Descrição da imagem: familias na mobilização 
Praça da Assembléia- foto: Carlos Rhienck/Hoje em Dia)
Famílias de crianças especiais fizeram uma mobilização, na tarde deste sábado (9), na Praça da Assembleia, por mais visibilidade e para defender os direitos desses meninos à acessibilidade. A principal reivindicação é que essas crianças encontrem receptividade e facilidades para conviver com outros alunos em escolas e locais de lazer.

Para o advogado Alexandre Faleiros, de 38 anos, pai de Felipe Faleiros, de 14, portador de paralisia cerebral, hoje “falta tudo” para elas. “Há muito discurso, mas, na prática, não há quase nada. As dificuldades estão em todos os locais, mas os maiores obstáculos são o preconceito e a ignorância”, avalia Faleiros.
Ele se tornou conhecido no país e até no estrangeiro depois de protagonizar uma tarefa emocionante. Com a impossibilidade do filho de jogar bola, ele desenvolveu uma bota ortopédica, que permite a ele e ao filho praticarem juntos o esporte.

Alexandre criou uma fundação para disseminar e levar a bota a crianças que precisam. O projeto é patenteado. Ele admite que o invento ajudou a dar maior visibilidade às necessidades especiais do filho. “Todo deficiente, quando sai de casa, ainda é praticamente invisível. Precisamos mudar isso”.

No local também estava o empresário Rodrigo Diniz, pai do menino Pedro Arthur, que, juntos, se tornaram símbolos da luta contra a meningite no país. Rodrigo revela que o filho, hoje com 10 anos, já anda de bicicleta e planeja um salto de paraglider até o fim do ano.

“Acho que já conseguimos vencer batalhas, mas ainda falta muita coisa. Acredito que o próximo manifesto será feito em dia de semana, na Praça 7”, defende.
A assistente social Cleusa Lúcia dos Santos, de 65 anos, 40 deles dedicados a atuar em projetos sociais com deficientes visuais, auditivos e com problemas diversos, engrossou o coro por mais respeito.

“Vivemos um grande problema social. Muitas dessas crianças vivem escondidas em casa”. Segundo ela, a estimativa é a de que cerca de 3% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência


(fonte: Hoje em Dia,10/11/13 - matéria de Carlos Calaes)