sábado, 21 de junho de 2014

DUDA NA LATA

Hoje, encontrei a querida Duda, do blog Duda na Lata! 
Aguardem, em breve estará conosco no programa Inclusão e Eficiencia Especial, 
na Rádio Inconfidência. Enquanto isso visite www.dudanalata.wordpress.com














DUDA, por ela mesma:
"Oi, meu nome é Maria Eduarda Bergamini Concentino, mas como é muito grande me chamem de Duda. Tenho 13 anos mas minha cabeça não é de 13. 15 anos talvez combine mais! Sou portadora da doença Amiotrofia Espinhal tipo 2. Mas pra mim esse fato que parece ser grande, é meio insignificante… Faço tudo o que quero, e sou mais “normal” que muita gente.
Adoro música. Gostaria de ser cantora. Sou consideravelmente afinada, mas minha voz é de taquara rachada…. Falar de música é como falar de amor pra mim. Um sentimento inigualável. Que me faz viajar pra um mundo inacessível pra pessoas sem sentimentos. Por isso eu odeio funk, sertanejo, pagode… Porque não falam de absolutamente NADA.
Como não vou ser cantora, meu plano B que está mais pra A, que é ser jornalista. Esse é meu foco. Letras. Acredito que poucas delas podem fazer uma diferença tamanha pra humanidade. Também quero escrever um livro em breve se minha escola permitir. Nunca vi tanta prova e dever de casa!
Essa sou eu. E meu blog é uma continuação minha. Caso me ache suficientemente “interessante”, é só me seguir. Aposto que no futuro, vai ter orgulho de falar: “eu acompanhei o crescimento dessa menina.”"

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Polícia investiga imagens de cadeirantes que se levantaram durante jogos da Copa

(descrição imagem: supostos cadeirantes - que serão investigados, levantam-se de suas cadeiras, durante jogo na copa)

De um lado, a escassez de ingressos comuns oferecidos pela FIFA. Do outro lado, o grande número de ingressos especiais sobravam nas bilheterias. Os ingressos especiais contemplam deficientes, cadeirantes, obesos, pessoas com mobilidade reduzida, estudantes e idosos. Além do grande número desses ingressos, os mesmos também eram vendidos a preços menores do que os ingressos comuns.
Esta situação acabou gerando uma série de acontecimentos duvidosos dentro do estádio, tais como torcedores com aparência de trinta anos portando ingressos para idosos, carteiras de estudante falsas e até mesmo cadeirantes que se levantavam durante comemorações nas partidas.
A 32º DP Itaquera reuniu cerca de vinte e duas imagens de circuitos internos e dez imagens fornecidas por torcedores que presenciaram as cenas inusitadas e vem investigando o caso desde então.
(fonte: Tabloide BR)
A imagem de uma torcedora de pé diante de sua cadeira de rodas assistindo a partida do Brasil contra o México no Castelão, em Fortaleza, gerou nas redes sociais uma indignação que ficou conhecida como “milagre da Copa”: pessoas estariam se aproveitando dos ingressos para deficientes para poder acompanhar o Mundial. Nesta quinta-feira, o Comitê Organizador Local (COL) negou a existência de fraudes e desafiou qualquer um a mandar fotos de falsos cadeirantes nos estádios da Copa.
De acordo com o COL, as fotos foram tiradas em jogos do Campeonato Brasileiro. Há outras imagens de cadeirantes de pé, uma delas claramente em partida do Flamengo, provavelmente no Maracanã. Na foto que lidera a polêmica, no entanto, as pessoas vestem as cores do Brasil. O estádio em que a cena se passa condiz com o Castelão. Em Fortaleza, a Seleção Brasileira jogou duas vezes, ambas contra o México: na Copa das Confederações, em junho de 2013, quando venceu por 2 a 0, e na Copa do Mundo, na terça, com empate sem gols.
(fonte: Terra)

TEM QUE APURAR!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Família em que 14 pessoas possuem 6 dedos nas mãos organiza festa do hexa


O início da Copa do Mundo reforçou em uma família de Brasília o orgulho por uma característica que a torna bastante peculiar: dos 24 integrantes, 14 nasceram com 6 dedos nas mãos e nos pés. Apaixonados por futebol, eles decidiram organizar uma festa junina embalada pelo torneio na próxima segunda-feira (23), quando a Seleção Brasileira enfrenta Camarões no Estádio Nacional Mané Garrincha. “Nós já somos hexa. O Brasil é que precisa correr atrás de nós”, brinca a aposentada Silvia Santos.
A característica, que a família considera “charmosa”, deve inspirar camisetas para comemorar os jogos do Brasil durante o Mundial. A festa, que acontecerá em um condomínio de Águas Claras, foi batizada de “Arraiá dos Hexas”. Brincalhões, os familiares dizem que os “pentas” do grupo também serão convidados porque representam o número atual de títulos mundiais do Brasil.
A ideia é que todos usem camisetas com estampas bordadas com a figura de uma mão com 6 dedos na tarde da próxima segunda-feira e, de alguma forma, transmitam juntos boas energias para o time de Neymar e cia.
O nome do atacante, no entanto, nem aparece na lista dos jogadores preferidos da família de flamenguistas. As lembranças imediatas e bastante eufóricas são o meia Oscar, o atacante Hulk e o zagueiro David Luiz. “E eu também gosto do Fred, viu?”, confessa a dona de casa Silvana Santos da Silva, mãe de Maria Morena, de 8 anos.







O primeiro da família a apresentar polidactilia (mutação genética que leva uma pessoa a nascer com dedos a mais) foi o patriarca, Francisco de Assis Carvalho da Silva, pai de Silvana. Advogado e músico, ele ajudou a fundar o Clube do Choro de Brasília e sempre viu na situação um motivo de honra. Por causa disso, ganhou o apelido de “Six”. Dos cinco filhos, quatro herdaram a característica.
“A gente encara isso com muita naturalidade, acho que até pela forma como meu pai lidava. Aqui em casa, quem tem 5 dedos é que tem complexo. Funciona ao contrário”, explica Silvia. “Tenho três filhos, e só o mais velho [Eduardo] é que não tem [6 dedos]. Quando levei minha filha [Ana Carolina] para tirar os do pé, porque para colocar sandalinha complicava um pouco, Dudu pediu para guardá-los para colocar na mãozinha dele. Ele tinha 5 anos e se sentia excluído.”
A técnica em programação Ana Carolina lembra que, na infância, chegou a se sentir desconfortável com a característica que tanto agradava ao irmão, depois de ouvir piadinhas de que a mão dela se parecia com a de um extraterrestre. Sem traumas, a jovem hoje se diverte ao ver a cena entre a mãe e o irmão se repetir com o filho do meio, João Pedro, de 5 anos.
“Dos meus três filhos, só o mais velho, Bernardo, nasceu com 6 dedos. Então nosso problema é esse, porque o João [Pedro] sempre quer ter 6, como eu e o Bernardo. Ele vê e quer ser igual a nós”, ri. “Como ele nos pega como referência, acaba usando o dedo do meio para apontar as coisas, quando na verdade nós usamos o que seria nosso indicador.”
Apesar das “excentricidades”, a família garante que o dedo sobressalente não atrapalha nenhuma atividade. A diferença fica mais evidente na hora de posicionar os membros para fazer coisas mais precisas, como escrever – em vez de o lápis e a caneta ficarem entre o polegar o indicador, eles dividem a mão com dois dedos de um lado e quatro do outro.
Para evitar que esses momentos causem constrangimento às crianças, como os ocorridos com Ana Carolina na infância, as mães buscam ajuda nas próprias escolas. Caçula de “Six”, Silvana conta que a filha, Maria Morena, sempre relata que os coleguinhas insistem para ver a mão dela. “Em todo começo de ano, eu aviso a professora que ela tem 6 dedos, mas que consegue fazer tudo normalmente. Ela consegue cortar com tesoura sem dificuldade alguma, consegue escrever. Então, peço que a trate sem diferenças, porque isso não é um problema”, explica.
A pequena Maria Morena sonha em aprender a tocar piano e acredita que pode levar vantagem por ter dedos a mais. “Eu acho bem mais legal ser assim, consigo pegar mais coisas, tenho mais possibilidades”, diz. “Só não gosto quando as pessoas ficam querendo toda hora ver e ficar contando [para os outros]. Eu falo para eles: ‘Vocês têm 5 e eu, 6′. Acho estranho olhar as mãos deles e ver que eles têm menos.”
Também mãe de duas crianças com polidactilia e neta do músico “Six”, a veterinária Mariana Sousa afirma que as conversas com a coordenação da escola dos filhos renderam até um novo método para ensinar as diferenças entre as pessoas. Na sala de Pedro, de 12 anos, já não é mais consenso que todos têm dez dedos nas mãos e nos pés.
“O legal é que a gente viu uma mudança na escola também. A professora do Pedro parou de falar que, juntas, as mãos formam uma dezena, porque para ele não funcionava. Agora, ela diz que há pessoas diferentes – loiras, morenas, ruivas, de olhos azuis, verdes e castanhos – e que isso é assim mesmo, normal”, destaca a veterinária.
Para ela, as crianças dificilmente se sentirão envergonhadas pela condição, já que é considerada natural dentro da família. Mariana afirma ainda que, fora da escola, é difícil as pessoas notarem que ela ou os filhos têm 6 dedos. O mais novo, Arthur, de 1 ano e 5 meses, apresenta a mutação genética apenas nos pés.
Brincalhões, os familiares decidiram juntar as comidas típicas de junho à passagem da seleção brasileira pela cidade para realizar o “Arraiá dos Hexas” e convidar os familiares que são “pentas”.
Vestidos de verde, amarelo e azul, os “hexas” afirmam confiar no desempenho da Seleção ao longo da Copa e se dizem felizes com a realização do evento no Brasil. Eles não ignoram as outras necessidades do país, que pautaram protestos desde junho do ano passado, mas acreditam que seria pior não levar a taça desta vez.
“O gasto já foi gigantesco, e agora não consigo nem imaginar a reação das pessoas se a gente ainda não fosse campeão. Tem mesmo coisa a mudar, mas a gente não pode fechar os olhos para como é bonito isso tudo. Não é legal ver a interação entre tanta gente diferente, uma interação bonita? Você ver que, na porta do estádio, as torcidas se cumprimentam, a rivalidade é só em campo. Ou, então, ver os japoneses limpando o estádio [após perder por 2 a 1 para a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, no Recife, no primeiro dia da Copa], aprender com os outros. É legal sentir esse clima, ver a cidade colorida”, ressalta a aposentada Silvia.
O filho mais novo dela, João, de 15 anos, é goleiro e conta que teve a mesma sensação ao ver suíços e equatorianos se divertirem antes do início da primeira partida do grupo E e da própria estreia do Mané Garrincha no Mundial, no último domingo. Ele foi o único membro da família a se programar para assistir a partidas do torneio no Mané Garrincha e diz que adorou a experiência.
A irmã Ana Carolina e a prima Mariana escolheram não ir ao estádio por causa dos filhos pequenos. “A Catarina tem só 4 meses, é muito pequena. Fico com medo tanto pela possibilidade de manifestação quanto pelo cansaço dela. E é normal criança ficar inquieta. Eu acabaria não aproveitando. É melhor me privar de ir agora, pelo nosso conforto”, afirma.
De acordo com a coordenadora de Doenças Raras da Secretaria de Saúde do DF, Maria Terezinha de Oliveira Cardoso, a polidactilia é a mais frequente entre as malformações. “Não temos dados sobre o DF, mas o que é possível dizer é que entre 3% e 5% dos bebês nascem com algum defeito congênito, e que os dedos a mais são os mais recorrentes”, disse.
A alteração genética está ligada à hereditariedade e, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não há fatores externos que possam desencadeá-la. O mais comum é que a pessoa nasça com apenas um dedo a mais em cada membro, mas há casos em que a mutação vem acompanhada de lábio leporino ou de doenças no coração.
Embora geralmente os dedos a mais funcionem bem, a cirurgia para extraí-los costuma ser recomendada. O tratamento é oferecido pela rede pública do DF, mas a mudança não chega nem a ser cogitada pela família.
Refutando a ideia de “defeito”, a aposentada Silvia afirma que a característica realmente dá muito orgulho aos hexas. Ela diz ainda que recebeu de um médico uma proposta para passar por mapeamento genético, mas que recusou por medo de que os filhos ficassem complexados sem necessidade.
“Ter dedos a mais não nos afeta em nada, é uma coisa maravilhosa. Para nós, é uma diferença que é qualidade. O estranho é quem não tem. Aqui, quando vai nascer bebê e fazem ultrassonografia, a pergunta não é se é homem ou mulher. Queremos saber se tem cinco ou seis dedos”, brinca.
Filho mais novo de Silvia, João afirma que os dedos a mais o ajudam bastante como goleiro. O garoto de 15 anos contou com a ajuda da mãe para improvisar as luvas: eles compraram dois pares, um de boa qualidade e outro mais simples. No que era melhor, fizeram furos para poder acomodar o membro sobressalente e depois costuraram um dedo recortado do par de luvas de qualidade inferior.
(Fonte: G1)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Jovem paraplégico usa exoesqueleto e chuta bola na abertura da Copa

Tecnologia foi desenvolvida por equipe liderada pelo cientista Miguel Nicolelis.

Paraplégico é Juliano Pinto, de 29 anos; treinamento foi na AACD.















(imagem do pontapé inicial: foto - Márcia Francisco) 

Após muito suspense, um paraplégico deu um "chute simbólico" em uma bola de futebol na abertura da Copa do Mundo do Brasil utilizando o exoesqueleto, equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. O chute foi na Arena Corinthians, nesta quinta-feira (12).Copa do Mundo do Brasil utilizando o exoesqueleto, equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. O chute foi na Arena Corinthians, nesta quinta-feira (12).
O voluntário era Juliano Pinto, 29 anos, que tem tem paraplegia completa de tronco inferior e membros inferiores.. Reveja a transmissão  do pontapé inicial  no link  do G1: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/jovem-paraplegico-usa-exoesqueleto-chuta-bola-na-ab
A cena foi muito rápida. Três integrantes do projeto "Andar de Novo", entre eles Miguel Nicolelis , apareceram com o voluntário, que estava em pé e já utilizava o exoesqueleto. Ele deu um passo com a perna direita e movimentou a bola, recolhida por um ator mirim, caracterizado de árbitro de futebol.
Inicialmente, a equipe de cientistas havia divulgado que o voluntário caminharia alguns passos para dar o simbólico "chute inaugural" do campeonato. Segundo o Comitê Organizador da Copa do Mundo, o "pontapé inicial" foi fora do campo de jogo, para não prejudicar o gramado por causa do peso do equipamento.
Após a demonstração, Nicolelis postou em seu twitter a frase "We did it!!!!", que quer dizer, "nós fizemos isso", na tradução do inglês. Em comunicado de imprensa, Nicolelis informou que “foi um grande trabalho de equipe e destaco, especialmente, os oito pacientes, que se dedicaram intensamente para este dia. Coube a Juliano usar o exoesqueleto, mas o chute foi de todos. Foi um grande gol dessas pessoas e da nossa ciência”.
Mais de 156 pesquisadores de vários países integraram um consórcio responsável pela investigação científica, encabeçado pelo brasileiro Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra (IINN-ELS).
O princípio envolvido no funcionamento do exoesqueleto é a chamada "interface cérebro-máquina", que vem sendo explorada por Nicolelis desde 1999. Esse tipo de conexão prevê que a "força do pensamento" seja capaz de controlar de maneira direta um equipamento externo ao corpo humano.
No caso do exoesqueleto do projeto "Andar de novo", uma touca especial vai captar as atividades elétricas do cérebro por eletroencefalografia. Quando o voluntário se imaginar caminhando por conta própria, os sinais produzidos por seu cérebro serão coletados pela touca e enviados a um computador que fica nas costas da veste robótica.
O computador decodifica essa mensagem e envia a ordem aos membros artificiais, que passarão a executar os movimentos imaginados pelo paraplégico. Ao mesmo tempo, sensores dispostos nos pés do voluntário enviam sinais para a roupa especial. A pessoa, então, sente uma vibração nos braços toda vez que o robô tocar o chão. É como se o tato dos pés fosse transferido para os braços, naquilo que Nicolelis chama de "pele artificial".
Testes
Juliano Pinto, de 29 anos, que é paraplégico, deu um "chute simbólico" em uma bola de futebol na abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, utilizando o exoesqueleto, equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)







Juliano Pinto, de 29 anos, que é paraplégico, deu um
 "chute simbólico" em uma bola de futebol na abertura da 
Copa do Mundo, na Arena Corinthians. Ele utilizou o exoesqueleto, 
equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro
 Miguel Nicolelis (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)

A equipe do projeto está no Brasil desde março, trabalhando em um laboratório montado dentro da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), instituição parceira do "Andar de novo". Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do projeto, oito pessoas da AACD já testaram o equipamento e, no dia 28 de maio, todos os "objetivos científicos, clínicos e tecnológicos" foram concluídos.
Em 16 de maio, Nicolelis já havia anunciado em sua conta no Facebook a conclusão dos testes com voluntários. "Depois de meses de treinamento, os últimos dois voluntários andaram com a ajuda do exoesqueleto e puderam desfrutar da sensação de andar de novo", escreveu o neurocientista. O pesquisador batizou o exoesqueleto de "BRA-Santos Dumont I".
Críticas
Antes de chegar a esse patamar de estudo, Nicolelis publicou em revistas científicas renomadas vários resultados envolvendo mecanismos da interface cérebro-máquina. Em um dos artigos mais recentes, um macaco foi capaz de controlar, só com a "força da mente", dois braços virtuais ao mesmo tempo. Mas, até o momento, os resultados dos testes do exoesqueleto em humanos ainda não foram publicados.
Segundo a assessoria de imprensa do projeto, os resultados finais serão apresentados nos próximos meses, por meio de publicações em revistas especializadas. Em entrevista à revista científica americana "Science" publicada na semana passada, Nicolelis afirmou que a apresentação no estádio do Corinthians era para a comunidade científica, mas para o público. "A demonstração para a comunidade científica virá em artigos, mais tarde", completou o brasileiro.
Uma das principais críticas que a comunidade científica tem sobre o "Andar de novo" é o fato de ele captar a atividade cerebral por meio de eletroencefalografia. Anteriormente, Nicolelis pretendia usar eletrodos implantados diretamente no cérebro. Questionado pela revista "Science" sobre essa mudança, o pesquisador respondeu que mudou de ideia depois de observar que os resultados de grupos que exploraram essa tecnologia eram "medíocres".
"Vimos que tínhamos um novo algoritmo para a eletroencefalografia que poderia fazer mais do que pensei no início", disse o neurocientista. Ele acrescentou que os implantes de eletrodos realmente funcionam melhor no caso da movimentação dos braços, mas não para locomoção.
De acordo com Nicolelis, essa demonstração é apenas o primeiro passo da pesquisa, que deve continuar a ser desenvolvida para que o exoesqueleto se torne uma alternativa viável de mobilidade para pessoas paralisadas. "Isso é apenas para aumentar a conscientização para o fato de que temos de 20 a 25 milhões de pessoas paralisadas ao redor do mundo, e que a ciência, se devidamente financiada e apoiada, pode fazer alguma coisa. Se começarmos agora – e esse é apenas um chute inicial simbólico – podemos conseguir fazer alguma coisa nos próximos anos."
Infográfico - Veja como funciona o exoesqueleto que vai possibilitar que jovem dê pontapé inicial da Copa do Mundo (Foto: Infográfico)









(fonte G1 São Paulo) 

*nota Eficiência Especial:  Para além das críticas, fica nosso aplauso ao Miguel Nicolelis e a todos os que acreditam na evolução da ciência e novas tecnologias em benefício da inclusão da pessoa com deficiência. Inclusão, sempre!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

COLUNA DO BERNARDO FRÓES - PARALISIA CEREBRAL

Confiram a coluna mensal do jornalista Bernardo Fróes.
Em junho, falando sobre PARALISIA CEREBRAL.

Exoesqueleto dará chute inicial em cerimônia da Copa do Mundo

9.jun.2014 - Na próxima quinta-feira (12), um paraplégico 
usará um exoesqueleto robótico para dar o pontapé
 inicial na cerimônia de abertura da Copa


A honra de dar o pontapé inicial na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, na próxima quinta-feira (12), em São Paulo, caberá a um paraplégico que usará um traje robótico similar ao do personagem dos quadrinhos Homem de Ferro, e criado por um cientista brasileiro.
O médico Miguel Nicolelis chefiou uma equipe internacional de 156 pesquisadores para criar um exoesqueleto futurista, desenvolvido para permitir que vítimas de paralisia possam andar.
Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, um paraplégico cuja identidade tem sido mantida em sigilo, deixará para trás a cadeira de rodas para entrar no gramado usando o traje e dar o pontapé inicial do torneio.
Circuitos elétricos instalados nos "pés" do traje enviarão um sinal de retorno ao usuário através da pele artificial que cobrirá seu braço, transmitindo a sensação de movimento e contato.
"É a primeira vez que um exoesqueleto é controlado por atividade cerebral e oferece 'feedback' aos pacientes", declarou à AFP Nicolelis, neurocientista da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA).
"Fazer uma demonstração em um estádio é algo muito fora da nossa rotina na robótica. Nunca foi feito antes", prosseguiu o cientista.
Sua voz mistura cansaço e animação diante da proximidade do apogeu espetacular de 30 anos de trabalho, mais de 200 artigos científicos e incontáveis testes clínicos.
Nicolelis deu os primeiros passos nesta direção em 1984, quando redigiu sua tese de doutorado sobre conexões neurais no controle muscular.
Ele disse que a ideia de desenvolver o traje surgiu em 2002, quando os cientistas apenas começavam a explorar exoesqueletos robóticos.
"Em 2009, depois que soubemos que o Brasil sediaria a Copa do Mundo, eles me pediram ideias para mostrar o Brasil de uma forma diferente daquela que o mundo costuma vê-lo. Foi quando eu sugeri fazer uma demonstração científica para mostrar às pessoas que o Brasil está investindo e tem potencial humano para fazer coisas além do futebol", afirmou.
Nicolelis contou que ele e uma equipe com mais de 40 pessoas mal têm deixado o laboratório desde março, quando chegaram a São Paulo, para finalizar os preparativos da demonstração.
Mas o sacrifício é compensador, afirmou, lembrando um momento, em 24 de abril, em que um usuário com paralisia deu os primeiros passos usando o exoesqueleto.
Eles batizaram o traje com o nome de BRA-Santos Dumont, uma combinação das três primeiras letras usadas para identificar o Brasil em competições esportivas e Alberto Santos Dumont, o pai da aviação brasileira.
Controvérsia científica
Alguns cientistas criticaram Nicolelis por trocar as publicações acadêmicas pelos meios de comunicação de massa - ele publica atualizações de suas pesquisas no Facebook - e o anonimato do laboratório pelos holofotes da Copa do Mundo.
Os críticos também questionam a natureza prática de sua pesquisa e o acusaram de abocanhar uma parte injusta do orçamento de pesquisas do governo brasileiro.
Mas Nicolelis rechaçou estas críticas.
"O financiamento é o mesmo, com ou sem Copa do Mundo. Nós recebemos US$ 14 milhões do governo brasileiro nos dois últimos anos. Isto é, aproximadamente, quatro ou cinco vezes menos do que o governo dos Estados Unidos investe em um braço mecânico", afirmou.
"Eu não vejo nada de errado em demonstrar para o mundo todo uma tecnologia que tem um objetivo humanitário e que foi pago pela sociedade civil", acrescentou.
Mais de 65 mil pessoas testemunharão, na Arena Corinthians, em São Paulo, os primeiros passos de BRA-Santos Dumont em público, antes da partida inaugural da Copa, entre Brasil e Croácia. Cerca de um bilhão de telespectadores devem assistir ao feito pela televisão.

fonte: BOL  - Rosa Sulleiro

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