(descrição foto: imagem de 2 pessoas com deficiencia fisica, cadeirante, protese perna esquerda)

A cada dia, 500 brasileiros tornam-se pessoas com deficiência (PcD). Hoje esse grupo já chega a 45,6 milhões, ou 23,9% dos habitantes do País, segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atendendo a esta população, o setor de produtos e serviços para pessoas com deficiência movimentou cerca de R$ 3,5 bilhões em 2011, tendo quintuplicado seu faturamento em dez anos. Em 2012, a expectativa de crescimento é de ao menos 20%, impulsionados pelo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, lançado em novembro de 2011 pelo governo federal. “Este é um mercado muito novo, porque o Brasil nunca teve guerra, que é um fato gerador de deficiência”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), Rodrigo Rosso.
De acordo com ele, por muitos anos a PcD não era considerada consumidora por não ter renda própria. Isso mudou há cerca de oito anos, quando a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (Lei 8.213/1991) se efetivou na prática, estipulando que de 2% a 5% do quadro das empresas devem ser ocupados por essas pessoas. “Quando elas passaram a receber salário, começaram a ser reconhecidas como agentes econômicos”, conta Rosso.
Entre indústrias e prestadores de serviços, cerca de sete mil empresas compõem o setor, e em sua maioria são pequenas e médias. “Indústria e serviços atuam muito próximos, pois o fabricante faz um produto padronizado, que muitas vezes é adaptado pela prestadora de serviços à necessidade de cada um”, diz o presidente da Abridef, citando o exemplo dos automóveis adaptados, dos quais cerca de 30 mil são vendidos anualmente.
(fonte: DCI)