quinta-feira, 14 de abril de 2016

sábado, 2 de abril de 2016

"BRONCA DE QUÊ?", COMÉDIA COM ATOR E PERSONAGEM PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN, CHEGA A BH!

  
Espetáculo de Rogério Blat, com direção de Ernesto Piccolo, aborda um novo olhar sobre os jovens com Síndrome de Down. Comédia  traz os atores Karina Ramil, Lorena Comparato, Pedro Baião, Darlan Cunha e Theo Nogueira. Dias 8 e 9 de Abril, no Teatro Bradesco
(descrição foto: os atores, Ernesto Piccolo e Pedro Baião)

Albert Einstein disse certa vez: “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Este pensamento do grande cientista, inspirou a comédia juvenil #broncadequê?, um projeto artístico de desintegração de preconceitos que vem para mostrar um outro olhar sobre os jovens com Síndrome de Down. Com direção de Ernesto Piccolo, cinco atores estão em cena para apresentar uma comédia que propõe um diálogo a respeito dos preconceitos e das diferenças. O que pode acontecer com um grupo de quatro amigos que se aventuram numa noite em companhia de um jovem com Síndrome de Down em busca de sua liberdade? O espetáculo narra esse divertido e tocante encontro e coloca em questão os preconceitos, dificuldades e sonhos daqueles que são considerados especiais. Montagem chega ao Teatro Bradesco, em Belo Horizonte, dias 8 e 9 de abril, sexta  às 21h, e sábado às 19h. 
(descrição imagem: cena do espetáculo) 

SINOPSE
Clara (Karina Ramil) que é estudante de psicologia e de uma família abastada da zona sul carioca é muita amiga de Nick (Lorena Comparato), apelido de Nicole. Filha de pais hippies, Nick é uma jovem super-responsável que toma conta de si própria e dos pais. Ambas são amigas de Lupi (Darlan Cunha), um cara meio desligado que é um gênio incompreendido da informática e de Jorge (Theo Nogueira) que largou a faculdade de Belas Artes para se formar em publicidade. Os quatro amigos inseparáveis conhecem Guilherme (Pedro Baião) em uma passeata pela “Liberdade Down”, convocada através da internet por um anônimo com o apelido “Célula 47”. A passeata é um “mico”, no dia e hora marcados não aparece ninguém, ou melhor, aparecem apenas Clara, Nick, Lupi, Jorge e Guilherme que descobrimos ser o próprio “célula 47”. Desse encontro nasce uma relação de amizade e companheirismo entre os cinco jovens. Da manifestação “Liberdade Down” liderada por Guilherme, que protesta de forma artística, os cinco jovens partem para uma aventura na noite carioca, com direito a balada, romance, serenata e muita diversão.

Como lidar com as diferenças? Como transformar o pensamento ignorante que determina que o sujeito que nasce diferente da maioria é inferior ou aberrante? Quais os meios para interromper a exclusão em que vivem alguns indivíduos rotulados como diferentes? A montagem aborda algumas dessas questões de forma delicada, sensível e muito bem humorada. Fugindo das soluções mágicas ou lições moralistas, a ideia é de que o espectador saia do teatro e possa levar para o seu cotidiano um olhar renovado sobre o assunto.

FICHA TÉCNICA
Texto Rogério Blat / Direção Ernesto Piccolo / Com: Karina Ramil ׀ Lorena Comparato ׀ Pedro Baião ׀ Darlan Cunha ׀ Theo Nogueira / Direção de Movimento Marcia Rubin /  Cenário Clívia Cohen / Figurinos Maria Estephania /Trilha musical Rodrigo Penna / Iluminação Luis Paulo Nenen /Preparação vocal Rose Gonçalves /  Designer gráfico Ana Luiza Mello e Rodrigo Barja / Fotos Nana Moraes e Camilla Maia / Assistente de Direção João Maia/ Direção de Produção Dadá Maia / Captação de patrocínioON TIME Leila Garcia e Jorge Abreu / Realização Expressão Piccolo Produções / Patrocínio Grupo Bradesco Seguros & Ministério da Cultura – Lei Rouanet ׀ apoio TV Globo / Produção local em Belo Horizonte: Rubim Produções

Imagens em vídeo: 


#broncadequê
Gênero: Comédia juvenil
Classificação indicativa: 12 anos
 08 de abril, sexta, às 21Horas / e 09 de abril, sábado, às19Horas
Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244 – Lourdes)
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Clientes Bradesco têm 30% de desconto na compra de até dois ingressos
Vendas online pelo site ingresso.com
Informações (31) 35161360
Bilheteria: de 2ª a 6ª das 12horas às 20Horas ׀ Sábados e Domingos das 12Horas às 19Horas
Lotação do teatro: 602 lugares



Direção: Ernesto Piccolo
Ator e diretor, alguns trabalhos realizados como diretor : Em 2015/2016 “Andança, Beth Carvalho o musical” de Rômulo Rodrigues, musical em homenagem a grande sambista Beth Carvalho, grande elenco, “A Galinha Pintadinha em Ovo de Novo” de Keli Freitas, Juliano Prado e Marcos Luporini – musical infantil, “Sonhos de um sedutor” de Woody Allen, com Luana Piovani e George Sauma, “Divã” baseado no livro de Martha Medeiros, com Lilia Cabral, Alexandra Richter e Marcelo Vale, “Na sobremesa da vida” texto de Maria Letícia, com Emiliano Queirós, “Doidas e Santas” baseado no livro de Martha Medeiros, com Cissa Guimarães, Giuseppe Oristanio e Josie Antello;“Seis aulas de dança em seis semanas” texto de Richard Alfieri, com Suely Franco e Tuca Andrada. Foi um 
dos coordenadores do projeto “Oficinas de Criação de Espetáculo”, onde assinou a direção dos espetáculos teatrais: “Funk-se”“Com o Rio na Barriga”“DNA Brasil”“O Dinheiro é o Terror”“Praça Onze, o Musical”, entre outros,  todos com texto de Rogério Blat. Desde 2010 dirige o festival de diversidade cultural Tangolomango, que reúne grupos culturais de várias partes do Brasil e da América Latina, para troca de experiências artísticas.

Texto: Rogério Blat 
É autor teatral e diretor de espetáculos. Seu primeiro espetáculo teatral como autor foi em 1993 “Os Gérmens da Discórdia”, dirigido por Gilberto Gawronski, com músicas inéditas de Lulu Santos. Autor da trilogia “Andersen, O Contador de Histórias” (O Soldadinho de ChumboA Nova Roupa do Imperador e oPatinho Feio), foi ganhador do Prêmio Coca Cola de 95 com “O Soldadinho de Chumbo”, do Prêmio Mambembe de 97 e Prêmio Coca Cola 98 – RJ e 2000 – SP, com “O Patinho Feio”, que também representou o Brasil no Festival de Teatro Jovem de Lyon - França (1997)Fundador da ONG Palco Social - Oficinas de Criação de Espetáculos – projeto de inclusão social através das artes cênicas - desenvolveu 17 espetáculos musicais, entre eles “Funk-se” (prêmio Cantão de Teatro 1995), e a trilogia “Com o Rio na Barriga”, “O Passado a Limpo” e “O Futuro Era Hoje!” (Premio Coca Cola 97), entre outras. Escreveu e dirigiu “No Meio do Nada” e “Pamonha e Panaca” ambas apresentando no elenco o irmão Ricardo Blat.

Karina Ramil
Formada em Artes Cênicas pela Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro, estudou na escola O Tablado de 2001 a 2013, além de cursos de interpretação no Col.legi de Teatre de Barcelona com Boris Rotenstein e Jango Edwards. Continuou seus estudos no Rio de Janeiro na Casa de Cultura Laura Alvim com Daniel Herz por três anos, no Sesc com o curso de desconstrução corporal com Lucia Russo e tv com Edson Erdmann.  Atuou em diversas peças teatrais como: “Infância, Tiros e Plumas”, direção de Inez Viana; “Peer Gynt", direção de Guida Vianna; “O bravo Soldado Schweik”, direção de Bernardo Jablonski; e “Norma", direção de Raphael Janeiro, além de diversas outras montagens durante os estudos. Participou de festivais de esquetes como FESTU Rio, onde ganhou os prêmios de melhor atriz e melhor esquete na Mostra adulta e na Mostra Infantil, gerando as peças “Ricardo e Patrícia Piolho”. Com a segunda ganhou o Prêmio Zilka Salaberry de Teatro Infantil de melhor atriz e indicação a melhor texto. Na TV participou das novelas "A favorita" e "Fina estampa" na TV Globo, das séries “Quero ser solteira” e “Vendemos cadeiras” do Multishow e “Destino Rio de Janeiro” da HBO. No cinema protagonizou o curta “Morro da Urca” e participou de “Aceito”. Atuou também no clipe “Calçada da Batalha” da Banda Tereza e em um filme publicitário da editora Intrínseca. Fundou e integra a Companhia de Quatro Mulheres desde 2011.

Lorena Comparato
Atriz e apresentadora, Lorena Comparato, atualmente no elenco do seriado PÉ NA COVA, na TV Globo, de Miguel Falabella, atua como Abigail, mulher do personagem de Falabella, desde 2013. Nascida em Portugal, filha do roteirista Doc Comparato e irmã da atriz Bianca Comparato, é formada na Escola Britânica, PUC-Rio, Casa de Cultura Laura Alvim e fez intercâmbio de interpretação na UCLA (Los Angeles). Participou do premiado curta HANDEBOL, de Anita Rocha da Silveira e peças teatrais como BLACKBIRD de David Harrower com direção de Bruce Gomlevsky, O DECOTE com a Cia Atores de Laura e NADISTAS E TUDISTAS, ambas dirigidas por Daniel Herz, que lhe rendeu a indicação de Melhor Atriz no Prêmio Zilka Salaberry 2014. Em meio a muitos workshops com profissionais da área artística como Sergio Penna, Paloma Riani, Estela Albani e outros, também participou de programas de TV no Multishow e na TV Globo como DO AMOR e MALHAÇÃO. Recentemente esteve em uma participação no filme MATE-ME POR FAVOR.

Pedro Baião
É ator, fez cursos de teatro no Tablado com Isabella Sechin, Luis Octavio Moraes, Ernesto Piccolo, Marco André, Pedro Kosovski e de dança, também no Tablado com Ariane Rocha. Participou das montagens de “O Burguês Fidalgo”, de Moliére ,com direção de Isabella Sechin e Luiz Octavio Moraes, no Teatro Leblon; “Bailei na Curva”, com direção de Isabella Sechin e Luiz Octavio Moraes, no Tablado; “A Vista da Velha Senhora”, de Friedrich Durrenmat, com direção de Isabella Sechin e Luiz Octavio Moraes, no Teatro dos 4; “Não sobrevivo de teatro, mas faço teatro para sobreviver”, criação coletiva com direção de Ernesto Piccolo e Janser Barreto, no Tabaldo; “Tchekov em contos de tchekov”, com direção de Isabella Sechin e Luiz Octavio Moraes, no Teatro Leblon.

Theo Nogueira
Formado pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), iniciou o curso profissionalizante em São Paulo na Oficina de Atores Nilton Travesso. Seus últimos trabalhos no cinema são os curtas metragens “Eu e Crocodilos” e “Flor da Estação”, também fez outros curtas dirigidos e produzidos pela New York Film Academy (“Blind Date e “Nothing Like Reality”) e participou do longa metragem “AnaMaria a mulher de Branco”. No teatro já realizou peças como: “Toda Nudez Será Castigada”, “Cata-Tempo”, “Sexo, Chocolate e Zambelê”, “Gota D’Água”, “Um e Outros”, “Reticências”, “Testemunha da Acusação”, “Esta Noite se Improvisa”, “O Homem que Ainda Sonhava”, fez parte CIA de teatro Epigenia com direção de Gustavo Paso durante 2 anos; na televisão fez a segunda temporada da série “Desenrola Aí”, do Multishow, e, recentemente, participou da “Malhação”. Também participou de diversos projetos na internet, como a websérie “DROPS”, primeiro produto do gênero que a FAAP lançou.



segunda-feira, 28 de março de 2016


Tecnologia permite jovem se comunicar pela primeira vez

Tobii Eye Gaze usa os olhos do paciente como cursor para escolher expressões


(descrição da imagem: Apoio. A mãe de James, Gina, afirma que a melhora na comunicação teve reflexos na saúde do filho)

“Oi, mãe” é uma frase simples no dia a dia da maioria das pessoas, mas, para o britânico James Walker, 16, e sua família, essa expressão chegou carregada de superação e vitória. O adolescente tem síndrome de Lennox-Gastaut, uma enfermidade que o deixou com um transtorno de aprendizagem severo e sem capacidade para andar ou se mover. Até pouco tempo, ele também não conseguia falar, mas graças a um dispositivo especial, essa realidade está mudando. As informações são da rede BBC.
O modelo Tobii Eye Gaze funciona com os olhos do paciente e os usam como cursor. Assim, o jovem aprendeu a clicar em palavras e imagens para construir frases com seu computador portátil. O sistema tem milhares de expressões e frases na memória, que James pode usar no dia a dia. Segundo a rede britânica, ele hoje está treinado para usar cerca de 60 palavras e espera aumentar esse número com o tempo.
Com o equipamento, James aprendeu a indicar quando está entediado na escola, por exemplo. Questionado se gostou de seu novo sistema de comunicação, respondeu: “Eu gosto, eu preciso”.
Cognição. Assim como aprender palavras, o usuário também tem de saber o contexto do significado delas, então o nível de uso do sistema depende da capacidade cognitiva do usuário.
Hector Minto, da empresa Tobii Dynovox, que desenvolveu o sistema, explica: “O sistema deu palavras-chave a James para que ele se acostume a usá-las em situações específicas, como pedir uma bebida, mas a exposição crescente a novas expressões melhora o conhecimento”.
A mãe de James, Gina, afirma que a melhora na comunicação teve reflexos positivos na saúde do filho. Sujeito a várias convulsões por dia – algumas em intervalos de minutos –, o adolescente não tinha como alertar familiares ou professores sobre a chegada dos ataques.
Uma operação que instalou um aparelho que promove descargas elétricas em seu cérebro a cada três minutos ajudou a diminuir o número de convulsões e coincidiu com o período em que James aprendia a usar sua nova voz.
Agora que o adolescente consegue alertar sua mãe, ela consegue fazer alguma coisa a respeito das demandas do filho, como usar um ímã para enviar pulsos elétricos suaves e regularizar a atividade cerebral irregular que desencadeia as convulsões do filho. O computador traz ainda outros tipos de independência. Permite ao jovem controlar as luzes do quarto e a TV, entre outras possibilidades.
Hawking. O representante da empresa afirma que o sistema de sua firma é até 20 vezes mais rápido do que o usado pelo físico Stephen Hawking, que comunica uma letra por vez.
Um sistema como o Eye Gaze chega a custar 12 mil libras (cerca de RS$ 70 mil).
David Hoyle, amigo da família de James que tem uma filha com epilepsia, decidiu ajudá-lo a adquirir o equipamento e criou o evento James Walker 100, que envolveu cem voluntários em diferentes ações de arrecadação, como maratonas e jantares.
“Uma das piores coisas de ter uma criança especial é que elas não conseguem se comunicar quando não estão se sentindo bem ou precisam de algo, então apenas isso já vale 12 mil libras”, afirma. A equipe que Hoyle reuniu bateu a meta e conseguiu comprar mais cinco equipamentos iguais para a escola do adolescente.
Sistema
IntelO Acat (sigla em inglês de Ferramentas Assistivas Cientes do Contexto) é o sistema criado pela Intel e utilizado por Stephen Hawking. Ele é capaz de dar palestras, escrever artigos e livros e falar.
Redes sociais ajudam pacientes

Twitter, Facebook e outras plataformas de mídia social podem ser ferramentas úteis para ajudar pacientes com doenças raras e médicos a trocarem conhecimentos e construirem comunidades, segundo uma pesquisa da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Experiências compartilhadas em plataformas digitais estão se tornando um ponto de referência para outros pacientes, que, às vezes, estão isolados de fontes médicas tradicionais, aponta o estudo publicado na “Information, Communication and Society”.

A pesquisa examinou interações online entre pacientes com doenças raras, a fim de interpretar como e até que ponto essa união dos pacientes nas redes pode ajudar a levar ao desenvolvimento de plataformas alternativas para que as pessoas encontrem informações e discutam sobre questões de saúde.

O estudo sugere que a conversa entre dois ou mais pacientes colabora para o compartilhamento de conhecimentos relacionados à saúde, além de fornecer alternativas personalizadas que levam ao engajamento do público a assuntos relacionados e cria novas formas de acesso a informações – particularmente quando as experiências do paciente e o aconselhamento médico são igualmente valorizados.

A médica Stefania Vicari, pesquisadora líder do estudo, explica que essa iniciativa “mostra o potencial das ferramentas de comunicação online para as comunidades de pacientes isolados”. Ela também destaca os benefícios de a experiência dos pacientes se tornar referência para outras pessoas, inclusive médicos. 
(Fonte: O Tempo) 

segunda-feira, 14 de março de 2016

OUÇA ENTREVISTA COM GLÁUCIA BRANDÃO

Confira a entrevista com Gláucia Brandão,  Secretária adjunta de Direitos de Cidadania da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte,  que fala ao nosso Programa Inclusão e Eficiência Especial sobre a inclusão no Carnaval 2016:   CLIQUE AQUI


OUÇA A ENTREVISTA COM DANILO CÉSAR

Confira a entrevista, ao nosso programa Inclusão e Eficiência Especial, com Danilo César: professor de Educação Física da Prefeitura Municipal de Betim, no Centro de Referência e Apoio à Educação Inclusiva  Rafael Veneroso - OUÇA AQUI 


OUÇA ENTREVISTA COM LEONARDO GONTIJO - MANO DOWN

Confira a entrevista com Leonardo Gontijo, presidente do Instituto Mano Down, ao nosso Programa Inclusão e Eficiência Especial; CLIQUE AQUI


(descrição imagem: Leonardo Gontijo e o irmão, Eduardo Gontijo) 

domingo, 6 de março de 2016

A Importância do Diálogo, por Victor Mendonça


(descrição imagem: Victor Mendonça)
Para o filósofo Karl Jaspers, a comunicação liberta as pessoas. Ficamos livres de nossas amarras à medida que temos contato com os outros. Mas e no caso do asperger? A principal limitação da síndrome está no convívio social. Não cabe apontar aspies ou neurotípicos como responsáveis por essa dificuldade. O que acontece é que temos maneiras diferentes de perceber o mundo. Essa falta de entendimento gera conflitos e isolamento. Eu já experimentei essas situações. Posso afirmar que não são nada agradáveis.
O amadurecimento veio aos poucos. Aprendi a me relacionar melhor com as pessoas. Amizades sólidas surgiram. Por mais surpreendente que fosse o meu progresso, algumas lembranças ainda me machucavam. Inconscientemente, eu ainda possuía minha autoestima abalada. Como se eu não merecesse tudo aquilo. Sei que muitos aspies, como eu, já se feriram no convívio social. Todos temos características adoráveis. Não precisamos (e nem merecemos) rastejar atrás de quem nos rejeita. O segredo é ficar atento a quem abre as portas para nós. 
Não somos imunes a sentimentos contraditórios. Isso é típico do relacionamento humano. Eu tenho um amigo que conheci numa reunião budista. Rapidamente nos aproximamos.  No começo, essa amizade me causou certo incômodo. Era difícil para mim, com todos os meus problemas, ver alguém com a personalidade aparentemente tão perfeita como a dele.  Ele não parecia ter falhas. Era extremamente inteligente e educado. Me tratava tão bem que aquilo começou a me incomodar. Comecei a me questionar. Nós sempre nos demos muito bem. Mas um momento de crise deflagrou algo que estava engasgado. Seria uma farsa aquele comportameto?
Fiquei com raiva, chorei, escrevi mensagens desaforadas. Dediquei-me à recitação do mantra “nammyohorengekyo”. Tudo na busca por equilíbrio e maior entendimento das coisas. Refleti muito antes de recebê-lo em minha casa. Pensei nos momentos bons que dividimos, no quanto aprendemos um com o outro. Quando ele chegou à minha casa, a conversa fluiu e eu consegui enxergar a visão dele sem qualquer vestígio de brigas. Foi um diálogo que refletiu o tanto que gostamos e respeitamos um ao outro.  Mas também me fez repensar algumas coisas. Ampliou nossos horizontes e fortaleceu nossa amizade. Bons amigos não são apenas companheiros. Eles nos fazem crescer.
Esse acontecimento reforça minha teoria do poder do diálogo. A abertura e flexibilidade devem vir de ambos os lados. É a partir desses elementos que forjamos o nosso caráter. Assim, pude desfrutar a felicidade conquistada no presente. O passado não me trava mais. O asperger precisa encontrar um meio de se expressar, de ouvir e ser ouvido!
*Victor Mendonça, 18 anos, asperger diagnosticado aos 11, é escritor, palestrante e estudante de jornalismo pelo UniBH. Escreve para o Tudo Bem Ser Diferente com a coluna Mundo Asperger. Mantém coluna semanal homônima na WebrádioUniBH, com veiculação às terças feiras. É apresentador, ao lado da jornalista Selma Sueli Silva, do Canal Mundo Asperger no Youtube, cujo link é https://www.youtube.com/channel/UCqF3BLbPXpNGNgsV3oJvDlw. No jornalismo impresso, atua como colunista e repórter da Revista “Estrada da Serra”, publicação da Manduruvá Editora. Autor do livro “Outro Olhar - Reflexões de um Autista”. mundoaspergervictormendonca@gmail.com https://www.facebook.com/omundoasperger?fref=ts


quinta-feira, 3 de março de 2016


Projeto leva pessoas com deficiência a um passeio pelo Conjunto Moderno da Pampulha



Grupo com cerca de 40 pessoas irá conhecer os equipamentos culturais da Pampulha e participar de rodas de conversa e palestras. Encontro acontece neste sábado, dia 5 de março


Os equipamentos culturais do Conjunto Moderno da Pampulha recebem neste sábado, dia 5 de março, o projeto “Belo Horizonte – Patrimônio e Acessibilidade”. Desenvolvido com apoio Fundação Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o projeto financia e facilita o acesso de pessoas com deficiência física, sensorial ou intelectual aos bens culturais da cidade. Auxiliados por uma equipe de educadores, um grupo com cerca de 40 pessoas visitará o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e a Casa Kubitschek.

Pessoas com deficiência ainda podem se inscrever para fazer o tour junto com o grupo. Basta enviar a solicitação de inscrição para o e-mail bhpatrimonioacessibilidade@gmail.com até amanhã, dia 4. A participação é gratuita. 

Proposto e coordenado pelo fisioterapeuta Felipe Gomes Ribeiro, e produzido pela museóloga Viviane da Silva Santos, o Projeto “Belo Horizonte - Patrimônio e Acessibilidade” consiste na valorização do patrimônio cultural mineiro através de ações fortalecedoras da inclusão social pelo incentivo à cultura, voltado para pessoas com deficiência física, sensorial ou intelectual residentes na capital mineira.

Alinhado aos programas educativos das instituições escolhidas, o projeto disponibiliza para as pessoas selecionadas, uma visita mediada e acessível, incluindo transporte, ingresso e condições de permanência, além de organizar um encontro científico contendo mesa-redonda, palestras, lançamento de livros, e apresentação artística, além de oficinas com o tema: Acessibilidade na Cultura e nos Espaços de Cultura, onde pessoas com deficiência serão convidadas a compartilhar suas memórias.

O projeto teve início no último sábado, 27/2, quando o grupo visitou os espaços culturais do Circuito da Praça da Liberdade. Após o encontro desta semana, na Pampulha, o grupo ainda irá se renuir no dia 12 de março, no Núcleo de Estudos da Cultura Popular – NECUP. 


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

OUÇA A ENTREVISTA COM NELSON FLAVIANO - LACRE DO BEM

Ouça nossa entrevista com Nelson Flaviano de Macedo Neto,diretor administrativo do Lacre do Bem, projeto criado para ajudar a menina Julia Macedo, hoje com 11 anos, a arrecadar lacres de latinhas de alumínio para trocar por cadeiras de rodas e doar para creches que cuidam de crianças com paralisia cerebral e ou mobilidade reduzida. CLIQUE AQUI

 


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Viver sem Limite recebe prêmio internacional de boas práticas


Viver sem Limite foi destaque essa semana no Centro Internacional das Nações Unidas em Viena, na Áustria, onde recebeu um dos mais importantes prêmios internacionais de boas práticas na promoção dos direitos da pessoa com deficiência - o Certificado Zero Project, outorgado anualmente a experiências inovadoras na inclusão mundial desse segmento.
O Viver sem Limite foi apresentado pelo secretário nacional de Promoção dos Direitos das Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, durante painel realizado na quinta-feira (11) para um público de aproximadamente cem especialistas de países de todos os continentes.
"O prêmio é uma honra para o Brasil, pois traz um reconhecimento importante dos muitos avanços conquistados nos últimos doze anos para implementar políticas públicas de promoção dos direitos das pessoas com deficiência", comemorou Antônio José. "Ela também demonstra que a política brasileira está em sintonia com a agenda internacional e já é referência como uma das melhores práticas."
Durante o processo de seleção, a política brasileira foi analisada por uma comissão de 75 especialistas, que a selecionaram como uma das doze melhores do mundo em função de sua sustentabilidade, escala e impacto.
Viver sem Limite - O programa foi implementado entre 2011 e 2015 por 15 ministérios, que executaram dezenas de ações. Com um orçamento de R$ 7,6 bilhões, o programa foi estruturado em quatro eixos distintos: 1) Acesso à educação; 2) Atenção à saúde; 3) Inclusão social; e 4) Acessibilidade.
O programa garantiu diversos avanços. No que diz respeito ao ensino fundamental e médio, foram entregues 2.304 ônibus acessíveis; inauguradas ou atualizadas 42 mil salas multifuncionais e realizadas transferências de recursos a 57 mil escolas para melhorar a acessibilidade arquitetônica.
O programa Benefício de Prestação Continuada - BPC na escola também estimulou a permanência escolar de alunos com deficiência. Por fim, foram matriculadas 19 mil pessoas com deficiência em cursos de educação profissional e tecnológica e a criados 20 cursos de Licenciatura e Bacharelado em Letras - Libras (Língua Brasileira de Sinais).

fonte: pessoacomdeficiencia.gov.br


BERNARDO FRÓES FALA SOBRE O BLOCO TODO MUNDO CABE NO MUNDO


Em suas colunas de Janeiro e Fevereiro em nosso Eficiência Especial, o jornalista Bernardo Fróes Bicalho falou sobre os ensaios e desfile do Bloco Carnavalesco Belo Horizontino "Todo mundo cabe no mundo". Confira! CLIQUE AQUI

LACRE DO BEM” IRÁ DOAR 17 CADEIRAS DE RODAS PARA INSTITUIÇÕES DE CARIDADE E PESSOAS CARENTES.



Na próxima quarta-feira, dia 24 de fevereiro de 2016, o projeto “Lacre do Bem”, irá realizar a doação de 17 cadeiras de rodas. Serão 15 cadeiras novas e duas cadeiras reformadas pelo Sr. Sebastião Gonçalves, vencedor do Prêmio “Bom Exemplo 2015”, realizado pela rede Globo de Televisão.
A cerimônia de entrega das cadeiras, aberta ao público, será realizada às 19h, no auditório da Fundação Getúlio Vargas – Avenida Prudente de Moraes, 444, bairro Cidade Jardim.
A Apresentação do evento será feita pela coordenadora e palestrante da Fundação Getúlio Vargas, Jacqueline Rezende.
Na ocasião serão agraciadas várias instituições de caridade, além de pessoas físicas carentes.
Para a aquisição das 15 cadeiras novas que serão doadas, foram arrecadados 5,7 milhões de lacres ou 1,5 toneladas de alumínio reciclado.
Os lacres foram arrecadados através de doações e de campanhas realizadas pelo projeto “Lacre do Bem”.

LACRE DO BEM
A campanha “Lacre do Bem” foi criada para ajudar a menina Julia Macedo, hoje com 11​ anos, a arrecadar lacres de latinhas de alumínio para trocar por cadeiras de rodas e doar para creches que cuidam de crianças com paralisia cerebral e ou mobilidade reduzida. Julia teve a iniciativa de criar essa campanha em junho de 2013, depois de se sensibilizar com a gratidão da Creche Tia Dolores – que cuida de crianças com paralisia cerebral - após uma doação feita a essa instituição. Durante uma viagem para São Paulo, Julia viu a campanha em um outdoor na estrada e decidiu fazê-la para ajudar a Creche. No início, a intenção era apenas recolher lacres das latinhas que encontrasse pelo caminho, mas foi muito difícil, pois juntar lacres não é tarefa fácil. Com determinação, Julia fazia bilhetinhos todos os dias e entregava na escola, essa atitude chamou a atenção de colegas, professores, amigos e parentes, que perceberam que Julia poderia ajudar muitas pessoas.
Depois de dois meses recolhendo lacres, Julia conseguiu juntar apenas um terço de uma garrafa pet de 02 litros, esse foi o momento mais importante da campanha. Sua mãe tentou mostrar o quanto seria difícil, no intuído de fazê-la desistir, mas ela olhava apenas a parte cheia da garrafa. Essa forma positiva e ingênua de Julia ver as coisas foi uma lição muito grande para a família e o grande motivo para dar continuidade à campanha. “Fomos à escola e pedimos auxílio à diretora, que na hora aceitou o desafio. Colocamos cartazes por toda a escola e intensificamos os bilhetinhos para todas as famílias e as doações começaram a acontecer”, disse Ivete Macedo, mãe de Júlia.
Após este episódio, o jornal Estado de Minas e a TV Alterosa publicaram a história na série “Mineiros de Ouro” e a campanha ganhou proporções que não se esperava.
Além do prêmio de Mineira de Ouro, Julia ganhou o prêmio Bom Exemplo de Cidadania em 2014, promovido pela Rede Globo Minas em parceria com a Fundação Dom Cabral, FIEMG e Jornal o Tempo. Este episódio serviu para alavancar ainda mais a campanha. A partir daí foram entregues mais 51 cadeiras de rodas, contando com as doações da noite de premiação do “Bom Exemplo”, totalizando 55 (cinquenta e cinco) cadeiras no total.
Hoje a campanha “Lacre do Bem” recebe doações de lacres de várias cidades do estado de Minas Gerais e do restante do Brasil.
Julia já acumula vários prêmios e homenagens:
Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Curvelo em 30 de abril de 2014, proposta pelo vereador Laudimir Rodrigues da Silva, em reunião presidida pelo seu presidente o vereador Reinaldo Xavier Guimarães; Manifestação de Aplausos proposta pelo Deputado Wander Borges, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; Moção de Aplausos proposta pelo Vereador Coronel Piccinini da Câmara Municipal de Belo Horizonte em 11 de janeiro de 2016; Julia recebeu o Prêmio Gentileza Urbana, promovido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG); recebeu ainda homenagens e comendas de lojas Maçônicas, todas por bons exemplos prestados à sociedade, por sua solidariedade e cidadania.
Somando as 17 cadeiras de rodas que serão entregues agora dia 24 de fevereiro, serão 72 cadeiras de rodas doadas a diversas instituições de caridade e pessoas carentes.
São 7,3 toneladas ou 26,5 milhões de lacres recolhidos.
São necessárias 140 garrafas de 02 litros ou 385 mil lacres para adquirir uma cadeira de rodas de uso geral.
 Hoje além de coletar os lacres, são realizadas palestras sobre a campanha em escolas públicas e particulares,
​e oficinas​
 incentivando as doações, a solidariedade, a cidadania e sobre a importância da reciclagem para crianças e adolescentes que se sensibilizam e adotam a ideia de cultivar o bem ao próximo.

 saiba mais:  lacredobem.com.br

AMR lança sua segunda campanha na rede AMAR


Ajudar o próximo, doar e disseminar boas ações. A Associação Mineira de Reabilitação (AMR) convida a todos a doarem para a nova campanha da Rede Amar, intitulada “Brincar faz parte do processo”, que visa renovar os materiais terapêuticos utilizados na reabilitação das crianças e adolescentes atendidos pela instituição.
Nessa campanha, a meta é arrecadar R$11.500 a partir do dia 18 de fevereiro de 2016. Todo recurso será utilizado para adquirir materiais, como: jogos, brinquedos e equipamentos, demandados pelo Sistema Integrado de Reabilitação (SIR) da AMR, para complementar nos atendimentos de reabilitação física realizados por uma equipe multidisciplinar. As doações poderão ser realizadas por meio do siteamar.amr.org.br com valores a partir de $10. O pagamento pode ser feito por meio de boleto bancário ou cartão de crédito.
Patrícia Crepaldi, coordenadora clínica da instituição, destaca que a aquisição desses materiais possibilitará uma reabilitação mais divertida, interativa, criativa, interessante e eficaz. “Os itens que demandamos na campanha são de extrema importância para trabalhar conteúdos posturais e estruturais, agregando também no desenvolvimento de práticas lúdicas, as quais são essenciais ao universo pediátrico”.
Fernanda Pimenta, fisioterapeuta da AMR, conta que o adolescente Matheus da Silva Batista, utiliza o videogame (reabilitação virtual) durante o tratamento na Associação. “Pode parecer que é brincadeira, mas a reabilitação com este equipamento trabalha a concentração, o equilíbrio e o fortalecimento muscular. Além disso, também promove a motivação, pois a maioria das crianças adora esse brinquedo”, declara Pimenta.