segunda-feira, 23 de março de 2015

Superação por meio da bocha


Atleta, que se diz mais feliz na cadeira de rodas, 

sonha com o terceiro título nos Jogos do Rio 2016




A vida pode apresentar obstáculos difíceis de serem vencidos. Algumas pessoas não conseguem se reerguer. Outras, assimilam o golpe e criam forças para seguir em frente, acreditando na premissa: “Porque a gente cai? Para aprender a levantar”. Dirceu José Pinto aprendeu e levantou. Alçou voos maiores e conquistou muito mais do que poderia imaginar. Além de realizar o sonho de infância de representar o Brasil, ele é bicampeão paralímpico de bocha adaptada e se tornou um exemplo de vida a ser seguido.
Dirceu vai representar o Brasil na 
Paraolimpíada do Rio de Janeiro em 2016

A história dramática do menino de 12 anos, diagnosticado com uma doença degenerativa que enfraquece a musculatura do corpo até perder a mobilidade, ainda não terminou, se transformou em um enredo feliz e com muitas outras coisas boas para se viver. A melhor delas, ele espera que seja se tornar tricampeão paralímpico, em casa, recebendo todo o calor do povo brasileiro.
 vida “normal” do garotinho de Francisco Morato (SP) começou a mudar quando ele recebeu o diagnóstico de Distrofia Muscular de Cinturas, que foi reduzindo seus movimentos até ele sair de casa apenas para as sessões de fisioterapia. “A distrofia tirou as minhas forças e eu fui ficando fraco para a natação, que eles me indicaram como tratamento. A distrofia ia avançando e eu pensava que minha vida tinha acabado”, lembra.
E foi no momento mais difícil da vida, que Dirceu se redescobriu. Uma atividade que via de longe e considerava inútil, transformou a sua realidade. “Eu brinco com o Ronaldo (primeiro treinador) até hoje. Sempre que eu ia no clube fazer fisioterapia, eu o via com aqueles cadeirantes jogando umas bolinhas e achava que eles estavam perdendo tempo. O Ronaldo me chamou pra conhecer a modalidade e eu fui por educação. Não ia voltar mais. Ele me apresentou a bocha adaptada. Joguei algumas bolinhas e foi uma paixão que mudou a minha vida”, conta.
Após três meses de treino e duas medalhas de ouro, conquistadas em um torneio no Rio de Janeiro, Dirceu “levou” uma ducha de água fria quando foi considerado inelegível na bocha por causa da força que ainda tinha. “Eu conseguia levantar os braços por cima da cabeça, tinha um pouco mais de movimento com a perna e um pouco de força no abdômen”, disse.
Inapto por dois anos, Dirceu só voltou após o avanço da doença e sua queda de mobilidade. Com apenas um ano de preparação, ele conseguiu o que parecia ser impossível. “Eu conseguiu ganhar uma vaga para a Paralimpíada de Pequim, na China. Só que eu era o último do ranking mundial. Treinei manhã, tarde e noite para não fazer feio. E para a minha surpresa, veio a medalha de ouro no individual”, comemorou.
“Minha vida na cadeira de rodas é mais feliz e melhor do que quando andava. Eu sentia muitas dores e ficava só em casa. Hoje, vou pra todos os lugares sozinho.”
Entenda
Patologia. A Distrofia Muscular de Cinturas (DMC) faz com que os músculos da cintura escapular (região dos ombros e dos braços) e da cintura pélvica (região dos quadris e coxas) sejam atingidos, levando à fraqueza muscular progressiva. Os sintomas se iniciam com fraqueza nas pernas, dificuldades para subir escadas e se levantar de cadeiras. Após um período, que pode ser bem prolongado, apresentam-se os sintomas nos ombros e braços, como dificuldade para erguer objetos.
FONTE: O TEMPO

Vídeo tocante mostra irmãs cegas enxergando o mundo pela primeira vez

Na Índia e em outros países subdesenvolvidos, a cegueira é uma epidemia – desde crianças recém nascidas a pessoas com 80 anos, todos podem, de repente, contrair o problema.
Em especial, as irmãs indianas Sonia e Anita, de 12 e 6 anos, nasceram sem visão também, e o caso de cegueira delas poderia ser resolvido com uma cirurgia que dura 15 minutos. Trata-se uma técnica que restaura a visão, mesmo que a pessoa tenha nascido cega e o procedimento é simples: o cristalino do paciente é removido e reposto com lentes artificiais que custam 2 dólares. Ao todo, a intervenção custa 300 dólares.
Quem faz todo esse trabalho é a ONG 20/20/20, especialista nesse tipo de procedimento, que devolveu a visão às irmãs Sonia e Anita e a muitas outras pessoas, em mais de 40 países. A cegueira nesses países com comunidade rurais e mais afastadas dos centros urbanos causa dor e sofrimento, pois a pessoa que fica cega não pode continuar seu plantio (normalmente, a única fonte de renda), as mulheres perdem seus maridos e todas as chances de ter uma vida digna.
No vídeo abaixo feito pela ONG, é mostrado o acompanhamento das irmãs nas suas vidas antes da cirurgia, o pré-operatório, e finalmente a remoção das bandagens. O que se segue é arrebatador, com as duas a conseguir enxergar o mundo pela primeira vez. Vale a pena ver:

quarta-feira, 18 de março de 2015

OUÇA ENTREVISTA COM LEONARDO GONTIJO SOBRE A 3ª CAMINHADA UP & DOWN

Confira a entrevista de Leonardo Gontijo, idealizador do Projeto Mano Down, ao nosso Programa Inclusão Eficiência Especial. Na pauta, a 3ª Caminhada UP & Down, realizada em celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down, realizada em BH OUÇA AQUI


*Nosso Eficiência Especial é parceiro na realização deste evento.

terça-feira, 3 de março de 2015

COPA BRASIL DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

















Em guarda? Esta é a pergunta do árbitro aos atletas que empunham suas armas durante os combates de Esgrima em Cadeira de Rodas.
Desde os primeiros Jogos Paralímpicos em Roma 1960 esta pergunta já podia ser ouvida - e respondida com um olhar fixo no adversário.
No Brasil o esporte se desenvolveu rapidamente nos últimos anos, com um ponto fora da curva: o campeão paralímpico em Londres 2012 Jovane Guissone.
Em Belo Horizonte, desde fevereiro de 2011 um grupo se dedica a aprender, treinar e jogar a esgrima convencional adaptada para cadeira de rodas. Na verdade, um dos esportes que sofre menos variações de regras: as armas são as mesmas, o material de proteção como máscaras e roupas idênticos à esgrima de andantes. Também para o tempo de combate, placar, regras de classificação e eliminação.
A capital mineira receberá pela terceira vez consecutiva um evento nacional organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro - o único do calendário 2015 do CPB em Belo Horizonte.
Paratletas de 5 Estados estarão defendendo suas bandeiras: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pará (a confirmar). Homens e mulheres de várias idades e histórias estarão competindo nas armas Espada, Florete e, a novidade de 2015: Sabre! A arma fará seu debut em BH na modalidade apresentação.
Ao todo são esperados mais de 50 paratletas, que competirão individualmente em mais de 80 (oitenta!) combate diários na sexta-feira e sábado. No domingo haverá competição por equipes.
O mineiro André Vasconcelos papou duas medalhas de ouro na Copa Brasil em BH em 2014, e espera repetir o sucesso: "Estou treinando muito forte e pretendo jogar bem. Estou preparado para fazer meu melhor." Para Márcio Neves a chance de jogar em casa é especial: "Ter a torcida dos amigos é especial.", disse.
Gustavo Reis (multi-paratleta da Esgrima em Cadeira de Rodas, Ciclismo Adaptado, Remo, Tiro e outros) tem melhorado seu desempenho na arma Florete e espera um bom resultado: "Jogar bem e representar bem meu Estado - é isso que quero."
O Técnico e Treinador da Equipe Mineira de Esgrima em Cadeira de Rodas Kleber Castro faz o convite: "Venha assistir ao vivo! Traga suas crianças, familiares, amigos. É importante darmos suporte aos atletas e força ao esporte. Venha se emocionar, curtir, ver a agilidade de cada atleta!"
EVENTO: 8ª Copa Brasil de Esgrima em Cadeira de Rodas 2015 - BH/MG
DATA: 06 A 08 DE MARÇO DE 2015
LOCAL: OURO MINAS HOTEL
HORÁRIO: A PARTIR DAS 09H00MIN; FINAIS A PARTIR DE 17H00MIN; DOMINGO FINAIS 10H30MIN.
SITE: acemg.esp.br http://www.cpb.org.br/i-copa-brasil-de-esgrima-em-cr-2015-…/
INFORMAÇÕES: KLEBER CASTRO (31) 8748.4053
klebercastro@esgrimabtc.com.br capitaokleber@gmail.com
Kleber Castro
Técnico da Equipe Mineira de Esgrima em Cadeira de Rodas
(31) 8748.4053
Esgrima - Barroca Tênis Clube
www.esgrimabtc.com.br
(fonte: AÇÃO COM ESPORTE)

Outro olhar para a vida

Maquiador Marcos Costa ministra cursos para mulheres deficientes visuais. Iniciativa particular, ele exalta sua transformação pessoal e a mudança na autoestima das alunas

Marcos Costa explica que a maior dificuldade das alunas é  pintar os olhos (Arquivo Pessoal/Divulgação)
descrição da imagem: Marcos Costa explica que a maior dificuldade das alunas é pintar os olhos
 
Mulher e maquiagem são praticamente sinônimos. Pelo menos para as vaidosas. Sair de casa e aparecer em público sem pintar o rosto é pecado grave de beleza. O poder da transformação que vem dos pincéis, das cores e texturas é transformador. E pensar que o ato de maquiar nasceu na pré-história até se popularizar e chegar na versão moderna por meio do cinema dos anos 1920 é empolgante. Marcos Costa, maquiador da Natura, profissional disputado nas semanas de moda no Brasil, como a São Paulo Fashion Week , há anos no comando dos desfiles do estilista Ronaldo Fraga, revela um outro lado do seu trabalho: o de levar a maquiagem a quem vivia à margem desse mundo. Desde 2008, por iniciativa própria (não é um projeto corporativo), ouvindo no rádio as dificuldades dos deficientes visuais em lidar numa sociedade despreparada para abraçá-los no dia a dia, decidiu ajudá-los da forma que estava ao seu alcance. O goiano inquieto, criado para ter um olhar para o outro, decidiu dar curso de automaquiagem para pessoas com baixa visão e cegas. “Comecei com minha vizinha, ela chamou as amigas e a história cresceu.”
Até ano passado, Marcos não queria divulgar sua ação, mas foi convencido pela irmã para falar a respeito e chamar a atenção para essas pessoas, atrair novos participantes e outras contribuições e ações. Ele atende turmas na Fundação Dorina Nowill para Cegos em São Paulo e tem alunas que vão até sua casa ou num lugar combinado. “São encontros prazerosos, que me deixam feliz. Às vezes, até esqueço das dificuldades, cobro e dou bronca. Ao longo dos anos, aprendi a lidar com cada uma, foi intuitivo e recompensador.” Ele conta que são alunas de todas as idades e classes. “Elas ficam ansiosas, querem aprender tudo e peço paciência porque eu lhes ensino todos os passos da maquiagem, desde a preparação da pele.” Conhecido pela capacidade de maquiar com os dedos, seu diferencial no mercado, sua habilidade comungou com esse público. “Começo com as mãos, com os dedos, e sinto uma evolução incrível. Só depois de um tempo introduzo o pincel de boca.”

O maquiador revela que a maior dificuldade das alunas é pintar os olhos. “É onde está a sensibilidade. Por isso, o trabalho é redobrado de afeto e carinho. Quem perdeu a visão cedo lida melhor, mas quem deixou de enxergar mais tarde, tem mais barreiras”, mas nada que uma linda maquiagem não ajude a seguir em frente. “Tenho uma aluna que me manda a maquiagem que aprendeu comigo ou fez sozinha por aplicativo. É uma linda arquiteta que me deixa superorgulhoso.” Os encontros, lembra Marcos, fazem um bem danado. “As aulas são gostosas, divertidas, damos boas risadas e os nossos problemas ficam menores. Muitas vezes, a fechadura da porta travada ou um pneu furado se tornam um drama. Hipervalorizamos situações e desconhecemos os verdadeiros obstáculos. Meu olhar para a vida passou a ser outro. Quanto às alunas, acredito que passaram a perceber a vida de outra forma. Além da maquiagem, elas ficaram mais atentas com a imagem, em ter a unha feita e roupas mais arrumadas. Começaram a se cuidar mais.”

BLOG A arquiteta Lucia Helena Florio, de 38 anos, conheceu Marcos na Fundação Dorina, se encantou com ele e pela maquiagem. Inspirada, decidiu criar um blog para ensinar quem tem baixa visão a se maquiar. O endereço entrou no ar em setembro de 2014 e para acessá-lo basta clicar no site www.belezanapontadosdedos.com.br. Ela já postou quatro vídeos. “Preocupo-me em dar dicas com bastante descrição, para que todas possam aprender. Procuro ficar por dento das tendências, mas como também estou aprendendo, comecei com os passos mais simples. Sombras leves, batom mais claro para não aparecer tanto um erro, enfim, cores suaves para que elas possam perder o medo e se jogar.”

Lucia tem baixa visão. Ela conta que aos 8 anos percebeu a brusca perda da visão e foi diagnosticada com a doença de Stargardt, que se manifesta de forma progressiva. Profissional autônoma, ela faz projetos de interiores, consultorias e, agora, está focada no blog. “Fui a Dorina para cursos de mobilidade, do uso da bengala branca, e conheci o Marcos. Entrei para o grupo de maquiagem e tive a ideia do blog. Antes, não dava tanta importância, só me maquiava em ocasiões especiais. Mas me despertei e fiquei apaixonada. Ele nos ensina a quantidade para não exagerarmos com os produtos, já que tudo é ampliado para termos noção. Aprendemos a esfumar a sombra, passar batom com pincel e a usar o blush.” Ela conta que maquiar os olhos é a parte mais sensível, mas aos poucos a insegurança dissipa. “Nosso olho é precioso e quem tem baixa visão que preservá-lo o máximo possível. Por isso, fica com medo dos produtos químicos. Adaptamos, escolhemos o rímel incolor, por exemplo, que é mais suave. Mas aos poucos queremos passar uma sombra brilhante. A partir da maquiagem elevamos a autoestima. Acho que todas as meninas devem se gostar mais. Muitas ficam deprimidas e encolhem, mas é preciso se animar, ter objetivos e vontade de viver. Há dificuldades, mas temos de nos jogar na sociedade, mostrar que podemos, para termos mais chance em tudo na vida e, assim, nos incluir cada vez mais.”
(fonte: Estado de Minas)

ENTREVISTA COM MARTA ALENCAR - TINA, A DESCOLADA

Confira, aqui, o áudio da entrevista realizada com a psicóloga Marta Alencar, idealizadora do Blog e da personagem Tina, a descolada CLIQUE AQUI

(descrição da imagem: Marta Alencar, com a boneca "Tina, a descolada"

Paola Antonini Franca Costa, de 20 anos, publicou um vídeo 
fazendo o uso de sua nova prótese





















(descrição da imagem: Paola Oliveira - foto instagram)

Dois meses depois de ter sido atingida por um carro 
dirigido por uma jovem embriagada na porta de sua casa, 
na avenida Raja Gabáglia, no bairro Luxemburgo, 
na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a modelo 
Paola Antonini Franca Costa, de 20 anos, comemorou
 um passo importante na sua recuperação no último
 fim de semana. Ela publicou neste sábado (28) 
em seu Instagram um vídeo fazendo o uso da prótese
 da perna esquerda.
"Depois de tanto preparo e espera por esse momento,
 pude andar de novo. Ontem (sexta-feira) foi meu segundo
 dia com a prótese provisória. Muito feliz em ver mais uma
 etapa realizada, 2 meses depois do acidente. 
Agora é treinar muito pra jájá conseguir andar 
direitinho, correr...vamo que vamo (sic)!", dizia a legenda do vídeo. 
Em entrevista recente à revista Glamour, a modelo 
afirmou que prefere não saber sobre a motorista que
a atropelou e focar na sua recuperação completando
que não via "a hora de pôr a prótese e voltar a andar!”.
 Paola ainda chegou a afirmar que, após colocar a prótese,
 pretende tocar sua vida normalmente. "Vou usar shorts,
 ir pra balada, postar fotos nas redes sociais e jamais
 esconder minha nova perna. E quero continuar 
minha carreira de modelo", falou. 
Paola e seu namorado foram atropelados no dia 27 
de dezembro de 2014, em frente ao condomínio em 
que ela vive, quando o casal colocava as malas no 
carro para irem até o Rio de Janeiro, onde passariam
 o Ano Novo. O porteiro do condomínio contou à polícia
 que o Fiat 500 atingiu a traseira do Fiat Brava da jovem.
A modelo, que era muito conhecida por ter integrado a
 "Galera Capricho", teve a perna esmagada e foi socorrida
 para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, sendo 
transferida posteriormente para o Hospital Felício Rocho. 
Já o namorado da jovem teve ferimentos leves na perna.
A motorista do carro passou pelo teste do bafômetro, 
que indicou 0,53 mg/l, o que aponta a embriaguez. 
No momento do acidente, ela não portava a carteira 
de motorista. A suspeita, Diandra Lamounier Morais de Melo,
 de 24 anos, foi liberada do Departamento de Trânsito de
 Minas Gerais (Detran-MG) depois de pagar fiança de R$ 1.500. 
(fonte: O Tempo)