quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Caravana da Inclusão chega a Orlândia

Próximo encontro será em Paraguaçu Paulista

Próximo encontro da Caravana será no dia 10 de novembro

(Descrição imagem: Moradores de Orlândia e região participaram da Caravana da Inclusão, no dia 20/10)
Durante a manhã do último 20 de outubro, aconteceu no município de Orlândia o sétimo encontro da Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania.
A região Mogiana recebeu autoridades, representantes de entidades voltadas a pessoa com deficiência e a sociedade civil para o evento que discutiu projetos de leis e iniciativas que favorecem a inclusão das pessoas com deficiência.

Estiveram presentes os representantes da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Assessor Parlamentar, Carlos Cruz e a Analista de Gestão, Flávia Vital, além do Presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo – UVESP, Sebastião Miziara e da Secretária de Educação do município, Vera Lúcia Bruno.

Os encontros abordam temas como empregabilidade, educação inclusiva e reabilitação. Nesta data, ao final do evento houve uma apresentação dos judocas do Projeto Vitória, associação do município de Orlândia que auxilia pessoas com deficiência visando os potenciais afetivo, social e intelectual.

Participaram representantes dos municípios paulistas  de Orlândia, Araraquara, Ribeirão Preto, Novo Horizonte, Nuporanga, Morro Agudo, Bebedouro, Jaborandi, Pirassununga, Sales Oliveira, Guarulhos, Guaira, Barretos, Sertãozinho, Batatais, São Joaquim da Barra, Ituverava e Promissão.
Duas novidades estão sendo apresentadas nesta Caravana: versão itinerante do Memorial da Inclusão, que apresenta documentos sobre a trajetória de lutas e conquistas de pessoas com deficiência e o desfile de Moda Inclusiva.
A próxima cidade a receber a Caravana será Paraguaçú Paulista, em 10 de novembro. Todos estão convidados!
Sobre a Caravana
A Caravana da Acessibilidade, Inclusão e Cidadania consiste em uma série de encontros regionais, com o objetivo de conscientizar os participantes sobre os direitos das pessoas com deficiência, que incluem: educação inclusiva, trabalho, transporte, cidadania, reabilitação, entre outros.
Além do fomento a políticas públicas que assegurem a cidadania e os direitos das pessoas com deficiência, a Caravana também apresenta ao público as ações e programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência voltados ao público com deficiência.
A Caravana é aberta ao público, as inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na abertura de cada evento.

Calendário da Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania de 2012
Novo Horizonte – 21 de julho
Botucatu – 4 de agosto
Garça – 18 de agosto
Bananal - 01 de Setembro
Bertioga – 15 de setembro
Itapeva – 29 de setembro
Orlândia – 20 de outubro
Paraguaçu Paulista – 10 de novembro
Caconde – 24 de novembro
Cotia – 8 de dezembro

Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania
Data:
10 de novembro
Horário: 9h às 13h
Endereço: Rua Guerino Matheus, 205 - Jardim Paulista - Paraguaçu Paulista
(fonte: Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo)

Fórum Internacional de Moda e Sustentabilidade e Desfile do 4º Concurso de Moda Inclusiva acontecem em novembro

Os eventos acontecem em 13 de novembro no Museu Brasileiro de Escultura

(descrição imagem: moldelo em Desfile de Moda Inclusiva).
No próximo dia 13 de novembro, terça-feira, acontecerá no Museu Brasileiro de Escultura, o 1º Fórum Internacional de Moda Inclusiva e Sustentabilidade, realizado pela Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo. Na mesma data será apresentado o desfile dos finalistas do 4º Concurso de Moda Inclusiva.
O 1º Fórum discutirá os temas moda e sustentabilidade do ponto de vista inclusivo e conta com a presença de palestrantes renomados como o sociólogo e jornalista Francesco Morace e a terapeuta ocupacional Thais Tavares Terranova.
Durante o desfile, será possível conhecer os 20 looks selecionados de todo o Brasil, criados por estudantes e profissionais de moda para pessoas com deficiência no desfile do 4º Concurso de Moda Inclusiva.
As inscrições para o 1º Fórum de Moda Inclusiva e Sustentabilidade estão abertas até 9 de novembro e podem ser feitas pelo site: http://modainclusiva.sedpcd.sp.gov.br /forum
Para confirmar presença no desfile do 4º Concurso de Moda Inclusiva, mande email para: minclusiva@sp.gov.br
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1º Fórum Internacional de Moda e Sustentabilidade e Desfile do 4º Concurso de Moda Inclusiva
Data: 13 de novembro
Horário: Fórum – das 14h às 18h / Desfile – 19h
Local: MuBE – Museu Brasileira de Escultura
Endereço: Av. Europa, 218 – São Paulo

Entrevista com o Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro

Dirigente comenta sobre o excelente rendimento do Brasil em Londres 2012 e sobre as expectativas para a primeira edição dos Jogos na América do Sul
Descrição imagem>Andrew Parsons abraça Alan Fonteles enrolado na bandeira do Brasil (Foto: CPB)
O ouro de Fonteles ajudou o Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e membro do Comitê Executivo do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, de 34 anos, a cumprir a promessa feita ao público brasileiro antes de Londres 2012: o sétimo lugar no quadro de medalhas, duas acima da classificação de Pequim 2008. Para Rio 2016™, a meta é a quinta posição, o que, na edição londrina, significaria 12 medalhas de ouro a mais.
Nesta entrevista, o dirigente, que ocupa o cargo mais alto do Movimento Paralímpico no Brasil desde 2009, comenta sobre o desafio dos próximos quatro anos, uma continuação do planejamento até agora bem-sucedido que iniciou com a vitória do Rio de Janeiro para sediar os Jogos.  Fala ainda dos esforços para a mudança de foco na imagem do atleta paraolímpico. Confira:
Como foi seu início no Movimento Paralímpico?
O esporte fez parte da minha vida desde muito novo. Pratiquei muitos esportes, mas não me profissionalizei. Sempre quis trabalhar com algo relacionado e procurava me informar sobre as entidades esportivas. Morava em Niterói, vizinha ao Rio, e estava terminando o curso de Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense, onde ficava o CPB. O esporte paralímpico tinha todos os ingredientes que eu queria. Além da emoção e adrenalina, continha um elemento social.
Costumo dizer que não existe crise de identidade no Movimento Paralímpico, mas uma sinergia. Só conseguimos o respeito das pessoas com e sem deficiência enfatizando o alto rendimento e a competitividade. O reconhecimento do potencial do desporto paralímpico propicia uma reabilitação emocional para as pessoas com deficiência. Em certo ponto da gestão esportiva, não levamos em consideração o fato de serem pessoas com deficiência, mas atletas. A ideia é mostrar que a deficiência é uma entre as dezenas de características que essas pessoas têm.
O senhor é jornalista de formação e tem 15 anos de CPB. Como analisa a evolução do esporte paralímpico do Brasil neste período?
O Movimento Paralimpico se tornou mais maduro. Tomou consciência do seu tamanho e potencial. Temos um modelo bom de parceria, trabalhamos em coordenação com as confederações paralímpicas. O Movimento Paralímpico se profissionalizou em relação a verba e posicionamento. A aproximação com os meios de comunicação se deu a partir de Atenas 2004, quando o CPB adquiriu os direitos de transmissão dos Jogos e sublicenciou para 13 emissoras de televisão. Com isso conseguimos bater recordes de transmissão e cobertura jornalística dos Jogos Paralímpicos no Brasil. Foi aí que o Brasil passou a entender que os Jogos Paralímpicos não eram para pessoas com deficiência, mas sim para atletas de alto rendimento.
Atenas foi um divisor de águas?
Atenas nos ajudou no recrutamento de novos atletas. Daniel Dias e André Brasil, que hoje são estrelas, tomaram conhecimento do potencial do esporte paralímpico naquela edição dos Jogos. Se espelharam no Clodoaldo Silva (nadador detentor de 13 medalhas em Jogos Paralímpicos) e foram responsáveis por metade das medalhas de ouro que ganhamos em Pequim 2008 (ganharam oito medalhas de ouro, quatro cada). Em Pequim, repetimos a estratégia e em Londres não precisamos mais investir em compra de direitos de transmissão, pois uma emissora de tv se interessou e comprou. Mostramos que a transmissão dos Jogos Paralímpicos é comercialmente viável.
Quais os benefícios dos Jogos Paralímpicos em casa?
Acho que é o ápice da curva que o Movimento Paralimpico vem fazendo nos últimos anos. Espero que as pessoas assistam aos Jogos e torçam pelo esporte paralímpico. Espero que fique evidente o potencial do esporte paralimpico como diversão para o público de modo geral. O maior legado vai ser para as pessoas com deficiência. Afinal de contas, se eu posso vibrar por uma pessoa com deficiência que pode levar o meu país ao pódio numa competição esportiva,  esta pessoa pode ser meu amigo de trabalho, meu chefe. O esporte é um grande meio para mostrar que as pessoas com deficiência podem desempenhar diversos papéis na sociedade.
Como analisa os resultados obtidos pelo Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012?
O Brasil deu um passo firme e relevante para se incluir entre as potências paralímpicas mundiais. Tivemos momentos de afirmação do Brasil nos Jogos de Londres. A vitória do Alan Fonteles é um desses momentos. Ao mesmo tempo, conseguimos nos tornar uma referência positiva em gestão esportiva. Desenvolvemos projetos e programas para chegar ao sétimo lugar e conseguimos. Estamos falando de pular duas posições quando você já está entre os dez primeiros. Cada posição avançada é uma potência esportiva que você deixa para trás.
Quais os próximos passos?
Em 2009, depois que ganhamos o direito de sediar os Jogos Paralímpicos, fizemos um planejamento até 2016. Cada modalidade tem seu próprio caminho. Cada uma tem seu ritmo de intercâmbio de atletas, treinadores, investimento maior na base e apoio a atletas de ponta. Para 2016, teremos dois esportes novos no programa, que são a paracanoagem e o paratriatlo. O Brasil tem ótimos resultados nos campeonatos mundiais dessas modalidades, portanto acho que o ingresso desses esportes no programa irá nos ajudar a alcançar nossa meta.
E as maiores barreiras?
Continuamos trabalhando o quinto lugar como referência, mas temos que analisar melhor os Jogos de Londres. Avançamos as duas posições almejadas e repetir este feito se tornou muito mais difícil, por estarmos atrás apenas de grandes potências. Temos consciência que o referencial mudou. Existe uma concentração maior de medalhas nas grandes potências e isso faz com que tenhamos que ganhar um número maior de medalhas e em mais modalidades.
Estamos caminhando na direção certa, mas precisamos de mais estrutura e mais envolvimento. Acho que temos um bom apoio governamental, mas é fundamental o apoio da iniciativa privada. Ganhamos medalha de ouro em cinco esportes e precisamos ampliar esse leque. Temos potencial para isso, só precisamos de um gás a mais.


SAIBA MAIS SOBRE O MOVIMENTO PARALÍMPICO
A prática de atividades físicas por pessoas com deficiência teve início no mundo em meados do século XX, entre o fim dos anos 40 e o início dos anos 50, na Europa, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, um considerável número de combatentes sofreu lesões na coluna vertebral, ficando paraplégicos ou tetraplégicos, principalmente nos países europeus envolvidos no conflito. Este contexto influenciou o neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann a iniciar um trabalho de reabilitação médica e social de veteranos de guerra que apresentavam sequelas, especialmente medulares, utilizando práticas esportivas.
A primeira edição dos Jogos Paralímpicos foi realizada em Roma em 1960. Naquela época, a estrutura e organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos eram bem diferentes das atuais. As competições aconteciam em cidades e datas diferentes.
No Brasil, a prática do esporte adaptado foi trazida quase uma década depois da primeira edição dos Jogos Paralímpicos, por pessoas que tratavam suas lesões em hospitais no exterior e que assistiam à prática esportiva de pessoas com deficiência. A primeira participação dos brasileiros em uma competição paradesportiva internacional foi nos Jogos Parapanamericanos de Buenos Aires em 1969.
Em Jogos Paralímpicos, a primeira participação foi em Heidelberg 1972, na Alemanha. A conquista da primeira medalha foi em Toronto 1976, por Luis Carlos da Costa e Robson Sampaio de Almeida na competição de duplas de Lawnballs, uma espécie de bocha na grama.
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) foi criado em 1989. Seu atual presidente é Philip Craven. Cabe ao IPC a chancela dos Jogos Paralímpicos de verão e de inverno, e a supervisão dos campeonatos mundiais.
O CPB foi constituído em 1995. A entidade é o órgão máximo do esporte paraolímpico brasileiro e representante legal do país junto ao IPC. É responsável também pela organização, fomento e participação brasileira nos Jogos Paralímpicos, nos Jogos Parapanamericanos e nos campeonatos mundiais. A sede do CPB está localizada em Brasília. 

Fonte: rio2016.org

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Nova geração de exoesqueleto faz paraplégico voltar a andar

Estrutura de titânio e alumínio pesa 25 kg e funciona com três velocidades
(Descrição imagem: Deficiente físico em exercício com o exoesqueleto. Desde fevereiro, a empresa norte-americana Ekso começou a produzir exoesqueletos que estão sendo usados em fisioterapias com a finalidade de exercitar usuários de cadeiras de rodas FOTO EKSO/DIVULGAÇÃO)
[Califórnia, EUA. Quando Joey Abicca apoia uma muleta de metal no chão com seu braço direito, pequenos motores começam a se enroscar em volta de sua perna esquerda, levantando-a e a movendo para a frente. O barulho metálico lembra as cenas de "RoboCop". O que Abicca, 17, está usando é, basicamente, um robô.

Desde o acidente em que lesionou sua coluna, há três anos, o jovem não consegue mais andar sozinho. O traje, produzido pela empresa Ekso Bionics, é um esforço para mudar isso. O equipamento, controlado por um computador em suas costas e por um par de muletas, permite que o rapaz retome os movimentos das pernas.

A Ekso é uma das organizações que estão trabalhando em robôs "de vestir" projetados para ajudar pessoas com deficiências físicas ou para transformar o corpo humano em super-humano. Originalmente financiada pelas Forças Armadas, a empresa colaborou com a Universidade da Califórnia e com a indústria bélica Lockheed Martin em um aparato chamado Hulc, que permite aos soldados carregar até 100 kg de equipamentos em vários tipos de terreno.

Em fevereiro, a Ekso começou a transportar exoesqueletos que estão sendo usados em fisioterapias, com a finalidade de retirar os usuários de cadeiras de rodas e de usar seus membros inferiores para que os músculos não se deteriorem. Cerca de 15 centros de reabilitação nos Estados Unidos estão utilizando o traje, que custa US$ 140 mil, além dos US$ 10 mil dos contratos de serviços.

Com uma estrutura de titânio e alumínio, o traje biônico - também chamado Ekso - funciona à bateria e pesa 25 kg. Ele ainda não está no ponto em que um paraplégico consiga utilizá-lo sozinho; a bateria dura três horas, quando precisa ser substituída por um fisioterapeuta. A supervisão de um profissional também garante que o paciente não sofra uma queda. De acordo com a empresa, centenas de pacientes já utilizaram o Ekso, e nenhum deles se acidentou até hoje.

O traje também está evoluindo. Sua última versão, lançada em agosto, inclui estilos de marcha com diferentes níveis de dificuldade, para desafiar os pacientes a fazerem progressos em sua reabilitação.

No primeiro modo, quando o paciente ainda está aprendendo a andar com o traje, um fisioterapeuta ajusta a extensão do passo e aperta um botão em um computador para iniciar cada passo. No segundo modo, o paciente pode iniciar um passo apertando os botões das muletas. E, no terceiro modo, uma vez que o paciente já aprendeu a manter o equilíbrio com o traje, ele pode acionar o robô para dar um passo só transferindo o peso de seu corpo para um e outro lado.
Traduzido por Raquel Sodré

 
(fonte: O Tempo/ The New York Times)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Seminário “A Constituição do Sujeito e a Educação Inclusiva”

Nos dias 7 e 8 de novembro, o Programa Arte e Inclusão - atividade de extensão do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – que tem como objetivo proporcionar o ensino da arte e promover a inclusão social por intermédio de diferentes atividades culturais e profissionalizantes para pessoas com deficiência , em comemoração aos seus 15 anos de atuação, realizará o Seminário “A Constituição do Sujeito e a Educação Inclusiva”. A proposta é pesquisar com profissionais da educação e principalmente professores das três modalidades (fundamental, médio e superior) conhecimentos pertinentes à constituição do aluno com deficiência a partir do seu nascimento e debater a relação do poder público e dos direitos humanos na garantia do melhor atendimento.


*PROGRAMAÇÃO*


A Constituição do Sujeito e a Educação Inclusiva – 7 e 8 de novembro de 2012-09-25

9h  - Palestra: O Papel do Outro na Constituição do Psiquismo
Palestrante: Professora Clicia Conti
Mediação: Professora Lucia Reily

10h - Café

Exposição, artesanato de instituições e feira de livros

10h30 - Palestra: Plano Nacional dos Direitos
Professora: Ma. Liliane Garcez
Professor: Fabio Adiron
Mediação: Fabio Adiron

12h – Almoço

14h – Palestra: Barreiras Atitudinais

15h40 – Café

Exposição, artesanato de instituições, feira de livros
- Criação de recursos pedagógicos e adaptação de materiais didáticos (planejamento e execução de atividades)
- Ritmo e Movimento
- Expressão pela dança

18h  - Encerramento


Os interessados em inscrever seus projetos na Comunicação Oral  devem acessar o link: 

http://www.belasartes.br/noticias/?id=1355

DEFICIENCIA E INVISIBILIDADE


A “invisibilidade” na área da Deficiência já se tornou uma velha conhecida. As pessoas com deficiência a sentem na pele, nas mais diversas situações; os que estão perto delas ou trabalham na área têm muitas histórias dela para contar.
Para Harry Potter e seus amigos, a invisibilidade trazia vantagens e, portanto, era desejável. Com a capa mágica, podiam se aventurar, descobrir segredos e identificar vilões. A capa os protegia, dava acesso a informações preciosas ou mesmo favorecia escapadelas.
Não é esse o caso das pessoas com deficiência. Porém, já que repetimos tantas vezes essa afirmação e até comprovamos sua ocorrência, vale a pena refletir sobre isso.
Mas, por que usar o plural? Porque acho que há dois tipos de invisibilidade. A nossa velha conhecida é aquela que ignora as características das pessoas com deficiência, camuflando-as com frases como “Para mim, todos são iguais”; “O que me interessa são pessoas”; “Trato todos do mesmo jeito” ou variações parecidas. Essas frases, que aparentemente traduzem sentimentos louváveis, podem esconder um perigo, embora as intenções de quem fala sejam as melhores e as mais nobres possíveis.
Perigo? Como assim? Ele reside na não consideração de características que fazem parte da natureza da pessoa com deficiência. Se os traços diferenciais são “pasteurizados” em nome desta igualdade que não respeita a diversidade – ao contrário, passa um trator sobre ela -, então essas características ficam, sim, “invisíveis”. Resultado: escolas – e demais espaços sociais – não têm materiais em braile, em português simplificado ou com audiodescrição; surdos não têm intérpretes de Libras; rampas, elevadores, softwares, pisos táteis nem são contemplados em orçamentos etc. etc.
Como alerta Reinaldo Bulgarelli: As pessoas não são “alminhas vagando por aí”; têm corpos, características, desejos e necessidades, que formam sua identidade. Quando esta não é sequer considerada em nome de uma suposta “igualdade”, elas se tornam “invisíveis”, porque algumas de suas características são solenemente ignoradas. Aí, a presença nos espaços sociais se torna difícil ou até mesmo inviável, para muitas. Isso explica por que nem sempre são vistas por nós.
Esse tipo de invisibilidade deve ser combatido, sempre. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que o Brasil ratificou com equivalência constitucional, é o instrumento mais potente que dispomos para garantir a visibilidade. A Convenção traz um novo olhar, tendo como base os Direitos Humanos. Um de seus pilares é a Acessibilidade, em todos os significados do termo. A ausência de acessibilidade configura discriminação – e discriminar é crime. Simples assim.
Ana Paula Crosara, que tinha uma deficiência física, costumava dizer que esperava o dia em que entrar e sair de um carro fosse algo corriqueiro, deixando de ser “um espetáculo”, que atraía olhares curiosos. Esse outro tipo de “invisibilidade” é desejável, pois vem da naturalidade: indica que as condições para que as pessoas com deficiência possam participar da sociedade estão asseguradas. Assim, elas podem “aparecer” e todos podemos conviver com tranquilidade, segurança e respeito.
A “invisibilidade desejável” beneficia a todos, porque considera a diversidade funcional de cada um. Ela cria um círculo virtuoso: ao olhar de frente o diferente, a sociedade inventa alternativas e busca soluções; à medida que a acessibilidade aumenta, mais pessoas entram na roda e a diferença passa a ser percebida e celebrada como parte da riqueza da Vida.
Para termos direitos iguais, nossas diferenças precisam ser vistas, reconhecidas e aceitas.
(Fonte:   Estado de Minas - texto de Marta Gil, socióloga, consultora na área da Deficiência, coordenadora do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas e Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"Roma é uma cidade proibida para deficientes", denuncia cineasta Bernardo Bertolucci

(descrição imagem: o mundialmente aclamado cineasta Bernardo Bertolucci, em sua cadeira de rodas)

O cineasta Bernardo Bertolucci, 72, que, por seus problemas de saúde, usa uma cadeira de rodas, reclamou nesta quinta-feira (18) que Roma é uma cidade impraticável para  os deficientes físicos.

"Vivo na cidade proibida. E, nos arredores de minha casa no Trastevere, parece um campo de batalha: não posso circular com minha cadeira de rodas elétrica", denunciou ao apresentar seu mais recente filme, "Io e Te".

Ele comentou ainda que precisou ser carregado nos braços por desconhecidos para subir o Capitólio, a prefeitura de Roma, para participar de um casamento.

"Quando perguntei se havia uma rampa, me olharam como se eu fosse um marciano", declarou o cineasta.

Bertolucci disse que enviou uma carta ao prefeito de Roma, Gianni Alemanno, mas que recebeu uma "resposta patética e de má fé" indicando que não se podia desfigurar um lugar construído por Michelângelo com uma rampa para deficientes.

"Falo isso por mim e por quem como eu não tem autonomia de movimento. É difícil até para mães com carrinho de bebê circularem e para idosos, que podem tropeçar", acrescentou.

Nota Eficência Especial: a inclusão de deficientes é uma NECESSIDADE UNIVERSAL. Estas importantes constatações e denúncias públicas, independem de classes sociais, econômicas ou de  raças e faixa etária  e são essenciais para transformar as condições de ACESSIBILIDADE de uma cidade.  É importante que seus gestores estejam atentos: a acessibilidade diz respeito aos cidadãos locais, mas, é fator de importância quando se trata da avaliação do potencial turístico de uma cidade. Defenda o  TURISMO INCLUSIVO. Somente no Brasil, cerca de 1/4 da população possui algum tipo de deficiência e este número aumenta, diariamente. Portanto, esta ação é para ONTEM! cidadão portador de necessidades especiais: FAÇA VALER SEU DIREITO DE IR E VIR!  Representante público: INCLUSÃO, SEMPRE!

domingo, 14 de outubro de 2012

Deficiente visual terá aparelho que o auxilia andar de ônibus

BHTrans testará o sistema com 20 voluntários a partir do próximo dia 22
(descrição imagem: deficiente visual aguarda entrada em ônibus de BH - foto: João Godinho)
Utilizar o transporte coletivo em Belo Horizonte sendo portador de deficiência física não é fácil. Entrar em um ônibus sem a colaboração de desconhecidos é quase uma missão impossível. A tarefa, no entanto, poderá ser simplificada com a utilização de um aparelho eletrônico que promete ser um divisor de águas na vida dos deficientes visuais da capital.

O equipamento tem o tamanho de um celular e foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O sistema conecta o usuário deficiente com o coletivo que ele quer utilizar por um aviso sonoro. Uma gravação vai alertar o passageiro quando o ônibus que ele espera chegar ao ponto. O motorista também é avisado por um sinal sonoro de que há um deficiente aguardando pelo veículo.

"A pessoa programa a linha que ela precisa tomar e basta esperar no ponto que o aparelho irá direcioná-la até o ônibus. Dentro do veículo, o motorista também saberá que um deficiente o espera naquele local. Tudo ficará mais fácil", explicou o engenheiro Adriano Assis, da empresa que vai disponibilizar o serviço.

Bibliotecário há mais de 30 anos no Instituto São Rafael, Juarez Gomes Martins, 63, foi um dos 20 voluntários selecionados para testar o aparelho, a partir do próximo dia 22. Ele e outros colegas do instituto acreditam que essa pode ser uma maneira de trazer "dignidade para quem sempre precisa pedir o auxílio de outras pessoas no meio da correria do dia a dia". "Eu acompanho esse projeto desde que ele foi estudado pela UFMG, em 1997. Os anos se passaram e a promessa de uma vida diferente parece, enfim, ter chegado. Para mim, é uma revolução", disse o bibliotecário.

Valdivino Lucas, 65, que também é voluntário, espera que o aparelho seja apenas um passo para outros projetos direcionados aos deficientes físicos em Minas. "Falta muita coisa a ser feita. Todo mundo sabe disso. Fica até chato ficar reclamando toda hora. A esperança é que esse teste não fique somente no experimento e esteja nas ruas o mais breve possível", pediu.

Sem prazo. Apesar de os testes com o aparelho já começarem neste mês, a prefeitura ainda não estipulou uma data para que o sistema esteja, de fato, nas ruas.

"Tudo ainda será definido com a BHTrans e as empresas de transporte. Vamos analisar os resultados do teste e decidir quando iniciaremos o programa e em que linhas ele irá funcionar. Se serão em todas ou somente em algumas", afirmou o coordenador municipal de direitos das pessoas portadoras de deficiência, José Carlos da Dias Filho. Segundo ele, serão pelo menos 30 dias de teste nos 17 ônibus da linha 4205 (Ermelinda/ Salgado Filho). Motoristas e usuários serão treinados.
Sistema foi criado em Minas, mas estreou em São Paulo
Apesar de ter sido criado em Belo Horizonte, o aparelho que irá auxiliar os deficientes físicos a entrarem nos ônibus da capital começou a ser usado na cidade de Jaú (SP) e, em seguida, em Araucária (PR).

"O sistema foi pensado e estudado em Minas Gerais, na UFMG, mas, infelizmente, ele não foi aderido primeiramente aqui. O retorno que temos nas cidades onde os aparelhos são utilizados é o melhor possível", disse o engenheiro Adriano Assis.

Para os moradores dessas cidades, o sistema tem agradado. "Foi uma revolução na vida dos deficientes aqui. Sou prova viva disso. Só tenho coisas boas para falar. Ele foi um salto na qualidade de minha vida sem igual", disse o deficiente visual Raimundo Neves, que é morador
de Jaú.

Antes da capital mineira, a terceira cidade a utilizar o aparelho será o município de Limeira, também no interior de São Paulo. A expectativa é de que o sistema comece a funcionar neste mês.

Até agora, cada cidade optou por uma forma diferente de introduzir o sistema nos ônibus urbanos. "Em Jaú e Limeira, por exemplo, foram as prefeituras que incentivaram a compra dos aparelhos que ficam nos coletivos. Já em Araucária (PR), foram as empresas de ônibus que tiveram que arcar com o equipamento", explicou Adriano Assis. (JC)
(fonte: O Tempo)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NOSSO "EFICIENCIA ESPECIAL" ESTÁ ENTRE OS 100 FINALISTAS DO BRASIL!

Que alegria! Nosso blog "Eficiência Especial" está entre os 100 finalistas do Brasil no Prêmio TOP Blog 2012, na categoria SUSTENTABILIDADE!
Conto, novamente, com vcs para votarem. Só assim, chegaremos aos 10 finais. Divulgar a causa universal e necessária da inclusão de deficientes é o objetivo, participe!
Atenção: Agora, você pode votar 1 vez por email, 1 vez por Facebook e 1 vez pelo Twitter, confirme! Inclusão, sempre!
segue o link, VOTE AGORA: http://www.topblog.com.br/2012/index.php?pg=busca&c_b=21139347
*para quem já votou na primeira fase: os votos são zerados para a nova etapa, vote de novo, por favor!
OBRIGADA!
Márcia Francisco

DIA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - 11 DE OUTUBRO
















(descrição imagem: 11de outubro: dia nacional da pessoa com deficiência. Inclusão, sempre! "A maior limitação da pessoa com deficiência pode estar em você" - fonte banner: Centro de Apoio Operacional da Defesa da Pessoa com Defîciência e do Idoso)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pesquisa aponta impacto da prática esportiva em pessoas com deficiência

Estudo da Allianz e da TNS Infratest revela que o esporte aumenta a autonomia e melhora a qualidade de vida.

(descrição da imagem: infográficos relacionado ao tema)

Por Eric Bragion
A Allianz, em parceria com a TNS Infratest, realizou um estudo na Alemanha sobre o papel do esporte na vida de pessoas com deficiência física. A pesquisa aponta que a prática esportiva é um meio para se obter mais autonomia e menos restrições, auxiliando na volta às atividades do dia a dia e na melhora da qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 a 50 milhões de pessoas por ano adquirem lesões não fatais somente em acidentes de carros, o que pode refletir em perdas permanentes ou podem ser reduzidas com exercício regular.

“Depois de um acidente, o esporte é normalmente uma parte importante da reabilitação, o que ajuda na recuperação da forma física. Por meio dele, pessoas com e sem deficiência podem fazer parte da sociedade e melhorar a sua autoconfiança”, lembra o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Sir Philip Craven.

A internet tem um papel importante no acesso ao esporte para pessoas com deficiência física, revelou o estudo. Esse canal aumenta o fluxo de informação sobre a prática de atividades físicas e a perspectiva de participar delas. Além disso, instalações desportivas, oportunidades de treinamento, comunicação e a troca de informação entre centros esportivos e entusiastas de diversas modalidades têm o acesso facilitado no mundo on-line.

Em geral, é considerado extremamente difícil saber como lidar com pessoas com deficiência, tanto na vida cotidiana quanto na prática esportiva. “Grandes eventos, como os Jogos Paralímpicos de Londres 2012, podem ajudar a fortalecer a posição do esporte adaptado na sociedade e quebrar preconceitos”, diz o Head de Group Market Management da Allianz SE, Joseph K. Gross. “O profissionalismo, ambição e espírito de equipe dos atletas paralímpicos os levam para a excelência e os tornam estrelas e exemplos para todos nós”.

Fonte: Baragai/Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiencia SP