregar ao tratamento outros recursos médicos. “Nós vemos as pessoas apenas uma vez por semana, mas os pais são os que mais presenciam as melhoras. Algumas crianças com problemas no dorso logo começam a firmar a coluna”, disse.
Profissionais irão se capacitar
Desde o início do ano, o programa trabalhava apenas com um turno, devido à falta de profissionais capacitados para suprir o desligamento de um fisioterapeuta. Desta forma, criou-se uma lista de espera, com mais de 50 nomes. Com falta de investimentos, a diretoria do centro não viu outra saída a não ser paralisar as atividades até que a situação fosse revertida.
Sendo assim, a equipe irá passar por um curso básico de equoterapia e capacitação específica, de 3 a 7 de agosto, com profissionais de Brasília. Além disso, uma professora e dois profissionais de educação física irão para Brasília, no final deste mês, participar de um curso de equitação.
Após a re-estruturação do centro e criação de um regimento próprio, os praticantes do tratamento deverão permanecer de dois a três anos no projeto, de acordo com as recomendações médicas. “Como os objetivos são individuais, cada caso será analisado”, disse.
Cavalos são dóceis e tranquilos
Os quatro cavalos usados no Centro Estadual de Equoterapia são tratados e cuidados pelo 1º Esquadrão Individual de Polícia Montada (Cavalaria). Alguns animais foram doados e outros remanejados do policiamento por apresentaram comportamento dócil, ideal para equoterapia. Dois policiais, condutores, puxam o cavalo durante as sessões.
Ao retornarem às atividades, em agosto, o comandante da Cavalaria, capitão Raimundo Humberto Damasceno, disse que disponibilizará dois militares que acabaram de concluir cursos de equitação.   “Não temos muitos policiais para disponibilizar, mas damos os cuidados veterinários, disponibilizamos as baias e toda a estrutura para os cavalos”, disse.
O comandante destacou que não é qualquer cavalo que pode ser utilizado na equoterapia. Os animais não podem ser altos, pois pode atrapalhar o andamento dos trabalhos. Até mesmo as selas e mantas que se jogam sobre os cavalos devem ser adequadas para o tratamento. “Alguns cavalos se tornam o xodó das crianças, como o Ligeiro, muito dócil, anda bem”, ressaltou.
Cada cavalo faz por dia de três a quatro sessões. Como estão sem atividades por algum tempo, os animais estão engordando. Para que eles possam voltar às sessões, o capitão Humberto esclareceu que eles deverão passar novamente por uma fase de adaptação.
(fonte:  Folha Boa Vista, por Wenya Alecrim)

NOTAS EFICIÊNCIA ESPECIAL:
O TRATAMENTO ATENDE A CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS. OS INTERESSADOS DEVEM PROCURAR A SEDE DO CERCAT: Rua Platina, 580 - Prado - BH - MG, para inscrever o paciente, que será submetido a análise médica.

NOVIDADE: a partir deste semestre, os  parentes dos portadores de deficiência passam a ter acompanhamento psicológico e treinamento para atuar de forma específica com eles, como forma de potencializar o tratamento.
* felizes com a noticia. quando tomamos conhecimento do fato, encaminhei a questão ao vereador Leonardo Mattos, que afirmou ter feito contato com as duas entidades relacionadas, para a providência devida ao retorno. O estudo de audiência pública, nesta referência, também foi imediatamente considerado. O importante é que as crianças que já iniciaram a equoterapia no local, tenham a continuidade possível e necessária. Melhor ainda que o benefício possa se estender.

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